Do Primeiro de Janeiro: Menezes e Mendes

27-06-2009
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Menezes derruba Marques Mendes

Ricardo Patrício

Luís Filipe Menezes derrotou Luís Marques Mendes nas eleições directas no PSD, que se disputaram ontem, por cerca de cinco mil votos de diferença.

De acordo com fontes ligadas ao processo, Luís Filipe Menezes venceu nos concelhos de Matosinhos (238 – 107), Viseu, Viana do castelo (com diferença de 100 votos), Lisboa (secção Algés, por 184-40 e na secção H, por 50 votos), Vila Nova de Gaia (por 1700 votos), Gondomar (393 – 56), Porto (390 – 297), Famalicão (1001 – 134), Esposende (198 – 46), Águeda, Santo Tiro, Barcelos, Vila do Conde, Póvoa de Varzim (186 – 64), Paredes, Bragança, Algarve (com 459 de diferença), Coimbra (com cerca de 300 de diferença), Guimarães (240 – 150).

Já o candidato derrotado levou a melhor nos concelhos de Aveiro (diferença de 12), Póvoa de Lanhoso (diferença de 19), Amarante (por apenas um voto), Marco de Canavezes, Madeira (1100 – 400) e Setúbal (por uma margem de30 votos).

O mandatário da candidatura de Filipe Menezes, Ribau Esteve reconheceu, ainda antes de serem divulgados os dados oficiais, perto da uma da madrugada, a vitória e afirmou, citado pela Agência Lusa, que “esta grande vitória quer dizer que o PSD vai continuar a crescer”.

Logo a seguir, Marques Mendes reconheceu a derrota e felicitou o novo líder e desejou para o PSD os resultados que ele sempre ambicionou.

Eleições Figueira Foz anuladas

O episódio que marcou, pela negativa, o acto eleitoral aconteceu na secção da Figueira da Foz, onde as eleições foram anuladas. A repetição do escrutínio aconteceria apenas em caso de a vitória de um dos candidatos ser tangencial, o que não se verificou.

A decisão do Conselho de Jurisdição “de não considerar a votação” deveu-se, segundo disse à Lusa Guilherme Silva, ao facto de o presidente da mesa da assembleia local “não ter seguido os cadernos eleitorais”, permitindo que militantes que não estavam aí inscritos de votar.

Entretanto, o presidente da mesa de voto, Alberto Caetano, diz poder ter havido “um engano ou um erro” dos serviços do partido em excluir cerca de meio milhar de militantes do caderno eleitoral, frisando que tomou a decisão “por respeito aos militantes do PSD” que se deslocaram à sede para votar. “Há um caderno eleitoral e verifiquei que há um conjunto de militantes que dele não consta mas que tem as quotas pagas desde 21 Julho 2007. Estamos a deixar votar todas as pessoas que constam dessa listagem”, admitiu. Questionado pelos jornalistas sobre se a decisão tomada não poderá levar à anulação do acto eleitoral, declarou: “Isso já não é comigo”.

Reclamações no Porto

Mais a Norte, foram registadas 23 reclamações por escrito na assembleia de voto do concelho do Porto do PSD, em Guerra Junqueiro, assinadas por militantes com as quotas pagas e com comprovativo das mesmas, mas cujos nomes não constavam do caderno eleitoral, segundo a organização do processo eleitoral. O formulário da reclamação obriga o reclamante a colocar o seu número de militante e de Bilhete de Identidade, para além do nome e da devida explicação dos motivos na origem do protesto.

Estes registos vão ser enviados ainda hoje para a secretaria-geral do partido e depois encaminhados para o Conselho de Jurisdição do PSD, onde serão apreciados à luz dos regulamentos nacionais dos sociais-democratas. De acordo com testemunhas no local, entre as 18 e as 23 horas, período em que as urnas estiveram abertas, os militantes chegaram a ter de esperar cerca de hora e meia para conseguirem votar na assembleia de voto concelhia do PSD do Porto.

