O Carmo e a Trindade: Em Lisboa, junto do Cais do Sodré: péssima lição do Estado aos cidadãos

25-06-2009
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Gina Pereira fixou no «JN» de hoje a frase que melhor resume a situação, tanto mais séria quanto é certo que vem do próprio vereador do Urbanismo da CML, arq. Manuel Salgado. O que está em causa são os edifícios enormes implantados ali ao lado do Cais do Sodré, destinados a agências europeias (segurança marítima, um, e droga, outro). Segundo esse realato do jornal, «o vereador do Urbanismo, Manuel Salgado, considerou "caricato" o facto de, estando os dois edifícios praticamente concluídos, só agora ter sido feito o pedido de licenciamento das obras, o que significa que foram feitas sem licença da Câmara».Isto tem sido um abuso difícil de entender. Tem sido um desplante do Estado central. Tem sido um despautério e um desrespeito. Mas também, verdade se diga, ninguém na autarquia (nem Santana nem Carmona) ôs os pontos nos is. Ninguém colocou o Estado central no seu lugar. Ninguém embargou. Ninguém mandou demolir. Ninguém actuou. 'Tá-se bem: eis a grande regra quando está envolvido o Estado central - mesmo quando preverica de formaostensiva, de forma escandalosa, de forma arrogante, à vista de toda a gente e com um enooooorme sentido de impunidade.Isso, porque... 'tá-se bem...«Caricato», disse Salgado.Se você construir um prédio ou uma simples barraquinha ali na Ameixoeira, aqui d' El-Rey e ainda bem. Se a Câmara tivesse o desplante de implantar um simples pré-fabricado para um ATL ali no meio da Tapada das Necessidades (um exemplo bem na berra, pois está em vias de ser objecto de protocolo Estado-Autarquia, segundo tudo aponta) - aqui d' El-Rey e com toda a razão. Ficaríamos todos escandalizados e a dar razão ao Estado central - quer contra aquele cidadão prevaricador do primeiro exemplo, quer contra a autarquia abusadora da segunda hipótese.E estaríamos certos em condenar as situações.Mas então por que raio somos todos tão condescendentes para com o Estado central face a uma agressão destas contra a autonomia e os poderes do Poder Local?Por menos do que isso, em stuações de antanho, houve guerras de fronteira ao longo da História, lembram-se?... Fosse lá acontecer uma cena destas em alguns países em que a autonomia local e a dos estados federados é valorizada! Era uma guerra dos diabos.Mas por cá, não. É uma paz santa: 'tá-se beeem. Muuuuuuito beeeeeem...


Gina Pereira fixou no «JN» de hoje a frase que melhor resume a situação, tanto mais séria quanto é certo que vem do próprio vereador do Urbanismo da CML, arq. Manuel Salgado. O que está em causa são os edifícios enormes implantados ali ao lado do Cais do Sodré, destinados a agências europeias (segurança marítima, um, e droga, outro). Segundo esse realato do jornal, «o vereador do Urbanismo, Manuel Salgado, considerou "caricato" o facto de, estando os dois edifícios praticamente concluídos, só agora ter sido feito o pedido de licenciamento das obras, o que significa que foram feitas sem licença da Câmara».Isto tem sido um abuso difícil de entender. Tem sido um desplante do Estado central. Tem sido um despautério e um desrespeito. Mas também, verdade se diga, ninguém na autarquia (nem Santana nem Carmona) ôs os pontos nos is. Ninguém colocou o Estado central no seu lugar. Ninguém embargou. Ninguém mandou demolir. Ninguém actuou. 'Tá-se bem: eis a grande regra quando está envolvido o Estado central - mesmo quando preverica de formaostensiva, de forma escandalosa, de forma arrogante, à vista de toda a gente e com um enooooorme sentido de impunidade.Isso, porque... 'tá-se bem...«Caricato», disse Salgado.Se você construir um prédio ou uma simples barraquinha ali na Ameixoeira, aqui d' El-Rey e ainda bem. Se a Câmara tivesse o desplante de implantar um simples pré-fabricado para um ATL ali no meio da Tapada das Necessidades (um exemplo bem na berra, pois está em vias de ser objecto de protocolo Estado-Autarquia, segundo tudo aponta) - aqui d' El-Rey e com toda a razão. Ficaríamos todos escandalizados e a dar razão ao Estado central - quer contra aquele cidadão prevaricador do primeiro exemplo, quer contra a autarquia abusadora da segunda hipótese.E estaríamos certos em condenar as situações.Mas então por que raio somos todos tão condescendentes para com o Estado central face a uma agressão destas contra a autonomia e os poderes do Poder Local?Por menos do que isso, em stuações de antanho, houve guerras de fronteira ao longo da História, lembram-se?... Fosse lá acontecer uma cena destas em alguns países em que a autonomia local e a dos estados federados é valorizada! Era uma guerra dos diabos.Mas por cá, não. É uma paz santa: 'tá-se beeem. Muuuuuuito beeeeeem...

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