UMA REFERÊNCIA NA INFORMAÇÃO ALPIARCENSE: Comissão de Inquérito foi uma Sanfonada e bem perfumada

30-09-2009
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Nos intervalos das comissões e plenários, há dias em que Sónia Sanfona desfila de fato bege, toda ela firmeza e cabeleira loura, pelos corredores labirínticos da Assembleia da República, com rifas numa mão, calendários na outra, tudo do "Clube Águias de Alpiarça".A única mulher de Alpiarça no Parlamento faz a abordagem de uma vendedora: Não quer comprar uma rifa? Um calendário?Não há ninguém naquele Parlamento que nunca tenha comprado nada para ajudar o Águias de Alpiarça?, conta Helena Terra, deputada e colega de gabinete. Eis o lado menos conhecido da deputada que viu o apelido de solteira virar adjectivo em piadas sobre o relatório BPN 'o relatório sanfona', 'comissão de inquérito foi sanfonada'. E que nunca pensou trocar de apelido, nem se ofende com as piadas: Como convivo com o meu nome desde sempre, convivo muito bem, diz ao i, entre risos.Sónia Sanfona gosta de dizer ,e di-lo muitas vezes , que o vinho servido na recepção a Vladimir Putin era um vinho de Alpiarça. Quem a conhece descreve-a assim: mulher que defende tudo aquilo em que acredita, sem receio de críticas ou juízos de valor. Conta Helena Terra: Apesar de ser uma mulher de uma mundividência enorme, faz sempre questão de passar o centro do mundo para Alpiarça.Alpiarça, a terra que só trocou para ir estudar direito, em Coimbra e pela qual vai deixar de dar voltas nos Passos Perdidos da Assembleia. Ao lado de Jaime Gama, que elogiou a sua ,perseverança, capacidade de trabalho e grande paixão na defesa das ideias, a deputada do PS apresentou a candidatura à Câmara de Alpiarça. Como o PS não permite candidaturas duplas às legislativas e autárquicas, Sanfona optou e nos próximos dias diz adeus à vida parlamentar. Com nostalgia: Foram tempos bons, em que conheci grandes referências da democracia portuguesa. Apesar de ser uma novata, acho que não deixei mal as pessoas do meu partido. Se o PS aprovasse as duplas candidaturas, não voltaria atrás: Provavelmente faria apenas a candidatura autárquica. Quero dar as minhas ideias para Alpiarça e as pessoas não gostam de ser segunda escolha.Para Nuno Melo, o PS perde uma das melhores deputadas da legislatura. O relatório da comissão do BPN, para o deputado do CDS prestes a integrar a bancada do parlamento europeu, foi a única excepção de um mandato com muito bom senso. Sónia Fertuzinhos, outra das mulheres do PS, contraria o discurso de perda: Acho que não se perde nada. Vai-se é ganhar uma excelente autarca.No final dos trabalhos da comissão de inquérito ao caso BPN, Sónia Sanfona teve direito a elogios e piropos: de um dia para o outro tornou-se a sereia do parlamento: a deputada-sereia ou deputada-princesa.Nuno Melo garante que a expressão não se dirigia à deputada do Partido Socialista. Até porque não seria possível conceber sereias em Alpiarça, brinca Melo. Foi uma brincadeira sem qualquer conotação negativa. Um mimo. Convivo bem com as brincadeiras, responde Sónia Sanfona.Começou na política quando ainda andava no secundário nas fileiras da juventude socialista. Foi advogada durante nove anos e membro da Assembleia Municipal de Alpiarça. Só abandonou a advocacia quando entrou para a Assembleia. Se o escritório fosse em Lisboa teria continuado, conta. Era a nona de uma lista de 10 deputados do círculo de Santarém. Foram eleitos três. Depois de três desistências entrou pelas portas largas do Parlamento. Sem quintalinhos de actuação e tão grande por dentro como por fora - assim a descreve Helena Terra, uma das melhores amigas do hemisfério parlamentar. Não sei mesmo se não é maior por dentro do que por fora. E olhe que ela é bem grande, ironiza.Para Maria de Belém, Sanfona é uma deputada muito competente com uma grande vantagem: a serenidade. Ricardo Rodrigues também não poupa os elogios: É uma mulher ainda muito jovem [tem 37 anos], mas com maturidade política para dar e vender. Sabe o que quer.É dedicada, cumpridora das suas obrigações e deveres e uma óptima camarada.Todos lhe gabam o trabalho como coordenadora-adjunta da 1ª Comissão - responsável por uma grande percentagem de leis que se discutem na Assembleia da República. Mas é a revisão da lei das armas que elege como causa maior do seu mandato.É uma política que gosta de coisas de mulheres - sim, ela gosta de bolsas, de perfumes e de sapatos, diz Helena Terra - e do Benfica tanto como os homens. Nuno Antão, que a conheceu há 7 anos numa reunião da distrital e a caracteriza como ?uma mulher prática, já teve com ela discussões futebolísticas. Sou muito benfiquista, assume. Sanfona vai a jogos de futebol, passa o tempo a falar sobre eles e tem dois projectos de futebolistas: os filhos de nove e oito anos, jogadores do Águias. Bebe quatro ou cinco cafés por dia, tem a fotografia dos dois filhos e do marido no gabinete - um local com muitos livros, mas sem bandeiras do Benfica ou calendários do Águias de Alpiarça. Do Parlamento leva um discurso que não esquece: o de Osvaldo Castro, no 25 de Abril de 2008.Que Sónia Sanfona, seja eleita: Embaixadora de Alpiarça.Artigo enviado por "Simplemente eu" colaborador habitual do "Jornal Alpiarcense" e extraída da "Revista I"»


