Viseu, Senhora da Beira...: Sou a contemplar-te daqui...

03-10-2009
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Chego (Cidade insigne) a contemplar-teViseu de cinco séculos memoradosque em tanto já florente, já prostadateatro foste de Minerva, e Martenão poderá a fortuna aniquilar-tepois sendo tantas vezes assolada(qual Fénix entre as chamas abrasada.)tornas das mesmas a levantar-te.Eternize a estampa teu retrato,do Letes apesar teu sevo inimigomas também se oponha o tempo ingrato.És glória, de Lusos, de Árabes castigo,Seta de Afonso, triunfo de Veriato,berço a Eduardo, mármore a Rodrigo.(...)Da Lusitana em o meio está assentadaUma Cidade, antiga populosa,Não menos nos engenhos sublimada,Que nas sanguineas armas belicosa.De serras, e altos montes rodeada,E de rios, que a fazem mais fermosa,Torres, muralhas, alta fortaleza,Publicam sua antiga e grã nobreza.João de Paiva, Descrição da Cidade de Viseu, 1638


Chego (Cidade insigne) a contemplar-teViseu de cinco séculos memoradosque em tanto já florente, já prostadateatro foste de Minerva, e Martenão poderá a fortuna aniquilar-tepois sendo tantas vezes assolada(qual Fénix entre as chamas abrasada.)tornas das mesmas a levantar-te.Eternize a estampa teu retrato,do Letes apesar teu sevo inimigomas também se oponha o tempo ingrato.És glória, de Lusos, de Árabes castigo,Seta de Afonso, triunfo de Veriato,berço a Eduardo, mármore a Rodrigo.(...)Da Lusitana em o meio está assentadaUma Cidade, antiga populosa,Não menos nos engenhos sublimada,Que nas sanguineas armas belicosa.De serras, e altos montes rodeada,E de rios, que a fazem mais fermosa,Torres, muralhas, alta fortaleza,Publicam sua antiga e grã nobreza.João de Paiva, Descrição da Cidade de Viseu, 1638

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