Intervenção Precoce: Serviço de Intervenção Precoce de Montemor-o-Novo

08-10-2009
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Intervenção Precoce de Montemor-o-NovoMontemor-o-Novo é um concelho rural, do Distrito de Évora (um dos mais extensos do País) , com 18.578 habitantes, 10 freguesias, com elevado indice de envelhecimento e com povoamento disperso (montes isolados). Fica a 100km de Lisboa e a 100km de Badajoz.O Serviço de Intervenção Precoce de Montemor-o-Novo, nasceu em 1993, de um Acordo estabelecido entre a Equipa de Educação Especial de Montemor-o-Novo, a CERCIMOR, e o Centro Regional de Segurança Social – Sub – Região de Évora (acordo atípico), tendo como exemplo e apoio o PIIP de Coimbra.Em 1996, o Acordo já estabelecido foi alargado à Sub-Região de Saúde de Évora e à Câmara Municipal de Montemor-o-Novo, embora informalmente já haver articulação entre estas entidades.Em 1999 aprovam-se as orientações reguladoras do apoio integrado a crianças com deficiência ou em risco de atraso grave de desenvolvimento e suas famílias através do Despacho Conjunto 891/99, de 19 de Outubro, assinado pelos ministros da Educação, Guilherme de Oliveira Martins; pela Ministra da Saúde, Maria Belém Roseira Martins Coelho Henriques de Pina e pelo Ministro do Trabalho e da Solidariedade, Rui António Ferreira da Cunha. Definição de Intervenção Precoce?Conforme o que vem estabelecido no despacho Conjunto n.º 891/99, a Intervenção Precoce é uma medida de apoio integrado, centrado na criança e na família que preconiza determinadas acções de natureza preventiva e habilitativa, designadamente no âmbito da educação, da saúde e da acção social, atendendo a:· assegurar as condições facilitadoras do desenvolvimento da criança com deficiência ou em risco de atraso grave de desenvolvimento;· potenciar as interacções familiares; reforçar as competências familiares, capacitando-as face à problemática da criança.O serviço de IP de Montemor-o-Novo congratulou-se com esta legislação, na medida em que era consentânea com os conceitos teoricos e filosóficos defendidos pelas organizações científicas nacionais e internacionais, da área da IP e adoptados por este serviço, já havia algum tempo.Área de abrangênciaDois concelhos: Montemor-o-Novo e Vendas Novas.Equipa técnica O Grupo de Técnicos (Médicos, Enfermeiras, Técnica Superior de Serviço Social, Psicólogas, Socióloga, Educadoras, Terapeutas Ocupacionais e da Fala, Fisioterapeuta, Auxiliar do ensino especial) que se deslocam ao domicílio, às creches e aos jardins-de-infância da rede pública e particulares, respeitando as necessidades, interesses e rotinas da família e das suas crianças.Intervir nos contextos naturais das criançasNo Alentejo, algumas famílias com crianças pequenas vivem em "montes" isolados,sem possibilidade de acesso às creches e Jardins de Infância. Algumas destas crianças, que se apresentam em risco ambiental, dado o isolamento geográfico e os baixos recursos económicos dos pais onde, por vezes, o transporte da família é uma bicicleta a motor, são acompanhados por técnicos da IP que, percorrendo quilómetros, fazem o atendimento nos seus contextos de vida . Este é o caminho que nos leva até uma família, com três crianças: uma de 6 anos que frequenta a escola, outra de 4, com atraso na linguagem e outra de 2 anos, com atraso psicomotor.A visita a esta família só pode ser feita de jipe,nesta altura do ano.De inverno, nem mesmo neste transporte se consegue lá chegar!A sinalização destas crianças/ famílias é feita pelos serviços da comunidade: Saúde, Educação, Serviço local da Segurança Social, Bombeiros, GNR, pessoas da comunidade e, por último, mas como dado de grande importância para a Equipa, a própria família. Como é feito o atendimento? Após a sinalização são dadas as informações disponiveis sobre a família e sobre a criança, na reunião de Equipa. ATécnica de serviço social faz o primeiro contacto, normalmente pelo telefone; programa-se a primeira visita no domicilio , de acordo com a disponibilidade da família.Esta visita é feita pela Equipa de Primeiro Contacto constituida por dois técnicos: técnica de serviço social e coordenadora ou outro; faz-se apresentação geral do serviço: sede, constituição da Equipa Técnica, modelo de funcionamento, parcerias). Também para maior informação, deixa-se o Panfleto do serviço. Neste primeiro contacto, confirmam-se os dados da ficha de sinalização e faz-se o levantamento das preocupações da família em relação à sua criança.Neste primeiro contacto duas situações podem surgir: a família fica contente, colaborativa porque finalmente alguém os vem ajudar a entender a problemática da criança ou, nega a ajuda dizendo " O meu filho não tem problemas! Eu também fui assim".É nesta ultima que a Equipa sente mais dificuldades na sua tarefa.Todos sabemos que a mudança é dificil e, como profissionais, temos que perceber porque é que as famílias não mudam e qual o estadio em que encontram:Não podem mudar ou não querem! Não sabem o que mudar ! Não sabem como mudar! A chave da mudança: O RELACIONAMENTO


