A entrevista de Louça e as patetices de alguns bloquistas

23-07-2009
marcar artigo


A entrevista de Francisco Louçã à TSF/Diário de Noticias, revela-nos um político invulgar. À pergunta armadilhada de “quanto ganha”, ou de qual é o seu “ordenado de professor universitário”, Louçã desarma os jornalistas afirmando que recebe apenas o vencimento de deputado e que trabalha gratuitamente para a Universidade, como professor e investigador em economia.Francisco Louçã mantém-se fiel aos seus princípios: “o meu compromisso é com a luta socialista, a minha divida é com as desigualdades sociais”. Pelo caminho as criticas concretas: os cinco administradores do BCP que falsearam as contas durante sete anos e saíram com 80 milhões de euros indemnizações; as contas do CDS que aparecem com um milhão de euros depositado pelo BES; os 24 milhões de euros numa conta do BES na Inglaterra que estão a ser investigados aquando da compra dos submarinos; as avenças de deputados por prestação de serviços que deviam ser incompatíveis, como o de Guilherme Silva ao Governo regional da Madeira.Depois os grandes princípios ideológicos: um caminho de unidade capaz de transportar para os movimentos sociais uma força de protesto, de resistência e de acção, não partidarizados, para contrariar as políticas liberais e construir uma alternativa de poder de esquerda; a liberdade de opinião e o pluralismo contra a disciplina unicitária; a defesa intransigente das liberdades de imprensa e de manifestação pública; o combate às visões doutrinárias de partido único, de movimentos tutelados por um partido, a não aceitação de limitações ao exercício das liberdades, ou de proibição do direito de greves, da liberdade de imprensa ou "aceitar" a exploração capitalista como o faz o PCP a pretexto de no poder estar um partido comunista. “A esquerda portuguesas tem de fazer explodir preconceitos, estamos derrotados se vivermos do passado”.Pelo meio a criticas ao Governo sobre um “economicismo mesquinho” no Serviço Nacional de Saúde (que deve ser sempre gratuito e universal para todos), na Educação, (onde reconhece que a Ministra tomou uma ou outra boa decisão mas sem dar condições e atropelando os professores como se fosse “um camião TIR”) nas políticas económicas e de emprego. “É um destino trágico que um governo socialista seja o mais liberal de todos”. Concomitantemente apresentou propostas concretas alternativas e não resistiu a uma provocação que resultou numa resposta extemporânea: a de que não fará coligações municipais autárquicas em 2009. E sobre esta questão já algumas vozes internas se atiraram a Sá Fernandes, por este, legitimamente, achar inoportuno, tomar uma posição a tão longa distância no que diz respeito a Lisboa.E se a entrevista de Louçã me aproxima do Bloco, já as reacções “extremas” de alguns bloquistas às opiniões de Sá Fernandes, afastam-me completamente. É que já não tenho paciência para certas palermices.


A entrevista de Francisco Louçã à TSF/Diário de Noticias, revela-nos um político invulgar. À pergunta armadilhada de “quanto ganha”, ou de qual é o seu “ordenado de professor universitário”, Louçã desarma os jornalistas afirmando que recebe apenas o vencimento de deputado e que trabalha gratuitamente para a Universidade, como professor e investigador em economia.Francisco Louçã mantém-se fiel aos seus princípios: “o meu compromisso é com a luta socialista, a minha divida é com as desigualdades sociais”. Pelo caminho as criticas concretas: os cinco administradores do BCP que falsearam as contas durante sete anos e saíram com 80 milhões de euros indemnizações; as contas do CDS que aparecem com um milhão de euros depositado pelo BES; os 24 milhões de euros numa conta do BES na Inglaterra que estão a ser investigados aquando da compra dos submarinos; as avenças de deputados por prestação de serviços que deviam ser incompatíveis, como o de Guilherme Silva ao Governo regional da Madeira.Depois os grandes princípios ideológicos: um caminho de unidade capaz de transportar para os movimentos sociais uma força de protesto, de resistência e de acção, não partidarizados, para contrariar as políticas liberais e construir uma alternativa de poder de esquerda; a liberdade de opinião e o pluralismo contra a disciplina unicitária; a defesa intransigente das liberdades de imprensa e de manifestação pública; o combate às visões doutrinárias de partido único, de movimentos tutelados por um partido, a não aceitação de limitações ao exercício das liberdades, ou de proibição do direito de greves, da liberdade de imprensa ou "aceitar" a exploração capitalista como o faz o PCP a pretexto de no poder estar um partido comunista. “A esquerda portuguesas tem de fazer explodir preconceitos, estamos derrotados se vivermos do passado”.Pelo meio a criticas ao Governo sobre um “economicismo mesquinho” no Serviço Nacional de Saúde (que deve ser sempre gratuito e universal para todos), na Educação, (onde reconhece que a Ministra tomou uma ou outra boa decisão mas sem dar condições e atropelando os professores como se fosse “um camião TIR”) nas políticas económicas e de emprego. “É um destino trágico que um governo socialista seja o mais liberal de todos”. Concomitantemente apresentou propostas concretas alternativas e não resistiu a uma provocação que resultou numa resposta extemporânea: a de que não fará coligações municipais autárquicas em 2009. E sobre esta questão já algumas vozes internas se atiraram a Sá Fernandes, por este, legitimamente, achar inoportuno, tomar uma posição a tão longa distância no que diz respeito a Lisboa.E se a entrevista de Louçã me aproxima do Bloco, já as reacções “extremas” de alguns bloquistas às opiniões de Sá Fernandes, afastam-me completamente. É que já não tenho paciência para certas palermices.

marcar artigo