Sampaio britânico

25-02-2008
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Edição 1677

18.12.2004 1º Caderno Economia

& Internacional Única Actual Opinião Edições Anteriores Pesquisa Na noite

Sapo Sound Bits Antes de tempo

Esquerda perigosa Quiosque

Protector de animais Sampaio britânico Sampaio britânico Natal à inglesa Natal à inglesa Ao desbarato Ao desbarato Santana na noite Santana na noite Nobel em vídeo Nobel em vídeo Prémio Direitos Humanos Prémio Direitos Humanos Lover Kerry Lover Kerry As prendas do «Pai Natal» José Lello As prendas do «Pai Natal» José Lello GRAVIDEZ GRAVIDEZ VANDALIZADO VANDALIZADO REGRESSO REGRESSO MORTE MORTE ANÚNCIO ANÚNCIO

Sampaio britânico

RUI OCHÔA Nas vésperas da comunicação do Presidente Jorge Sampaio ao país da sua decisão de dissolução da Assembleia da República, os Passos Perdidos do Parlamento eram palco de todos os rumores. A maior discussão era sobre o que iria o Presidente dizer e se seria claro na fundamentação para o uso da chamada «bomba atómica». Para uns, era impossível que o discurso de Sampaio fosse claro pela simples razão de que entendiam que a decisão jamais poderia ter fundamento. Para outros, nem precisava de dizer nada, tão clara já estava a situação para os portugueses. Para outros ainda, fosse como fosse, o discurso nunca poderia ser claro, simplesmente por ser de... Jorge Sampaio. A não ser que, como sugeria um deputado maldoso e divertido, o Presidente falasse ao país em... inglês. Nas vésperas da comunicação do Presidente Jorge Sampaio ao país da sua decisão de dissolução da Assembleia da República, os Passos Perdidos do Parlamento eram palco de todos os rumores. A maior discussão era sobre o que iria o Presidente dizer e se seria claro na fundamentação para o uso da chamada «bomba atómica». Para uns, era impossível que o discurso de Sampaio fosse claro pela simples razão de que entendiam que a decisão jamais poderia ter fundamento. Para outros, nem precisava de dizer nada, tão clara já estava a situação para os portugueses. Para outros ainda, fosse como fosse, o discurso nunca poderia ser claro, simplesmente por ser de... Jorge Sampaio. A não ser que, como sugeria um deputado maldoso e divertido, o Presidente falasse ao país em... inglês. Natal à inglesa

Coordenação de Isabel Lopes A quadra pede e a tradição perpetua-se, o que é o mesmo que dizer que os cartões de Natal do casal Blair e do príncipe Carlos já estão feitos. Com algumas mudanças. A descontracção é a tónica na imagem de Carlos com os filhos, Henrique e Guilherme. O branco domina, os botões dos colarinhos estão desapertados e foi o conceituado fotógrafo de moda, Mario Testino, que imortalizou o trio. Tanto podiam ser nobres de terras britânicas como actores principais de uma «soap opera», mas o resultado é melhor do que as fotos de família feliz, quando Diana era casada com Carlos e os pequenos príncipes mais pareciam anões fardados - «protocolo oblige». Com menos sangue azul, também Tony Blair e a sua Cherie posaram para a fotografia. Sem a prole, qual casal moderno, com Mrs Blair amparada ao marido (ou a segurá-lo?). Os Blair parecem querer mandar a formalidade pela janela, mas a foto ainda não é bem moda, que o «pullover» de malha do primeiro-ministro britânico não permite... JOHN SWANNELL/EPA MARIO TESTINO

Ao desbarato

A tradicional Feira do Relógio, junto à Rotunda do Aeroporto, em Lisboa, é centro de grande animação todos os domingos. E há lá de tudo. Mas uma das características mais curiosas destas autênticas manifestações sociais são os pregões que resistem ao tempo ou se renovam à medida da criatividade dos vendedores, sempre atentos aos acontecimentos mais acutilantes do momento. Por isso, foi sem surpresa que GENTE ouviu repetidamente, este domingo, o pregão da moda no Relógio: «É ao desbarato. Com o Santana é tudo ao desbarato. Comprem, comprem, fregueses, enquanto é tempo». Não perdoam, estes feirantes! Santana na noite

