.: Esquina . do . Mundo :.: As virgens ofendidas

01-07-2005
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A qualidade do jogo produzido pela selecção portuguesa de futebol equivale à das suas congéneres da Letónia ou da Macedónia. Após a cabazada sofrida no jogo com a Espanha, depois da vitória tangencial sobre o Azerbeijão (país que ninguém sabe verdadeiramente onde fica, e com uma equipa de futebol que mais parece constituída por inválidos das forças armadas russas), após a Albânia ter conseguido marcar três golos e a Grécia ter cometido a proeza de empatar em terras lusas (conhecem algum grego, desde os tempos de Platão, que saiba jogar à bola?), os marmanjos que às vezes equipam de verde e vermelho protestaram, quais virgens ofendidas, pelo coro de assobios com que foram brindados um destes dias, após mais uma "jogatana" heroíca.Os protestos provam que o futebol português é um espectáculo "sui generis". É caro, tem uma qualidade mais que duvidosa e, pior, não é passível de crítica. Os infelizes que ainda vão aos estádios têm de suportar momentos verdadeiramente horripilantes e, quando se insurgem contra os mestres da bola, são apelidados de "traidores-que-não-apoiam-a-equipa-no-momento-que-ela-mais-precisa". Gonçalo Nuno Santos

A qualidade do jogo produzido pela selecção portuguesa de futebol equivale à das suas congéneres da Letónia ou da Macedónia. Após a cabazada sofrida no jogo com a Espanha, depois da vitória tangencial sobre o Azerbeijão (país que ninguém sabe verdadeiramente onde fica, e com uma equipa de futebol que mais parece constituída por inválidos das forças armadas russas), após a Albânia ter conseguido marcar três golos e a Grécia ter cometido a proeza de empatar em terras lusas (conhecem algum grego, desde os tempos de Platão, que saiba jogar à bola?), os marmanjos que às vezes equipam de verde e vermelho protestaram, quais virgens ofendidas, pelo coro de assobios com que foram brindados um destes dias, após mais uma "jogatana" heroíca.Os protestos provam que o futebol português é um espectáculo "sui generis". É caro, tem uma qualidade mais que duvidosa e, pior, não é passível de crítica. Os infelizes que ainda vão aos estádios têm de suportar momentos verdadeiramente horripilantes e, quando se insurgem contra os mestres da bola, são apelidados de "traidores-que-não-apoiam-a-equipa-no-momento-que-ela-mais-precisa". Gonçalo Nuno Santos

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