Canto III125.Aqui neste lugar os nobres murosLevantarás com glória, a que tremendoTodo o Oriente em séculos futurosInclinará a cerviz obedecendo:Quando ao mundo nasceram aqueles purosEspíritos, que o tempo vagaroso, e lentoTraga o dia a seu claro nascimento.126.Darão à grã Lisboa descendentes,Que dilatem com a vida o novo ImpérioAté as casas do Sol, e nas ardentesÁreas de Ásia escreverão o nome Hespério:Afrontarão com ânimos valentesO frio, e ardentíssimo hemisfério,Ficando o mundo todo campo estreitoA um reino só de mil impérios feito.-------------------------------------ARGV - Gabriel Pereira de Castro, Ulyssea, ou Lysboa edificada - 1636
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Canto III125.Aqui neste lugar os nobres murosLevantarás com glória, a que tremendoTodo o Oriente em séculos futurosInclinará a cerviz obedecendo:Quando ao mundo nasceram aqueles purosEspíritos, que o tempo vagaroso, e lentoTraga o dia a seu claro nascimento.126.Darão à grã Lisboa descendentes,Que dilatem com a vida o novo ImpérioAté as casas do Sol, e nas ardentesÁreas de Ásia escreverão o nome Hespério:Afrontarão com ânimos valentesO frio, e ardentíssimo hemisfério,Ficando o mundo todo campo estreitoA um reino só de mil impérios feito.-------------------------------------ARGV - Gabriel Pereira de Castro, Ulyssea, ou Lysboa edificada - 1636