NUNO BOTELHO O primeiro-ministro demissionário não é homem para afogar mágoas em casa. Ou então, numa perspectiva mais pragmática, segue à risca aquela máxima do «trabalho é trabalho, conhaque é conhaque». No sábado passado - horas depois de ter anunciado ao país a demissão do Governo numa conferência de Imprensa em que considerou não haver condições para continuar, depois do puxão de orelhas que o Presidente da República lhe dera no dia anterior -, Pedro Santana Lopes foi acabar a noite no Stones, uma das suas discotecas preferidas em Lisboa. A noitada durou até às três da manhã, na companhia da amiga (e ex-namorada) Catarina Flores e do seu médico pessoal Manuel Pinto Coelho. E como Santana é uma figura assídua da noite lisboeta, ninguém estranhou. O primeiro-ministro demissionário não é homem para afogar mágoas em casa. Ou então, numa perspectiva mais pragmática, segue à risca aquela máxima do «trabalho é trabalho, conhaque é conhaque». No sábado passado - horas depois de ter anunciado ao país a demissão do Governo numa conferência de Imprensa em que considerou não haver condições para continuar, depois do puxão de orelhas que o Presidente da República lhe dera no dia anterior -, Pedro Santana Lopes foi acabar a noite no Stones, uma das suas discotecas preferidas em Lisboa. A noitada durou até às três da manhã, na companhia da amiga (e ex-namorada)e do seu médico pessoal. E como Santana é uma figura assídua da noite lisboeta, ninguém estranhou. Nobel em vídeo

MATS ANDERSSON/EPA Diz-se que a escrita é um trabalho solitário, mas Elfriede Jelinek decidiu levar esta máxima a um inusitado extremo. Vencedora do Nobel da Literatura de 2004, a escritora austríaca recusou-se a ir à Suécia receber o galardão, alegando uma fobia social que a afasta da rua e das multidões. Mas também não enviou ninguém em sua representação. Determinada a dizer de sua justiça, Elfriede exigiu discursar através de videoconferência. A dissertação, de 39 minutos, adequadamente intitulada «Fora de Jogo», foi vista na semana passada em três enormes ecrãs no lotado salão da academia sueca. A história do galardão já contava com vários ausentes como Jean-Paul Sartre, que recusou o Nobel mas quis o dinheiro. Elfriede é a primeira a recorrer às novas tecnologias... para não ir, mas estar lá. Diz-se que a escrita é um trabalho solitário, mas Elfriede Jelinek decidiu levar esta máxima a um inusitado extremo. Vencedora do Nobel da Literatura de 2004, a escritora austríaca recusou-se a ir à Suécia receber o galardão, alegando uma fobia social que a afasta da rua e das multidões. Mas também não enviou ninguém em sua representação. Determinada a dizer de sua justiça, Elfriede exigiu discursar através de videoconferência. A dissertação, de 39 minutos, adequadamente intitulada «Fora de Jogo», foi vista na semana passada em três enormes ecrãs no lotado salão da academia sueca. A história do galardão já contava com vários ausentes como Jean-Paul Sartre, que recusou o Nobel mas quis o dinheiro. Elfriede é a primeira a recorrer às novas tecnologias... para não ir, mas estar lá. Prémio Direitos Humanos

NUNO BOTELHO A história dos portadores de trissomia 21, Pablo Piñeda e Ana Maria Martins, da autoria de José Pedro Castanheira e Ana Baião (fotos), capa da Única em Maio deste ano, foi distinguida com medalha de ouro no âmbito do Prémio Direitos Humanos. Este prémio, instituído pela Assembleia da República, galardoou este ano a AMI. O presidente do Parlamento, Mota Amaral, fez a entrega. A história dos portadores de trissomia 21, Pablo Piñeda e Ana Maria Martins, da autoria de José Pedro Castanheira e Ana Baião (fotos), capa da Única em Maio deste ano, foi distinguida com medalha de ouro no âmbito do Prémio Direitos Humanos. Este prémio, instituído pela Assembleia da República, galardoou este ano a AMI. O presidente do Parlamento, Mota Amaral, fez a entrega. Lover Kerry

