Lisboa, quem te viu e quem te vê: Já nada admira...

08-10-2009
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O antigo chefe de gabinete da ex-vereadora Helena Lopes da Costa acumulou durante vários meses, em 2005, as remunerações de alto quadro da empresa municipal Gebalis e de avençado do gabinete da autarca.A contratação de Gonçalo Moita como prestador de serviços no gabinete da vereadora, bem como a sua entrada para a Gebalis, ocorreu uma semana antes de ter sido exonerado, a seu pedido, do lugar de chefe de gabinete.Nomeado adjunto da vereadora da Habitação em Janeiro de 2003, o antigo professor de Filosofia assegurou as funções de chefe de gabinete até 26 de Janeiro de 2005, dia em que foi exonerado, a seu pedido, por Carmona Rodrigues. Nesse dia, porém , já tinha garantido a sua continuação em condições mais vantajosas: a 19 do mesmo mês tinha assinado um contrato de prestação de serviços com a vereadora de quem era chefe de gabinete, com uma remuneração bastante superior à que tinha, e a 21, tinha entrado para o quadro da Gebalis com a categoria B6, imediatamente abaixo da administração.(…)A sua contratação como prestador de serviços foi feita iniciativa de Lopes da Costa, por ajuste directo, sendo justificada na respectiva proposta com o facto de “a coordenação do gabinete” implicar “a existência de uma relação pessoal e profissional”.A entrada para o quadro da Gebalis foi feita também por indicação da vereadora e actual deputada do PSD, que tutelava a empresa, embora o contrato tenha sido assinado pela então presidente do conselho de administração, Eduarda Rosa.Três meses depois de ter iniciado o seu contrato como prestador de serviços, Moita rescindiu “amigavelmente” o contrato, uma vez que tomou posse, a 23 de Maio, como vogal da administração da SRU Oriental. O currículo que apresentou à câmara, aquando da aprovação da sua nomeação para a SRU, primeiro em 2005 e depois em 2006, após as últimas eleições, omite, todavia, a sua qualidade de funcionário da Gebalis.Contactado pelo Público, garantiu que “nada de ilegal foi feito” e explicou que a avença foi paga durante três meses com uma decisão da vereadora. “Fui para a Gebalis para tratar do Bairro Padre Cruz, mas ela pediu-me para continuar a ajudá-la no gabinete e disse-me: vamos arranjar uma compensação.” E concluiu: “saiu-me praticamente do pêlo, nesses três meses praticamente não vi as minhas filhas.”José António CerejoIn Público, 22.03.2007


O antigo chefe de gabinete da ex-vereadora Helena Lopes da Costa acumulou durante vários meses, em 2005, as remunerações de alto quadro da empresa municipal Gebalis e de avençado do gabinete da autarca.A contratação de Gonçalo Moita como prestador de serviços no gabinete da vereadora, bem como a sua entrada para a Gebalis, ocorreu uma semana antes de ter sido exonerado, a seu pedido, do lugar de chefe de gabinete.Nomeado adjunto da vereadora da Habitação em Janeiro de 2003, o antigo professor de Filosofia assegurou as funções de chefe de gabinete até 26 de Janeiro de 2005, dia em que foi exonerado, a seu pedido, por Carmona Rodrigues. Nesse dia, porém , já tinha garantido a sua continuação em condições mais vantajosas: a 19 do mesmo mês tinha assinado um contrato de prestação de serviços com a vereadora de quem era chefe de gabinete, com uma remuneração bastante superior à que tinha, e a 21, tinha entrado para o quadro da Gebalis com a categoria B6, imediatamente abaixo da administração.(…)A sua contratação como prestador de serviços foi feita iniciativa de Lopes da Costa, por ajuste directo, sendo justificada na respectiva proposta com o facto de “a coordenação do gabinete” implicar “a existência de uma relação pessoal e profissional”.A entrada para o quadro da Gebalis foi feita também por indicação da vereadora e actual deputada do PSD, que tutelava a empresa, embora o contrato tenha sido assinado pela então presidente do conselho de administração, Eduarda Rosa.Três meses depois de ter iniciado o seu contrato como prestador de serviços, Moita rescindiu “amigavelmente” o contrato, uma vez que tomou posse, a 23 de Maio, como vogal da administração da SRU Oriental. O currículo que apresentou à câmara, aquando da aprovação da sua nomeação para a SRU, primeiro em 2005 e depois em 2006, após as últimas eleições, omite, todavia, a sua qualidade de funcionário da Gebalis.Contactado pelo Público, garantiu que “nada de ilegal foi feito” e explicou que a avença foi paga durante três meses com uma decisão da vereadora. “Fui para a Gebalis para tratar do Bairro Padre Cruz, mas ela pediu-me para continuar a ajudá-la no gabinete e disse-me: vamos arranjar uma compensação.” E concluiu: “saiu-me praticamente do pêlo, nesses três meses praticamente não vi as minhas filhas.”José António CerejoIn Público, 22.03.2007

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