Os Verdes" acusam Governo de sobrepor interesses económicos a problemas de saúde

28-02-2008
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Nacional

Os Verdes" acusam Governo de sobrepor interesses económicos a problemas de saúde

A deputada d`"Os Verdes" Heloísa Apolónia acusou hoje o Governo de sobrepôr interesses económicos a problemas de saúde pública, referindo-se à nova linha de muito alta tensão que vai circular pelo Concelho de Almada.

O traçado da nova linha de muito alta tensão vai ligar o Seixal à Trafaria, no Concelho de Almada, passando junto a áreas habitacionais e a escolas, nomeadamente na Charneca de Caparica, Lazarim e Trafaria.

A deputada parlamentar considera que a Rede Eléctrica Nacional (REN) não colocou a hipótese de outro traçado, porque "essas hipóteses ficariam muito mais caras", acusando assim aquela empresa de "pôr os custos da obra à frente do bem-estar e qualidade de vida das populações".

Como propostas alternativas, o partido ecologista sugere a colocação das linhas junto às redes rodoviárias, nomeadamente na Auto- Estrada 2 e no Itinerário Complementar 32, que liga Almada à Costa de Caparica, ou o enterramento das linhas onde estas passam por áreas habitacionais.

O argumento mais forte que Heloísa Apolónia coloca em cima da mesa é o facto desta nova linha de alta tensão passar mesmo ao lado do externato "Campo de Flores", no Lazarim, um local onde as crianças estarão "continuadamente expostas às radiações electromagnéticas".

A deputada parlamentar apoiou-se em estudos científicos para afirmar que as crianças que vivem junto a postes de alta tensão "estão três vezes mais sujeitas a doenças oncológicas", apesar de não negar que existem outros estudos que comprovam o contrário.

"Quando isso acontece, e visto que estamos no campo das controvérsias científicas, dever-se-ia aplicar o princípio da precaução, o que, na minha opinião, claramente não está a ser feito",diz Heloísa Apolónia.

Além disso, a deputada alega que a lei nem sequer permite o "estabelecimento de linhas aéreas sobre recintos escolares e de desporto", alegando que, para ela, a linha passar por cima ou junto à escola "é exactamente a mesma coisa".

A diminuição da qualidade de vida, a desvalorização do património e problemas crónicos de saúde pública são as principais razões apontadas pelo partido ecologista para justificar a mudança de traçado desta nova linha de muito alta tensão, visto que o partido considera que "existem outras hipóteses, apenas serão mais custosas para o Governo".

Acompanhada pelo vereador da Câmara Municipal de Almada, José Gonçalves, e pelo presidente da Assembleia Municipal, José Manuel Maia, a deputada visitou as áreas mais "prejudicadas" pela nova linha de muito alta tensão (Charneca de Caparica e Trafaria) e mostrou "algumas preocupações" no que diz respeito a este novo traçado.

A falta de diálogo entre o poder central, a autarquia e população, bem como as erradas avaliações de impacto ambiental realizadas para esta zona são as principais lacunas apresentadas na realização deste novo traçado.

Heloísa Apolónia acusou mesmo a REN de realizar estudos de impacto ambiental "apenas porque são obrigatórios, visto que o estudo para esta área justifica o traçado elaborado".

Na opinião da deputada parlamentar, os estudos de impacto ambiental deveriam apresentar duas propostas alternativas e justificar o porquê das propostas apresentadas serem adequadas ou não ao local onde deverão ficar instaladas.

No sentido de ficar elucidada em relação às questões colocadas, a deputada Heloísa Apolónia revelou que vai entregar ainda esta semana um requerimento na Assembleia da República, dirigido ao Ministro da Economia, para questionar a REN sobre as opções tomadas no Concelho de Almada.

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Os Verdes" acusam Governo de sobrepor interesses económicos a problemas de saúde

A deputada d`"Os Verdes" Heloísa Apolónia acusou hoje o Governo de sobrepôr interesses económicos a problemas de saúde pública, referindo-se à nova linha de muito alta tensão que vai circular pelo Concelho de Almada.

O traçado da nova linha de muito alta tensão vai ligar o Seixal à Trafaria, no Concelho de Almada, passando junto a áreas habitacionais e a escolas, nomeadamente na Charneca de Caparica, Lazarim e Trafaria.

A deputada parlamentar considera que a Rede Eléctrica Nacional (REN) não colocou a hipótese de outro traçado, porque "essas hipóteses ficariam muito mais caras", acusando assim aquela empresa de "pôr os custos da obra à frente do bem-estar e qualidade de vida das populações".

Como propostas alternativas, o partido ecologista sugere a colocação das linhas junto às redes rodoviárias, nomeadamente na Auto- Estrada 2 e no Itinerário Complementar 32, que liga Almada à Costa de Caparica, ou o enterramento das linhas onde estas passam por áreas habitacionais.

O argumento mais forte que Heloísa Apolónia coloca em cima da mesa é o facto desta nova linha de alta tensão passar mesmo ao lado do externato "Campo de Flores", no Lazarim, um local onde as crianças estarão "continuadamente expostas às radiações electromagnéticas".

A deputada parlamentar apoiou-se em estudos científicos para afirmar que as crianças que vivem junto a postes de alta tensão "estão três vezes mais sujeitas a doenças oncológicas", apesar de não negar que existem outros estudos que comprovam o contrário.

"Quando isso acontece, e visto que estamos no campo das controvérsias científicas, dever-se-ia aplicar o princípio da precaução, o que, na minha opinião, claramente não está a ser feito",diz Heloísa Apolónia.

Além disso, a deputada alega que a lei nem sequer permite o "estabelecimento de linhas aéreas sobre recintos escolares e de desporto", alegando que, para ela, a linha passar por cima ou junto à escola "é exactamente a mesma coisa".

A diminuição da qualidade de vida, a desvalorização do património e problemas crónicos de saúde pública são as principais razões apontadas pelo partido ecologista para justificar a mudança de traçado desta nova linha de muito alta tensão, visto que o partido considera que "existem outras hipóteses, apenas serão mais custosas para o Governo".

Acompanhada pelo vereador da Câmara Municipal de Almada, José Gonçalves, e pelo presidente da Assembleia Municipal, José Manuel Maia, a deputada visitou as áreas mais "prejudicadas" pela nova linha de muito alta tensão (Charneca de Caparica e Trafaria) e mostrou "algumas preocupações" no que diz respeito a este novo traçado.

A falta de diálogo entre o poder central, a autarquia e população, bem como as erradas avaliações de impacto ambiental realizadas para esta zona são as principais lacunas apresentadas na realização deste novo traçado.

Heloísa Apolónia acusou mesmo a REN de realizar estudos de impacto ambiental "apenas porque são obrigatórios, visto que o estudo para esta área justifica o traçado elaborado".

Na opinião da deputada parlamentar, os estudos de impacto ambiental deveriam apresentar duas propostas alternativas e justificar o porquê das propostas apresentadas serem adequadas ou não ao local onde deverão ficar instaladas.

No sentido de ficar elucidada em relação às questões colocadas, a deputada Heloísa Apolónia revelou que vai entregar ainda esta semana um requerimento na Assembleia da República, dirigido ao Ministro da Economia, para questionar a REN sobre as opções tomadas no Concelho de Almada.

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