E cá estou eu a falar-vos do que prometi: Charlie e Lola.São dois irmãos, ele mais velhinho, ela em idade pré-escolar. Ele é um bom irmão mais velho, amigo, compreensivo, paciente e protector. Ela é rebelde, perspineta e muito engraçada.Tem pormenores deliciosos para descobrir nas ilustrações. E conjuga sempre o grafismo com o significado das palavras, que é o que normalmente uma criança pequena (pr'aí com uns 4 anitos) faz se lhe pedirem para fazer de conta que sabe escrever. E se ela alinhar, é claro!! Porque eu tentei fazer o exercício, que vos vou seguidamente descrever, com a M. e ela nunca colaborou. Penso que por não lhe fazer sentido nenhum o que eu lhe estava a pedir, ou por pura rebeldia!!! Que é o mais provável! ;o)Mas passando ao tal exercício, que vi há muito tempo na Universidade Aberta (sim, porque eu, volta e meia, gosto de aprender coisas novas e lá dou uma espreitadela a uma aula ou outra): Pedia-se a uma criança de 4, outra de 5 e outra de 6 anos, que escrevessem algumas palavras. Por exemplo, "formiga" e "elefante".✿A criança de 6 anos, que já conhecia algumas letras e já as conseguía associar a certos sons escreveria algo do género "fumige" e "lufate", que é resultado dos sons que já relaciona com os símbolos (letras) em conjunção com o facto de ainda não saber falar bem.✿A criança de 5 anos, escreveria algumas letras aleatoriamente, principalmente vogais, por ser as que conhecia melhor e possivelmente escreveria "formiga" com apenas duas ou três letras e "elefante" com imensas letras. Ou seja relacionava o animal pequeno com a palavra curta e o animal grande com a palavra comprida.✿E a criança de 4 anos, e desta lembro-me perfeitamente, representou a palavra "formiga" por apenas um pontinho a um canto da folha e "elefante" por várias bolas enormes que quase não cabiam na folha.Eu acho estas questões da aprendizagem das sementinhas fascinantes.No livro, as palavras que dão ideia de algo pequeno aparecem sempre escritas com letras pequenas em relação ao resto do texto. E para as que definem a ideia de algo grande aplica-se o mesmo princípio.Como eu gostava que estes livros não fossem apenas de papel e que pudesse desfrutar da realidade das diversas texturas que nos sugere.Aqui, reparem no pormenor do amigo invisível da Lola (sentado entre as meninas). É conseguído com a aplicação de papel brilhante sobre o semi-brilhante do livro.Referência Bibliográfica:"Sou demasiado pequena para ir à escola" com Charlie e Lola.De Lauren Child.Oficina do Livro.E agora uma correcção a este post (embora eu ainda não esteja completamente convencida). Parece que ao contrário do que eu disse no post, o tal edifício não é arte nova mas sim estilo mourisco. Ora, sem querer aprofundar a análise (pois não tenho conhecimentos para tal) parece que o estilo mourisco e o estilo neo-clássico em Portugal foram quase simultâneos e próximos, temporalmente falando, da arte nova. O que deve ter dado uma grande miscelânea de estilos. De modo que cá fica a correcção embora sem que conclusões nenhumas resultem desta reflexão! Obrigada ao maridão pelo toque.
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E cá estou eu a falar-vos do que prometi: Charlie e Lola.São dois irmãos, ele mais velhinho, ela em idade pré-escolar. Ele é um bom irmão mais velho, amigo, compreensivo, paciente e protector. Ela é rebelde, perspineta e muito engraçada.Tem pormenores deliciosos para descobrir nas ilustrações. E conjuga sempre o grafismo com o significado das palavras, que é o que normalmente uma criança pequena (pr'aí com uns 4 anitos) faz se lhe pedirem para fazer de conta que sabe escrever. E se ela alinhar, é claro!! Porque eu tentei fazer o exercício, que vos vou seguidamente descrever, com a M. e ela nunca colaborou. Penso que por não lhe fazer sentido nenhum o que eu lhe estava a pedir, ou por pura rebeldia!!! Que é o mais provável! ;o)Mas passando ao tal exercício, que vi há muito tempo na Universidade Aberta (sim, porque eu, volta e meia, gosto de aprender coisas novas e lá dou uma espreitadela a uma aula ou outra): Pedia-se a uma criança de 4, outra de 5 e outra de 6 anos, que escrevessem algumas palavras. Por exemplo, "formiga" e "elefante".✿A criança de 6 anos, que já conhecia algumas letras e já as conseguía associar a certos sons escreveria algo do género "fumige" e "lufate", que é resultado dos sons que já relaciona com os símbolos (letras) em conjunção com o facto de ainda não saber falar bem.✿A criança de 5 anos, escreveria algumas letras aleatoriamente, principalmente vogais, por ser as que conhecia melhor e possivelmente escreveria "formiga" com apenas duas ou três letras e "elefante" com imensas letras. Ou seja relacionava o animal pequeno com a palavra curta e o animal grande com a palavra comprida.✿E a criança de 4 anos, e desta lembro-me perfeitamente, representou a palavra "formiga" por apenas um pontinho a um canto da folha e "elefante" por várias bolas enormes que quase não cabiam na folha.Eu acho estas questões da aprendizagem das sementinhas fascinantes.No livro, as palavras que dão ideia de algo pequeno aparecem sempre escritas com letras pequenas em relação ao resto do texto. E para as que definem a ideia de algo grande aplica-se o mesmo princípio.Como eu gostava que estes livros não fossem apenas de papel e que pudesse desfrutar da realidade das diversas texturas que nos sugere.Aqui, reparem no pormenor do amigo invisível da Lola (sentado entre as meninas). É conseguído com a aplicação de papel brilhante sobre o semi-brilhante do livro.Referência Bibliográfica:"Sou demasiado pequena para ir à escola" com Charlie e Lola.De Lauren Child.Oficina do Livro.E agora uma correcção a este post (embora eu ainda não esteja completamente convencida). Parece que ao contrário do que eu disse no post, o tal edifício não é arte nova mas sim estilo mourisco. Ora, sem querer aprofundar a análise (pois não tenho conhecimentos para tal) parece que o estilo mourisco e o estilo neo-clássico em Portugal foram quase simultâneos e próximos, temporalmente falando, da arte nova. O que deve ter dado uma grande miscelânea de estilos. De modo que cá fica a correcção embora sem que conclusões nenhumas resultem desta reflexão! Obrigada ao maridão pelo toque.