Mesmo no mercado literário americano, sempre ávido por novos escândalos, há uma certa ética. Só assim se explica o «flop» do livro de Lee Whitnum, a autoproclamada ex-amante do ex-candidato democrata à presidência dos EUA, John Kerry. Whitnum diz que foi amante de Kerry nos anos 90, quando ele era senador pelo Massachussets e ela estudava em Harvard, antes de ele se apaixonar pela portuguesa Teresa e pouco depois de se ter divorciado da anterior mulher. A jovem acabou por gastar 12 mil euros na edição de autor do seu livro, mas aquilo que ganhou com ele foram apenas 16 mil entradas de curiosos na sua página de Internet e outros tantos emails ofensivos. E não é que «Hedge Fund Mistress» («A amante de reserva», numa tradução livre) não relate pormenores picantes: há uma cena em que o «garanhão» Kerry se agarra à moçoila por entre pratos de comida afrodisíaca e lhe pede, em francês, que faça sexo com ele. Whitnum tornou-se a única unanimidade das últimas eleições: odiada tanto por democratas como por republicanos. Mesmo no mercado literário americano, sempre ávido por novos escândalos, há uma certa ética. Só assim se explica o «flop» do livro de, a autoproclamada ex-amante do ex-candidato democrata à presidência dos EUA,. Whitnum diz que foi amante de Kerry nos anos 90, quando ele era senador pelo Massachussets e ela estudava em Harvard, antes de ele se apaixonar pela portuguesa Teresa e pouco depois de se ter divorciado da anterior mulher. A jovem acabou por gastar 12 mil euros na edição de autor do seu livro, mas aquilo que ganhou com ele foram apenas 16 mil entradas de curiosos na sua página de Internet e outros tantos emails ofensivos. E não é que «Hedge Fund Mistress» («A amante de reserva», numa tradução livre) não relate pormenores picantes: há uma cena em que o «garanhão» Kerry se agarra à moçoila por entre pratos de comida afrodisíaca e lhe pede, em francês, que faça sexo com ele. Whitnum tornou-se a única unanimidade das últimas eleições: odiada tanto por democratas como por republicanos. As prendas do «Pai Natal» José Lello

Aí estão, actuais e mordazes, as minhas décimas sextas Prendas de Natal na GENTE do Expresso. Livros como sempre, para celebridades desta quinta florida à beira-mar plantada (parte I): Jorge Sampaio, «Pena Capital», de Mário Cesariny; Santana Lopes, «O Natal do Sinaleiro e Outras Crónicas», de José Luís Saldanha Sanchez; Paulo Portas, «Três Homens Num Bote», de Jerome K. Jerome; Morais Sarmento, «A Sala de Montagem», de Louise Wesh; Marques Mendes, «A Conspiração dos Iguais», de Ilya Ehrenburg; Marcelo Rebelo de Sousa, «A Desordem Eléctrica», de Eduardo Berti; Cavaco Silva, «Alá Não É Obrigado», de Ahmadou; Alberto João Jardim, «O Jardim Fecha às 18.30», de Jorge Listopad; Bagão Félix, «As Aventuras de Pinóquio», de Carlo Collodi e Paula Rego; Durão Barroso, «Vai e Não Voltes Tão Depressa», de Fred Vargas; Vítor Cruz, «A Sentença de César», de Steven Saylor; António Mexia, «A Estranha Estrela», de Xabier López López; Rui Rio, «Como um Rio Invisível», de António Loja; José Luís Arnaut, «Não É Artista Quem Quer», de Raul Lino; Rui Gomes da Silva, «A Testa de Ferro», de Miguel Ávila; Henrique Chaves, «O Anjo da Tempestade», de Nuno Júdice; Carlos Costa Neves, «Desconhecido Nesta Morada», de Katherine Kressman Taylor; Luís Filipe Pereira, «Gestão para Totós», de Bob Nelson e Peter Economy; Miguel Relvas, «Salve-se Quem Puder», de Beryl Bainbridge Clark; Guilherme Silva, «Só ao Bispo me Confesso», de Margarida Pedrosa; Maria do Carmo Seabra, «A Pianista», de Elfriede Jelinek; José Cesário, «Uma Coisa em Forma de Assim», de Alexandre O’Neill; Álvaro Barreto, «Nunca Mais é Sábado», de Nelson Saúte; Mota Amaral, «As Cortes do Caos», de Roger Zelazni; Luís Filipe Menezes, «O Afinador de Pianos», de Daniel Mason; Pacheco Pereira, «A Última Jihad», de Joel C. Rosemberg; Marco António, «O Motorista de Autocarro Que Queria Ser Deus», de Etgar Keret. GRAVIDEZ

