A Nódoa: Autismo

07-07-2009
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Como é que os cinco líderes parlamentares podem estar uma hora e meia a debater ideias (?) na televisão, sem que se tenha mais do que cinco minutos (e estou a ser optimista) de discussão de assuntos que realmente interessem aos portugueses? Safa!
Honra lhe seja feita, Francisco Louçã, com a sua eloquente oratória foi o único que abordou alguns assuntos concretos, mas infelizmente fê-lo muito pela rama. Seria útil, por exemplo, perceber quais são em concreto as «políticas de emprego» que o BE propõe. É verdade que era difícil manter o nível da discussão com interlocutores tão brutescos quanto Guilherme Silva ou Nuno Melo, mas isso por si só não chega para explicar a falta de concretização das suas ideias. Quanto a António José Seguro pareceu mais apostado em manter uma postura imperturbável e um ar de serenidade responsável, porventura na expectativa de assim se demarcar da linha de instabilidade do actual governo, do que em apresentar uma dinâmica positiva assente em ideias e conteúdos programáticos claros. Ou seja, tudo parece indicar que, mais uma vez, a mudança de poder se fará com base, não no mérito das alternativas propostas pelo maior partido da oposição, mas pelo demérito de quem tem funções governativas. É triste.
Ah! E Bernardino Soares também lá esteve... a combater as «políticas de direita».

Como é que os cinco líderes parlamentares podem estar uma hora e meia a debater ideias (?) na televisão, sem que se tenha mais do que cinco minutos (e estou a ser optimista) de discussão de assuntos que realmente interessem aos portugueses? Safa!
Honra lhe seja feita, Francisco Louçã, com a sua eloquente oratória foi o único que abordou alguns assuntos concretos, mas infelizmente fê-lo muito pela rama. Seria útil, por exemplo, perceber quais são em concreto as «políticas de emprego» que o BE propõe. É verdade que era difícil manter o nível da discussão com interlocutores tão brutescos quanto Guilherme Silva ou Nuno Melo, mas isso por si só não chega para explicar a falta de concretização das suas ideias. Quanto a António José Seguro pareceu mais apostado em manter uma postura imperturbável e um ar de serenidade responsável, porventura na expectativa de assim se demarcar da linha de instabilidade do actual governo, do que em apresentar uma dinâmica positiva assente em ideias e conteúdos programáticos claros. Ou seja, tudo parece indicar que, mais uma vez, a mudança de poder se fará com base, não no mérito das alternativas propostas pelo maior partido da oposição, mas pelo demérito de quem tem funções governativas. É triste.
Ah! E Bernardino Soares também lá esteve... a combater as «políticas de direita».

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