Síndrome dos 30 (anos): Hipocrisia em torno do aborto

03-10-2009
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É ridículo, absolutamente ridículo e de extrema hipocrisia ver um grupo de cidadãos desocupados, levar a Assembleia uma petição depois de tanta controvérsia e final decisão por maioria!“Condenar à morte um ser humano indefeso é a vilania das vilanias. Um dia este país julgará em tribunal isento os autores da legislação que viabilizou tal infanticídio. Ou será que a teria aplicado às suas próprias mães?” - comentário (surreal) dessa mesma petição.Mas que merda é esta? Infanticídio?!Por algum acaso existe já qualquer tipo de indivíduo aquando a fecundação? Existe SÓ um embrião - Conjunto de células que se formam após a fertilização de um óvulo com um espermatozóide e que é a primeira etapa do desenvolvimento de um ser vivo. O período embrionário termina na 8ª semana depois da fecundação, quando passa a ser denominado de feto.Caros defensores de 'células', preocupem-se com o abandono de crianças, com a pedofilia, com violações sexuais, com venda de orgãos, com o tráfico humano, e tantos outros flagelos da sociedade portuguesa. E deixem que cada mulher decida o que pretende fazer com o seu corpo e a sua vida. Não vamos levar a extremismos, politiquices e religiões, um assunto tão intímo como este e que apenas diz respeito à mulher (e parceiro). Ou, preferem talvez que a opção ao aborto seja o abandono num qualquer contentor de lixo? Ou os maus tratos de uma criança que possivelmente crescerá com privações físicas e psicológicas, simplesmente porque não foi desejada? Ou talvez ainda, passar fome por falta de condições, crescer sem qualquer acompanhamento, vir a ser um delinquente..? Garanto que há mulheres que não devem, em tempo algum, conceber uma vida!Não desvalorizo de todo os meios contraceptivos. O aborto deverá apenas ser o ultimo recurso, quando tudo o resto falhou. É necessário implementar politicas mais eficazes de educação (façam uma petição para este ponto, prometo assinar!), acesso à informação e formação. Por isso pergunto a estes cidadãos tão conscienciosos e preocupados: em vez de perderem tempo com petições contra o aborto, por que não empregam o vosso tempo a distribuir informação necessária para que não se chegue a praticar o aborto, a lutar contra a falta/dificil acesso a consultas de planeamento e a diminuir o analfabetismo que muitas vezes leva a situações de risco?Não se esqueçam p.f. que vivemos num estado democrático! Revejam a vossa própria definição de democracia, que penso estar deturpada.Eu tenho o direito de escolha! Não admito que um qualquer imbecil ou defensor da bíblia decida sobre a minha vida.Mas confesso, a deputada socialista Helena Terra esteve em grande, retorquiu com excelência - "A Assembleia da República é a casa mãe da democracia, um órgão de soberania que não aceita lições de ética de uma qualquer moral que nos tentam impor" não fosse uma mulher.


É ridículo, absolutamente ridículo e de extrema hipocrisia ver um grupo de cidadãos desocupados, levar a Assembleia uma petição depois de tanta controvérsia e final decisão por maioria!“Condenar à morte um ser humano indefeso é a vilania das vilanias. Um dia este país julgará em tribunal isento os autores da legislação que viabilizou tal infanticídio. Ou será que a teria aplicado às suas próprias mães?” - comentário (surreal) dessa mesma petição.Mas que merda é esta? Infanticídio?!Por algum acaso existe já qualquer tipo de indivíduo aquando a fecundação? Existe SÓ um embrião - Conjunto de células que se formam após a fertilização de um óvulo com um espermatozóide e que é a primeira etapa do desenvolvimento de um ser vivo. O período embrionário termina na 8ª semana depois da fecundação, quando passa a ser denominado de feto.Caros defensores de 'células', preocupem-se com o abandono de crianças, com a pedofilia, com violações sexuais, com venda de orgãos, com o tráfico humano, e tantos outros flagelos da sociedade portuguesa. E deixem que cada mulher decida o que pretende fazer com o seu corpo e a sua vida. Não vamos levar a extremismos, politiquices e religiões, um assunto tão intímo como este e que apenas diz respeito à mulher (e parceiro). Ou, preferem talvez que a opção ao aborto seja o abandono num qualquer contentor de lixo? Ou os maus tratos de uma criança que possivelmente crescerá com privações físicas e psicológicas, simplesmente porque não foi desejada? Ou talvez ainda, passar fome por falta de condições, crescer sem qualquer acompanhamento, vir a ser um delinquente..? Garanto que há mulheres que não devem, em tempo algum, conceber uma vida!Não desvalorizo de todo os meios contraceptivos. O aborto deverá apenas ser o ultimo recurso, quando tudo o resto falhou. É necessário implementar politicas mais eficazes de educação (façam uma petição para este ponto, prometo assinar!), acesso à informação e formação. Por isso pergunto a estes cidadãos tão conscienciosos e preocupados: em vez de perderem tempo com petições contra o aborto, por que não empregam o vosso tempo a distribuir informação necessária para que não se chegue a praticar o aborto, a lutar contra a falta/dificil acesso a consultas de planeamento e a diminuir o analfabetismo que muitas vezes leva a situações de risco?Não se esqueçam p.f. que vivemos num estado democrático! Revejam a vossa própria definição de democracia, que penso estar deturpada.Eu tenho o direito de escolha! Não admito que um qualquer imbecil ou defensor da bíblia decida sobre a minha vida.Mas confesso, a deputada socialista Helena Terra esteve em grande, retorquiu com excelência - "A Assembleia da República é a casa mãe da democracia, um órgão de soberania que não aceita lições de ética de uma qualquer moral que nos tentam impor" não fosse uma mulher.

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