Da infanta Cristina de Espanha. O quarto filho dos duques de Palma de Maiorca e sexto neto dos Reis de Espanha, nono na linha da sucessão, nasce no princípio do Verão, de acordo com a Casa Real espanhola. Cristina e Iñaki anseiam agora por uma menina, já que os outros três são rapazes. VANDALIZADO

O presépio de cera exposto no Museu Madame Tussaud, em Londres, onde São José e a Virgem Maria são representados pelo futebolista David Beckham e pela sua mulher, Victoria. Alvo de críticas ferozes por parte da Igreja Católica, o presépio foi danificado por um homem de 20 anos e a sua exibição foi interrompida. REGRESSO

À vida pública da princesa Masako do Japão, depois de uma depressão causada pelo facto de não conseguir ter filhos varões. Com a perspectiva da mudança da lei da sucessão, segundo a qual as mulheres poderão chegar a reinar no Japão, a sua filha Aiko já tem esperança de ascender ao trono. MORTE

De Darrell Abbott, guitarrista de «heavy metal», alvejado por Nathan Gale, um presumível fã enlouquecido, durante um concerto em Ohio (EUA). Aparentemente, Gale abateu Darrell, sob o pretexto de o ex-guitarrista dos Pantera ter sido o responsável pela separação desta banda «heavy» de culto. ANÚNCIO

De que o cantor americano James Brown, 71 anos, padece de cancro na próstata. O conhecido padrinho da «soul» - em fase de convalescença da operação a que foi submetido - espera ainda dedicar-se à promoção do seu livro autobiográfico, à venda em Janeiro nos EUA.

Edição 1677

18.12.2004 1º Caderno Economia

& Internacional Única Actual Opinião Edições Anteriores Pesquisa Na noite

Sapo Sound Bits Antes de tempo

Esquerda perigosa Quiosque

Protector de animais Sampaio britânico Sampaio britânico Natal à inglesa Natal à inglesa Ao desbarato Ao desbarato Santana na noite Santana na noite Nobel em vídeo Nobel em vídeo Prémio Direitos Humanos Prémio Direitos Humanos Lover Kerry Lover Kerry As prendas do «Pai Natal» José Lello As prendas do «Pai Natal» José Lello GRAVIDEZ GRAVIDEZ VANDALIZADO VANDALIZADO REGRESSO REGRESSO MORTE MORTE ANÚNCIO ANÚNCIO

Sampaio britânico

RUI OCHÔA Nas vésperas da comunicação do Presidente Jorge Sampaio ao país da sua decisão de dissolução da Assembleia da República, os Passos Perdidos do Parlamento eram palco de todos os rumores. A maior discussão era sobre o que iria o Presidente dizer e se seria claro na fundamentação para o uso da chamada «bomba atómica». Para uns, era impossível que o discurso de Sampaio fosse claro pela simples razão de que entendiam que a decisão jamais poderia ter fundamento. Para outros, nem precisava de dizer nada, tão clara já estava a situação para os portugueses. Para outros ainda, fosse como fosse, o discurso nunca poderia ser claro, simplesmente por ser de... Jorge Sampaio. A não ser que, como sugeria um deputado maldoso e divertido, o Presidente falasse ao país em... inglês. Nas vésperas da comunicação do Presidente Jorge Sampaio ao país da sua decisão de dissolução da Assembleia da República, os Passos Perdidos do Parlamento eram palco de todos os rumores. A maior discussão era sobre o que iria o Presidente dizer e se seria claro na fundamentação para o uso da chamada «bomba atómica». Para uns, era impossível que o discurso de Sampaio fosse claro pela simples razão de que entendiam que a decisão jamais poderia ter fundamento. Para outros, nem precisava de dizer nada, tão clara já estava a situação para os portugueses. Para outros ainda, fosse como fosse, o discurso nunca poderia ser claro, simplesmente por ser de... Jorge Sampaio. A não ser que, como sugeria um deputado maldoso e divertido, o Presidente falasse ao país em... inglês. Natal à inglesa