Nos intervalos das comissões e plenários, há dias em que Sónia Sanfona desfila de fato bege, toda ela firmeza e cabeleira loura, pelos corredores labirínticos da Assembleia da República, com rifas numa mão, calendários na outra, tudo do "Clube Águias de Alpiarça".A única mulher de Alpiarça no Parlamento faz a abordagem de uma vendedora: Não quer comprar uma rifa? Um calendário?Não há ninguém naquele Parlamento que nunca tenha comprado nada para ajudar o Águias de Alpiarça?, conta Helena Terra, deputada e colega de gabinete. Eis o lado menos conhecido da deputada que viu o apelido de solteira virar adjectivo em piadas sobre o relatório BPN 'o relatório sanfona', 'comissão de inquérito foi sanfonada'. E que nunca pensou trocar de apelido, nem se ofende com as piadas: Como convivo com o meu nome desde sempre, convivo muito bem, diz ao i, entre risos.Sónia Sanfona gosta de dizer ,e di-lo muitas vezes , que o vinho servido na recepção a Vladimir Putin era um vinho de Alpiarça. Quem a conhece descreve-a assim: mulher que defende tudo aquilo em que acredita, sem receio de críticas ou juízos de valor. Conta Helena Terra: Apesar de ser uma mulher de uma mundividência enorme, faz sempre questão de passar o centro do mundo para Alpiarça.Alpiarça, a terra que só trocou para ir estudar direito, em Coimbra e pela qual vai deixar de dar voltas nos Passos Perdidos da Assembleia. Ao lado de Jaime Gama, que elogiou a sua ,perseverança, capacidade de trabalho e grande paixão na defesa das ideias, a deputada do PS apresentou a candidatura à Câmara de Alpiarça. Como o PS não permite candidaturas duplas às legislativas e autárquicas, Sanfona optou e nos próximos dias diz adeus à vida parlamentar. Com nostalgia: Foram tempos bons, em que conheci grandes referências da democracia portuguesa. Apesar de ser uma novata, acho que não deixei mal as pessoas do meu partido. Se o PS aprovasse as duplas candidaturas, não voltaria atrás: Provavelmente faria apenas a candidatura autárquica. Quero dar as minhas ideias para Alpiarça e as pessoas não gostam de ser segunda escolha.Para Nuno Melo, o PS perde uma das melhores deputadas da legislatura. O relatório da comissão do BPN, para o deputado do CDS prestes a integrar a bancada do parlamento europeu, foi a única excepção de um mandato com muito bom senso. Sónia Fertuzinhos, outra das mulheres do PS, contraria o discurso de perda: Acho que não se perde nada. Vai-se é ganhar uma excelente autarca.No final dos trabalhos da comissão de inquérito ao caso BPN, Sónia Sanfona teve direito a elogios e piropos: de um dia para o outro tornou-se a sereia do parlamento: a deputada-sereia ou deputada-princesa.Nuno Melo garante que a expressão não se dirigia à deputada do Partido Socialista. Até porque não seria possível conceber sereias em Alpiarça, brinca Melo. Foi uma brincadeira sem qualquer conotação negativa. Um mimo. Convivo bem com as brincadeiras, responde Sónia Sanfona.Começou na política quando ainda andava no secundário nas fileiras da juventude socialista. Foi advogada durante nove anos e membro da Assembleia Municipal de Alpiarça. Só abandonou a advocacia quando entrou para a Assembleia. Se o escritório fosse em Lisboa teria continuado, conta. Era a nona de uma lista de 10 deputados do círculo de Santarém. Foram eleitos três. Depois de três desistências entrou pelas portas largas do Parlamento. Sem quintalinhos de actuação e tão grande por dentro como por fora - assim a descreve Helena Terra, uma das melhores amigas do hemisfério parlamentar. Não sei mesmo se não é maior por dentro do que por fora. E olhe que ela é bem grande, ironiza.Para Maria de Belém, Sanfona é uma deputada muito competente com uma grande vantagem: a serenidade. Ricardo Rodrigues também não poupa os elogios: É uma mulher ainda muito jovem [tem 37 anos], mas com maturidade política para dar e vender. Sabe o que quer.É dedicada, cumpridora das suas obrigações e deveres e uma óptima camarada.Todos lhe gabam o trabalho como coordenadora-adjunta da 1ª Comissão - responsável por uma grande percentagem de leis que se discutem na Assembleia da República. Mas é a revisão da lei das armas que elege como causa maior do seu mandato.É uma política que gosta de coisas de mulheres - sim, ela gosta de bolsas, de perfumes e de sapatos, diz Helena Terra - e do Benfica tanto como os homens. Nuno Antão, que a conheceu há 7 anos numa reunião da distrital e a caracteriza como ?uma mulher prática, já teve com ela discussões futebolísticas. Sou muito benfiquista, assume. Sanfona vai a jogos de futebol, passa o tempo a falar sobre eles e tem dois projectos de futebolistas: os filhos de nove e oito anos, jogadores do Águias. Bebe quatro ou cinco cafés por dia, tem a fotografia dos dois filhos e do marido no gabinete - um local com muitos livros, mas sem bandeiras do Benfica ou calendários do Águias de Alpiarça. Do Parlamento leva um discurso que não esquece: o de Osvaldo Castro, no 25 de Abril de 2008.Que Sónia Sanfona, seja eleita: Embaixadora de Alpiarça.Artigo enviado por "Simplemente eu" colaborador habitual do "Jornal Alpiarcense" e extraída da "Revista I"»

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