O Carmo e a Trindade: Sujidade é crítica recorrente

26-06-2009
marcar artigo


Sujidade é crítica recorrente-PUBLICO-21.07.2008"As ruas de Lisboa estão cheias de cocó." A crítica não partiu do vulgar cidadão, mas da mandatária para a juventude na campanha de António Costa, a actriz Margarida Vila-Nova.A actriz participava num recente encontro de militantes socialistas, no decurso do qual, segundo o semanário Expresso, o ex-vereador da Câmara de Lisboa Rui Godinho teceu também reparos ao actual sistema de recolha do lixo. As promessas do presidente da câmara de limpeza geral da cidade ficaram no tinteiro, e a sujidade das ruas tem sido tema recorrente de conversa nos últimos meses, quer entre as diferentes forças políticas representadas na autarquia, quer entre habitantes e turistas."Não notei muita diferença em relação ao Brasil", observava este sábado um médico de 34 anos acabado de chegar de Mato Grosso, a quem a falta de limpeza dos espaços públicos saltou à vista logo que aterrou. No Largo do Camões, onde tinha ido às compras, o postal turístico dificilmente podia ser pior, com os degraus que servem de base ao monumento cobertos de escorrências já secas de bebidas de várias proveniências e a calçada portuguesa ali mostra um canto tão encardido que mal se notavam os desenhos. Quando o turista por ali passou, já a imundície se acumulava há muitos dias."A cidade continua suja e pouco amigável", escreveu a social-democrata Paula Teixeira da Cruz, presidente da Assembleia Municipal, num artigo publicado no semanário Sol também neste fim-de-semana. Já o arquitecto Manuel Graça Dias desvaloriza o problema, que entende ser "muito pequeno-burguês, de dona de casa, superficial"."Podemos ter uma cidade com imensa qualidade, apesar de as ruas estarem um pouco sujas e sarapintadas com graffiti", contrapõe. "As pessoas que nunca foram à Índia e a África não sabem o que é uma cidade verdadeiramente suja. O que aqui vemos é uma cidade moderadamente suja. E é mais importante que não chova nas casas e que estas tenham casas de banho do que estar tudo muito asseado por fora, como no Portugal salazarista, e numa miséria por dentro." A.H. FOTOGRAFIA : LISBOA.SOS


Sujidade é crítica recorrente-PUBLICO-21.07.2008"As ruas de Lisboa estão cheias de cocó." A crítica não partiu do vulgar cidadão, mas da mandatária para a juventude na campanha de António Costa, a actriz Margarida Vila-Nova.A actriz participava num recente encontro de militantes socialistas, no decurso do qual, segundo o semanário Expresso, o ex-vereador da Câmara de Lisboa Rui Godinho teceu também reparos ao actual sistema de recolha do lixo. As promessas do presidente da câmara de limpeza geral da cidade ficaram no tinteiro, e a sujidade das ruas tem sido tema recorrente de conversa nos últimos meses, quer entre as diferentes forças políticas representadas na autarquia, quer entre habitantes e turistas."Não notei muita diferença em relação ao Brasil", observava este sábado um médico de 34 anos acabado de chegar de Mato Grosso, a quem a falta de limpeza dos espaços públicos saltou à vista logo que aterrou. No Largo do Camões, onde tinha ido às compras, o postal turístico dificilmente podia ser pior, com os degraus que servem de base ao monumento cobertos de escorrências já secas de bebidas de várias proveniências e a calçada portuguesa ali mostra um canto tão encardido que mal se notavam os desenhos. Quando o turista por ali passou, já a imundície se acumulava há muitos dias."A cidade continua suja e pouco amigável", escreveu a social-democrata Paula Teixeira da Cruz, presidente da Assembleia Municipal, num artigo publicado no semanário Sol também neste fim-de-semana. Já o arquitecto Manuel Graça Dias desvaloriza o problema, que entende ser "muito pequeno-burguês, de dona de casa, superficial"."Podemos ter uma cidade com imensa qualidade, apesar de as ruas estarem um pouco sujas e sarapintadas com graffiti", contrapõe. "As pessoas que nunca foram à Índia e a África não sabem o que é uma cidade verdadeiramente suja. O que aqui vemos é uma cidade moderadamente suja. E é mais importante que não chova nas casas e que estas tenham casas de banho do que estar tudo muito asseado por fora, como no Portugal salazarista, e numa miséria por dentro." A.H. FOTOGRAFIA : LISBOA.SOS

marcar artigo