Coordenação de Isabel Lopes A quadra pede e a tradição perpetua-se, o que é o mesmo que dizer que os cartões de Natal do casal Blair e do príncipe Carlos já estão feitos. Com algumas mudanças. A descontracção é a tónica na imagem de Carlos com os filhos, Henrique e Guilherme. O branco domina, os botões dos colarinhos estão desapertados e foi o conceituado fotógrafo de moda, Mario Testino, que imortalizou o trio. Tanto podiam ser nobres de terras britânicas como actores principais de uma «soap opera», mas o resultado é melhor do que as fotos de família feliz, quando Diana era casada com Carlos e os pequenos príncipes mais pareciam anões fardados - «protocolo oblige». Com menos sangue azul, também Tony Blair e a sua Cherie posaram para a fotografia. Sem a prole, qual casal moderno, com Mrs Blair amparada ao marido (ou a segurá-lo?). Os Blair parecem querer mandar a formalidade pela janela, mas a foto ainda não é bem moda, que o «pullover» de malha do primeiro-ministro britânico não permite... JOHN SWANNELL/EPA MARIO TESTINO

Ao desbarato

A tradicional Feira do Relógio, junto à Rotunda do Aeroporto, em Lisboa, é centro de grande animação todos os domingos. E há lá de tudo. Mas uma das características mais curiosas destas autênticas manifestações sociais são os pregões que resistem ao tempo ou se renovam à medida da criatividade dos vendedores, sempre atentos aos acontecimentos mais acutilantes do momento. Por isso, foi sem surpresa que GENTE ouviu repetidamente, este domingo, o pregão da moda no Relógio: «É ao desbarato. Com o Santana é tudo ao desbarato. Comprem, comprem, fregueses, enquanto é tempo». Não perdoam, estes feirantes! Santana na noite

NUNO BOTELHO O primeiro-ministro demissionário não é homem para afogar mágoas em casa. Ou então, numa perspectiva mais pragmática, segue à risca aquela máxima do «trabalho é trabalho, conhaque é conhaque». No sábado passado - horas depois de ter anunciado ao país a demissão do Governo numa conferência de Imprensa em que considerou não haver condições para continuar, depois do puxão de orelhas que o Presidente da República lhe dera no dia anterior -, Pedro Santana Lopes foi acabar a noite no Stones, uma das suas discotecas preferidas em Lisboa. A noitada durou até às três da manhã, na companhia da amiga (e ex-namorada) Catarina Flores e do seu médico pessoal Manuel Pinto Coelho. E como Santana é uma figura assídua da noite lisboeta, ninguém estranhou. O primeiro-ministro demissionário não é homem para afogar mágoas em casa. Ou então, numa perspectiva mais pragmática, segue à risca aquela máxima do «trabalho é trabalho, conhaque é conhaque». No sábado passado - horas depois de ter anunciado ao país a demissão do Governo numa conferência de Imprensa em que considerou não haver condições para continuar, depois do puxão de orelhas que o Presidente da República lhe dera no dia anterior -, Pedro Santana Lopes foi acabar a noite no Stones, uma das suas discotecas preferidas em Lisboa. A noitada durou até às três da manhã, na companhia da amiga (e ex-namorada)e do seu médico pessoal. E como Santana é uma figura assídua da noite lisboeta, ninguém estranhou. Nobel em vídeo

