Reflexos: À LUPA

06-10-2009
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Confirmei ontem à noite o que desconfiava há umas semanas atrás.Todos os partidos políticos queriam a derrota do Partido Socialista ou, no mínimo, a perda da maioria absoluta.Se percebo essa intenção por parte dos chamados partidos de direita (PSD e CDS), já o mesmo não acontece quanto aos partidos e coligações políticas apelidadas de esquerda (PCP/CDU e BE).O PCP nunca gostou do PS, sempre contestou as suas políticas, e de cassete em punho apregoava as suas ideias, sempre sempre ao lado do povo.Não seria Jerónimo de Sousa, pessoa com ar simpático e trato afável, a virar o conteúdo. Até lhe ficaria mal, presumo.O BE porque por isto e por aquilo, fazia ataques atrás de ataques, por vezes dando tiros no pé, fazendo mesmo crer que estaríamos perante um partido/coligação de direita ou, no mínimo, anti esquerda.Foi aí que me lembrei da "promessa" de Francisco Louçã de que haveria de chegar ao poder.Ontem, conhecidas as primeiras previsões, fiquei muito triste com as declarações de dirigentes do BE, nomeadamente Luís Fazenda, Helena Pinto, Fernando Rosas e, mais tarde, Francisco Louçã.Uma postura medíocre de altos representantes de uma coligação política que se quer de esquerda, em todo o sentido do termo.Senti que qualquer destes dirigentes estava muito mais satisfeito com o facto do PS não ter ganho com a maioria absoluta do que com os valores que lhes foram sendo apresentados (percentagem de votos e número de candidatos eleitos).Louçã haveria de dizer que "Maria de Lurdes Rodrigues perdeu o seu lugar no governo. Dou os meus parabéns aos professores que se bateram pela educação".Parecia que Louçã iria ser indigitado pelo PR para constituir governo e, assim, mexer no governo e com o governo a seu belo prazer.Imagino que nessa altura, Jerónimo Sousa e o sindicalista espectáculo Mário Nogueira (PCP) rejubilaram.O problema, meus caros bloguistas, é que os vossos números não são suficientes para tornar o PS refém de vós.Façam as contas e confirmem.Isto é, o BE terá mais quatro anos de limbo, fazendo de conta que isto de democracia burguesa não é com ele.Convém não esquecer, amigos bloguistas, que daqui por duas semanas há eleições autárquicas onde por direito próprio estão presentes, mas onde vão defrontar uma outra forma de poder.A menos que desde já se possa inferir termos que acreditar no impensável.Ou seja, fazermos "rewind" nas nossas mentes e recordar as palavras da vossa candidata a Almada, Helena Oliveira.Porém, em Almada, quem está no poder é, como sabem, o PCP/CDU "osso" bem mais difícil de roer.Ou vão limitar-se a não se importarem que o PCP/CDU mantenha o poder (com maioria absoluta ou relativa), para não co-existirem estrategicamente com o partido de quem tão mal dizem?É um desafio interessante de seguir.Voltarei ao assunto mais tarde.


Confirmei ontem à noite o que desconfiava há umas semanas atrás.Todos os partidos políticos queriam a derrota do Partido Socialista ou, no mínimo, a perda da maioria absoluta.Se percebo essa intenção por parte dos chamados partidos de direita (PSD e CDS), já o mesmo não acontece quanto aos partidos e coligações políticas apelidadas de esquerda (PCP/CDU e BE).O PCP nunca gostou do PS, sempre contestou as suas políticas, e de cassete em punho apregoava as suas ideias, sempre sempre ao lado do povo.Não seria Jerónimo de Sousa, pessoa com ar simpático e trato afável, a virar o conteúdo. Até lhe ficaria mal, presumo.O BE porque por isto e por aquilo, fazia ataques atrás de ataques, por vezes dando tiros no pé, fazendo mesmo crer que estaríamos perante um partido/coligação de direita ou, no mínimo, anti esquerda.Foi aí que me lembrei da "promessa" de Francisco Louçã de que haveria de chegar ao poder.Ontem, conhecidas as primeiras previsões, fiquei muito triste com as declarações de dirigentes do BE, nomeadamente Luís Fazenda, Helena Pinto, Fernando Rosas e, mais tarde, Francisco Louçã.Uma postura medíocre de altos representantes de uma coligação política que se quer de esquerda, em todo o sentido do termo.Senti que qualquer destes dirigentes estava muito mais satisfeito com o facto do PS não ter ganho com a maioria absoluta do que com os valores que lhes foram sendo apresentados (percentagem de votos e número de candidatos eleitos).Louçã haveria de dizer que "Maria de Lurdes Rodrigues perdeu o seu lugar no governo. Dou os meus parabéns aos professores que se bateram pela educação".Parecia que Louçã iria ser indigitado pelo PR para constituir governo e, assim, mexer no governo e com o governo a seu belo prazer.Imagino que nessa altura, Jerónimo Sousa e o sindicalista espectáculo Mário Nogueira (PCP) rejubilaram.O problema, meus caros bloguistas, é que os vossos números não são suficientes para tornar o PS refém de vós.Façam as contas e confirmem.Isto é, o BE terá mais quatro anos de limbo, fazendo de conta que isto de democracia burguesa não é com ele.Convém não esquecer, amigos bloguistas, que daqui por duas semanas há eleições autárquicas onde por direito próprio estão presentes, mas onde vão defrontar uma outra forma de poder.A menos que desde já se possa inferir termos que acreditar no impensável.Ou seja, fazermos "rewind" nas nossas mentes e recordar as palavras da vossa candidata a Almada, Helena Oliveira.Porém, em Almada, quem está no poder é, como sabem, o PCP/CDU "osso" bem mais difícil de roer.Ou vão limitar-se a não se importarem que o PCP/CDU mantenha o poder (com maioria absoluta ou relativa), para não co-existirem estrategicamente com o partido de quem tão mal dizem?É um desafio interessante de seguir.Voltarei ao assunto mais tarde.

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