.: Esquina . do . Mundo :.: Mário Soares

19-07-2005
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Não esqueço que Mário Soares combateu o fascismo. Tal como milhares de homens e de mulheres de Portugal o fizeram. E que continua a ser um dos grandes embaixadores do país no estrangeiro. Dou-lhe todo o mérito por isso.Mas também não esqueço que o mesmo Mário Soares foi um dos grandes responsáveis históricos pelo processo de descolonização, que nos envergonha.Também não esqueço que Mário Soares um mau primeiro ministro. E um presidente da Republica que, desprezando o carácter institucional do cargo que ocupava, causou dificuldades ao país, e aos governos com os quais conviveu, dando desmesurada prioridade às agendas partidárias.Também não esqueço que Mário Soares criou uma Fundação com contornos duvidosos e que, por um punhado de pedras, apoiou Savimbi até ao fim, mesmo sabendo que o guerrilheiro era o principal responsável pela situação dramática de milhões de angolanos.E também sei que a História não se faz no imediato.Orgulho-me de pensar pela própria cabeça, e não me deixo influênciar pela ditadura do politicamente correcto. Muitos dos "revolucionários" dos dias que correm não poderão, concerteza, dizer o mesmo.Gonçalo Nuno Santos

Não esqueço que Mário Soares combateu o fascismo. Tal como milhares de homens e de mulheres de Portugal o fizeram. E que continua a ser um dos grandes embaixadores do país no estrangeiro. Dou-lhe todo o mérito por isso.Mas também não esqueço que o mesmo Mário Soares foi um dos grandes responsáveis históricos pelo processo de descolonização, que nos envergonha.Também não esqueço que Mário Soares um mau primeiro ministro. E um presidente da Republica que, desprezando o carácter institucional do cargo que ocupava, causou dificuldades ao país, e aos governos com os quais conviveu, dando desmesurada prioridade às agendas partidárias.Também não esqueço que Mário Soares criou uma Fundação com contornos duvidosos e que, por um punhado de pedras, apoiou Savimbi até ao fim, mesmo sabendo que o guerrilheiro era o principal responsável pela situação dramática de milhões de angolanos.E também sei que a História não se faz no imediato.Orgulho-me de pensar pela própria cabeça, e não me deixo influênciar pela ditadura do politicamente correcto. Muitos dos "revolucionários" dos dias que correm não poderão, concerteza, dizer o mesmo.Gonçalo Nuno Santos

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