MATS ANDERSSON/EPA Diz-se que a escrita é um trabalho solitário, mas Elfriede Jelinek decidiu levar esta máxima a um inusitado extremo. Vencedora do Nobel da Literatura de 2004, a escritora austríaca recusou-se a ir à Suécia receber o galardão, alegando uma fobia social que a afasta da rua e das multidões. Mas também não enviou ninguém em sua representação. Determinada a dizer de sua justiça, Elfriede exigiu discursar através de videoconferência. A dissertação, de 39 minutos, adequadamente intitulada «Fora de Jogo», foi vista na semana passada em três enormes ecrãs no lotado salão da academia sueca. A história do galardão já contava com vários ausentes como Jean-Paul Sartre, que recusou o Nobel mas quis o dinheiro. Elfriede é a primeira a recorrer às novas tecnologias... para não ir, mas estar lá. Diz-se que a escrita é um trabalho solitário, mas Elfriede Jelinek decidiu levar esta máxima a um inusitado extremo. Vencedora do Nobel da Literatura de 2004, a escritora austríaca recusou-se a ir à Suécia receber o galardão, alegando uma fobia social que a afasta da rua e das multidões. Mas também não enviou ninguém em sua representação. Determinada a dizer de sua justiça, Elfriede exigiu discursar através de videoconferência. A dissertação, de 39 minutos, adequadamente intitulada «Fora de Jogo», foi vista na semana passada em três enormes ecrãs no lotado salão da academia sueca. A história do galardão já contava com vários ausentes como Jean-Paul Sartre, que recusou o Nobel mas quis o dinheiro. Elfriede é a primeira a recorrer às novas tecnologias... para não ir, mas estar lá. Prémio Direitos Humanos

NUNO BOTELHO A história dos portadores de trissomia 21, Pablo Piñeda e Ana Maria Martins, da autoria de José Pedro Castanheira e Ana Baião (fotos), capa da Única em Maio deste ano, foi distinguida com medalha de ouro no âmbito do Prémio Direitos Humanos. Este prémio, instituído pela Assembleia da República, galardoou este ano a AMI. O presidente do Parlamento, Mota Amaral, fez a entrega. A história dos portadores de trissomia 21, Pablo Piñeda e Ana Maria Martins, da autoria de José Pedro Castanheira e Ana Baião (fotos), capa da Única em Maio deste ano, foi distinguida com medalha de ouro no âmbito do Prémio Direitos Humanos. Este prémio, instituído pela Assembleia da República, galardoou este ano a AMI. O presidente do Parlamento, Mota Amaral, fez a entrega. Lover Kerry

Mesmo no mercado literário americano, sempre ávido por novos escândalos, há uma certa ética. Só assim se explica o «flop» do livro de Lee Whitnum, a autoproclamada ex-amante do ex-candidato democrata à presidência dos EUA, John Kerry. Whitnum diz que foi amante de Kerry nos anos 90, quando ele era senador pelo Massachussets e ela estudava em Harvard, antes de ele se apaixonar pela portuguesa Teresa e pouco depois de se ter divorciado da anterior mulher. A jovem acabou por gastar 12 mil euros na edição de autor do seu livro, mas aquilo que ganhou com ele foram apenas 16 mil entradas de curiosos na sua página de Internet e outros tantos emails ofensivos. E não é que «Hedge Fund Mistress» («A amante de reserva», numa tradução livre) não relate pormenores picantes: há uma cena em que o «garanhão» Kerry se agarra à moçoila por entre pratos de comida afrodisíaca e lhe pede, em francês, que faça sexo com ele. Whitnum tornou-se a única unanimidade das últimas eleições: odiada tanto por democratas como por republicanos. Mesmo no mercado literário americano, sempre ávido por novos escândalos, há uma certa ética. Só assim se explica o «flop» do livro de, a autoproclamada ex-amante do ex-candidato democrata à presidência dos EUA,. Whitnum diz que foi amante de Kerry nos anos 90, quando ele era senador pelo Massachussets e ela estudava em Harvard, antes de ele se apaixonar pela portuguesa Teresa e pouco depois de se ter divorciado da anterior mulher. A jovem acabou por gastar 12 mil euros na edição de autor do seu livro, mas aquilo que ganhou com ele foram apenas 16 mil entradas de curiosos na sua página de Internet e outros tantos emails ofensivos. E não é que «Hedge Fund Mistress» («A amante de reserva», numa tradução livre) não relate pormenores picantes: há uma cena em que o «garanhão» Kerry se agarra à moçoila por entre pratos de comida afrodisíaca e lhe pede, em francês, que faça sexo com ele. Whitnum tornou-se a única unanimidade das últimas eleições: odiada tanto por democratas como por republicanos. As prendas do «Pai Natal» José Lello