Intervenção Precoce de Montemor-o-NovoMontemor-o-Novo é um concelho rural, do Distrito de Évora (um dos mais extensos do País) , com 18.578 habitantes, 10 freguesias, com elevado indice de envelhecimento e com povoamento disperso (montes isolados). Fica a 100km de Lisboa e a 100km de Badajoz.O Serviço de Intervenção Precoce de Montemor-o-Novo, nasceu em 1993, de um Acordo estabelecido entre a Equipa de Educação Especial de Montemor-o-Novo, a CERCIMOR, e o Centro Regional de Segurança Social – Sub – Região de Évora (acordo atípico), tendo como exemplo e apoio o PIIP de Coimbra.Em 1996, o Acordo já estabelecido foi alargado à Sub-Região de Saúde de Évora e à Câmara Municipal de Montemor-o-Novo, embora informalmente já haver articulação entre estas entidades.Em 1999 aprovam-se as orientações reguladoras do apoio integrado a crianças com deficiência ou em risco de atraso grave de desenvolvimento e suas famílias através do Despacho Conjunto 891/99, de 19 de Outubro, assinado pelos ministros da Educação, Guilherme de Oliveira Martins; pela Ministra da Saúde, Maria Belém Roseira Martins Coelho Henriques de Pina e pelo Ministro do Trabalho e da Solidariedade, Rui António Ferreira da Cunha. Definição de Intervenção Precoce?Conforme o que vem estabelecido no despacho Conjunto n.º 891/99, a Intervenção Precoce é uma medida de apoio integrado, centrado na criança e na família que preconiza determinadas acções de natureza preventiva e habilitativa, designadamente no âmbito da educação, da saúde e da acção social, atendendo a:· assegurar as condições facilitadoras do desenvolvimento da criança com deficiência ou em risco de atraso grave de desenvolvimento;· potenciar as interacções familiares; reforçar as competências familiares, capacitando-as face à problemática da criança.O serviço de IP de Montemor-o-Novo congratulou-se com esta legislação, na medida em que era consentânea com os conceitos teoricos e filosóficos defendidos pelas organizações científicas nacionais e internacionais, da área da IP e adoptados por este serviço, já havia algum tempo.Área de abrangênciaDois concelhos: Montemor-o-Novo e Vendas Novas.Equipa técnica O Grupo de Técnicos (Médicos, Enfermeiras, Técnica Superior de Serviço Social, Psicólogas, Socióloga, Educadoras, Terapeutas Ocupacionais e da Fala, Fisioterapeuta, Auxiliar do ensino especial) que se deslocam ao domicílio, às creches e aos jardins-de-infância da rede pública e particulares, respeitando as necessidades, interesses e rotinas da família e das suas crianças.Intervir nos contextos naturais das criançasNo Alentejo, algumas famílias com crianças pequenas vivem em "montes" isolados,sem possibilidade de acesso às creches e Jardins de Infância. Algumas destas crianças, que se apresentam em risco ambiental, dado o isolamento geográfico e os baixos recursos económicos dos pais onde, por vezes, o transporte da família é uma bicicleta a motor, são acompanhados por técnicos da IP que, percorrendo quilómetros, fazem o atendimento nos seus contextos de vida . Este é o caminho que nos leva até uma família, com três crianças: uma de 6 anos que frequenta a escola, outra de 4, com atraso na linguagem e outra de 2 anos, com atraso psicomotor.A visita a esta família só pode ser feita de jipe,nesta altura do ano.De inverno, nem mesmo neste transporte se consegue lá chegar!A sinalização destas crianças/ famílias é feita pelos serviços da comunidade: Saúde, Educação, Serviço local da Segurança Social, Bombeiros, GNR, pessoas da comunidade e, por último, mas como dado de grande importância para a Equipa, a própria família. Como é feito o atendimento? Após a sinalização são dadas as informações disponiveis sobre a família e sobre a criança, na reunião de Equipa. ATécnica de serviço social faz o primeiro contacto, normalmente pelo telefone; programa-se a primeira visita no domicilio , de acordo com a disponibilidade da família.Esta visita é feita pela Equipa de Primeiro Contacto constituida por dois técnicos: técnica de serviço social e coordenadora ou outro; faz-se apresentação geral do serviço: sede, constituição da Equipa Técnica, modelo de funcionamento, parcerias). Também para maior informação, deixa-se o Panfleto do serviço. Neste primeiro contacto, confirmam-se os dados da ficha de sinalização e faz-se o levantamento das preocupações da família em relação à sua criança.Neste primeiro contacto duas situações podem surgir: a família fica contente, colaborativa porque finalmente alguém os vem ajudar a entender a problemática da criança ou, nega a ajuda dizendo " O meu filho não tem problemas! Eu também fui assim".É nesta ultima que a Equipa sente mais dificuldades na sua tarefa.Todos sabemos que a mudança é dificil e, como profissionais, temos que perceber porque é que as famílias não mudam e qual o estadio em que encontram:Não podem mudar ou não querem! Não sabem o que mudar ! Não sabem como mudar! A chave da mudança: O RELACIONAMENTO

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