A ESE e Timor Lorosae

21-05-2009
marcar artigo

A batalha da língua portuguesa

Jornal de Notícias (Edição Electrónica), 2 de Fevereiro de 2000

"A grande batalha da língua não pode ser perdida. Já não tivemos o apoio suficiente de Portugal que nos permitisse ganhar a batalha da moeda (o escudo foi preterido para o dólar norte-americano durante o período de transição). Contámos apenas com o nosso apego a Portugal na defesa do escudo e não conseguimos vencer a avalancha que veio do outro lado". Ao aviso de João Carrascalão, Guilherme d'Oliveira Martins, ministro da Educação, responde com garantias de total empenhamento e determinação.

"Estou optimista e, sobretudo, bastante determinado. Aliás, o facto de acompanhar o presidente a Timor revela o meu empenhamento na batalha da educação e da língua Portuguesa", disse o ministro ao JN.

Guilherme d'Oliveira Martins reconhece, porém, as dificuldades que terão de ser enfrentadas. Desde logo a circunstância de as gerações mais novas não falarem Português. Por isso, afirma que está a ser seguida uma "estratégia muito rigorosa" que dê corpo a um "efeito multiplicador": formar educadores e professores no território, pois só assim será possível chegar a toda a população.

Nesse sentido, está já em Timor um primeiro grupo de 15 professores encarregado da reciclagem e da formação de 200 docentes do Ensino Básico em Díli e em Baucau, numa acção que se prolongará por cinco semanas.

Brevemente, partirá um outro grupo com a missão de formar professores de Português como língua estrangeira. Seguir-se-ão os ensinos Secundário e Universitário. No total, segundo o Ministério, estarão envolvidos cerca de 500 professores, além de que irá ser dado, também, apoio à evolução e estudo das bases do sistema educativo.

O ministro diz que não vai a Timor para "anunciar medidas espectaculares", mas, sim, para contactar com quem já está no terreno e, assim, verificar as dificuldades, bem como para proceder a um levantamento de tudo aquilo que tem de ser feito com carácter de urgência.

Uma das principais preocupações tem a ver com as necessidades em termos de materiais didácticos. Oliveira Martins refere que está a ser feito um levantamento rigoroso: "Não se trata de mandar apenas livros, mas de dotar os formandos com livros, gramáticas e dicionários adequados".

A batalha da língua portuguesa

Jornal de Notícias (Edição Electrónica), 2 de Fevereiro de 2000

"A grande batalha da língua não pode ser perdida. Já não tivemos o apoio suficiente de Portugal que nos permitisse ganhar a batalha da moeda (o escudo foi preterido para o dólar norte-americano durante o período de transição). Contámos apenas com o nosso apego a Portugal na defesa do escudo e não conseguimos vencer a avalancha que veio do outro lado". Ao aviso de João Carrascalão, Guilherme d'Oliveira Martins, ministro da Educação, responde com garantias de total empenhamento e determinação.

"Estou optimista e, sobretudo, bastante determinado. Aliás, o facto de acompanhar o presidente a Timor revela o meu empenhamento na batalha da educação e da língua Portuguesa", disse o ministro ao JN.

Guilherme d'Oliveira Martins reconhece, porém, as dificuldades que terão de ser enfrentadas. Desde logo a circunstância de as gerações mais novas não falarem Português. Por isso, afirma que está a ser seguida uma "estratégia muito rigorosa" que dê corpo a um "efeito multiplicador": formar educadores e professores no território, pois só assim será possível chegar a toda a população.

Nesse sentido, está já em Timor um primeiro grupo de 15 professores encarregado da reciclagem e da formação de 200 docentes do Ensino Básico em Díli e em Baucau, numa acção que se prolongará por cinco semanas.

Brevemente, partirá um outro grupo com a missão de formar professores de Português como língua estrangeira. Seguir-se-ão os ensinos Secundário e Universitário. No total, segundo o Ministério, estarão envolvidos cerca de 500 professores, além de que irá ser dado, também, apoio à evolução e estudo das bases do sistema educativo.

O ministro diz que não vai a Timor para "anunciar medidas espectaculares", mas, sim, para contactar com quem já está no terreno e, assim, verificar as dificuldades, bem como para proceder a um levantamento de tudo aquilo que tem de ser feito com carácter de urgência.

Uma das principais preocupações tem a ver com as necessidades em termos de materiais didácticos. Oliveira Martins refere que está a ser feito um levantamento rigoroso: "Não se trata de mandar apenas livros, mas de dotar os formandos com livros, gramáticas e dicionários adequados".

marcar artigo