Aí estão, actuais e mordazes, as minhas décimas sextas Prendas de Natal na GENTE do Expresso. Livros como sempre, para celebridades desta quinta florida à beira-mar plantada (parte I): Jorge Sampaio, «Pena Capital», de Mário Cesariny; Santana Lopes, «O Natal do Sinaleiro e Outras Crónicas», de José Luís Saldanha Sanchez; Paulo Portas, «Três Homens Num Bote», de Jerome K. Jerome; Morais Sarmento, «A Sala de Montagem», de Louise Wesh; Marques Mendes, «A Conspiração dos Iguais», de Ilya Ehrenburg; Marcelo Rebelo de Sousa, «A Desordem Eléctrica», de Eduardo Berti; Cavaco Silva, «Alá Não É Obrigado», de Ahmadou; Alberto João Jardim, «O Jardim Fecha às 18.30», de Jorge Listopad; Bagão Félix, «As Aventuras de Pinóquio», de Carlo Collodi e Paula Rego; Durão Barroso, «Vai e Não Voltes Tão Depressa», de Fred Vargas; Vítor Cruz, «A Sentença de César», de Steven Saylor; António Mexia, «A Estranha Estrela», de Xabier López López; Rui Rio, «Como um Rio Invisível», de António Loja; José Luís Arnaut, «Não É Artista Quem Quer», de Raul Lino; Rui Gomes da Silva, «A Testa de Ferro», de Miguel Ávila; Henrique Chaves, «O Anjo da Tempestade», de Nuno Júdice; Carlos Costa Neves, «Desconhecido Nesta Morada», de Katherine Kressman Taylor; Luís Filipe Pereira, «Gestão para Totós», de Bob Nelson e Peter Economy; Miguel Relvas, «Salve-se Quem Puder», de Beryl Bainbridge Clark; Guilherme Silva, «Só ao Bispo me Confesso», de Margarida Pedrosa; Maria do Carmo Seabra, «A Pianista», de Elfriede Jelinek; José Cesário, «Uma Coisa em Forma de Assim», de Alexandre O’Neill; Álvaro Barreto, «Nunca Mais é Sábado», de Nelson Saúte; Mota Amaral, «As Cortes do Caos», de Roger Zelazni; Luís Filipe Menezes, «O Afinador de Pianos», de Daniel Mason; Pacheco Pereira, «A Última Jihad», de Joel C. Rosemberg; Marco António, «O Motorista de Autocarro Que Queria Ser Deus», de Etgar Keret. GRAVIDEZ

Da infanta Cristina de Espanha. O quarto filho dos duques de Palma de Maiorca e sexto neto dos Reis de Espanha, nono na linha da sucessão, nasce no princípio do Verão, de acordo com a Casa Real espanhola. Cristina e Iñaki anseiam agora por uma menina, já que os outros três são rapazes. VANDALIZADO

O presépio de cera exposto no Museu Madame Tussaud, em Londres, onde São José e a Virgem Maria são representados pelo futebolista David Beckham e pela sua mulher, Victoria. Alvo de críticas ferozes por parte da Igreja Católica, o presépio foi danificado por um homem de 20 anos e a sua exibição foi interrompida. REGRESSO

À vida pública da princesa Masako do Japão, depois de uma depressão causada pelo facto de não conseguir ter filhos varões. Com a perspectiva da mudança da lei da sucessão, segundo a qual as mulheres poderão chegar a reinar no Japão, a sua filha Aiko já tem esperança de ascender ao trono. MORTE

De Darrell Abbott, guitarrista de «heavy metal», alvejado por Nathan Gale, um presumível fã enlouquecido, durante um concerto em Ohio (EUA). Aparentemente, Gale abateu Darrell, sob o pretexto de o ex-guitarrista dos Pantera ter sido o responsável pela separação desta banda «heavy» de culto. ANÚNCIO

De que o cantor americano James Brown, 71 anos, padece de cancro na próstata. O conhecido padrinho da «soul» - em fase de convalescença da operação a que foi submetido - espera ainda dedicar-se à promoção do seu livro autobiográfico, à venda em Janeiro nos EUA.

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