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Luís Filipe Menezes derrotou Luís Marques Mendes nas eleições directas no PSD, que se disputaram ontem, por cerca de cinco mil votos de diferença.

De acordo com fontes ligadas ao processo, Luís Filipe Menezes venceu nos concelhos de Matosinhos (238 – 107), Viseu, Viana do castelo (com diferença de 100 votos), Lisboa (secção Algés, por 184-40 e na secção H, por 50 votos), Vila Nova de Gaia (por 1700 votos), Gondomar (393 – 56), Porto (390 – 297), Famalicão (1001 – 134), Esposende (198 – 46), Águeda, Santo Tiro, Barcelos, Vila do Conde, Póvoa de Varzim (186 – 64), Paredes, Bragança, Algarve (com 459 de diferença), Coimbra (com cerca de 300 de diferença), Guimarães (240 – 150).

Já o candidato derrotado levou a melhor nos concelhos de Aveiro (diferença de 12), Póvoa de Lanhoso (diferença de 19), Amarante (por apenas um voto), Marco de Canavezes, Madeira (1100 – 400) e Setúbal (por uma margem de30 votos).

O mandatário da candidatura de Filipe Menezes, Ribau Esteve reconheceu, ainda antes de serem divulgados os dados oficiais, perto da uma da madrugada, a vitória e afirmou, citado pela Agência Lusa, que “esta grande vitória quer dizer que o PSD vai continuar a crescer”.

Logo a seguir, Marques Mendes reconheceu a derrota e felicitou o novo líder e desejou para o PSD os resultados que ele sempre ambicionou.

Eleições Figueira Foz anuladas

O episódio que marcou, pela negativa, o acto eleitoral aconteceu na secção da Figueira da Foz, onde as eleições foram anuladas. A repetição do escrutínio aconteceria apenas em caso de a vitória de um dos candidatos ser tangencial, o que não se verificou.

A decisão do Conselho de Jurisdição “de não considerar a votação” deveu-se, segundo disse à Lusa Guilherme Silva, ao facto de o presidente da mesa da assembleia local “não ter seguido os cadernos eleitorais”, permitindo que militantes que não estavam aí inscritos de votar.

Entretanto, o presidente da mesa de voto, Alberto Caetano, diz poder ter havido “um engano ou um erro” dos serviços do partido em excluir cerca de meio milhar de militantes do caderno eleitoral, frisando que tomou a decisão “por respeito aos militantes do PSD” que se deslocaram à sede para votar. “Há um caderno eleitoral e verifiquei que há um conjunto de militantes que dele não consta mas que tem as quotas pagas desde 21 Julho 2007. Estamos a deixar votar todas as pessoas que constam dessa listagem”, admitiu. Questionado pelos jornalistas sobre se a decisão tomada não poderá levar à anulação do acto eleitoral, declarou: “Isso já não é comigo”.

Reclamações no Porto

Mais a Norte, foram registadas 23 reclamações por escrito na assembleia de voto do concelho do Porto do PSD, em Guerra Junqueiro, assinadas por militantes com as quotas pagas e com comprovativo das mesmas, mas cujos nomes não constavam do caderno eleitoral, segundo a organização do processo eleitoral. O formulário da reclamação obriga o reclamante a colocar o seu número de militante e de Bilhete de Identidade, para além do nome e da devida explicação dos motivos na origem do protesto.

Estes registos vão ser enviados ainda hoje para a secretaria-geral do partido e depois encaminhados para o Conselho de Jurisdição do PSD, onde serão apreciados à luz dos regulamentos nacionais dos sociais-democratas. De acordo com testemunhas no local, entre as 18 e as 23 horas, período em que as urnas estiveram abertas, os militantes chegaram a ter de esperar cerca de hora e meia para conseguirem votar na assembleia de voto concelhia do PSD do Porto.

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