Pensericando: Restauração da Monarquia

13-10-2009
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“Um grupo auto-denominado Movimento do 31 da Armada hasteou hoje de madrugada uma bandeira da Monarquia na varanda da Câmara de Lisboa, uma iniciativa destinada a "restaurar a legitimidade monárquica"."Durante uma noite e uma manhã houve monarquia em Portugal. Não foi mau para início de conversa. Até 5 de Outubro de 2010 ainda têm muito que aturar".O "31 da Armada" sublinhou ainda que "quem retirou a bandeira azul e branca da varanda da Câmara incorre no crime de profanação de símbolo nacional". [Fonte: Expresso]

A ’legitimidade’ monárquica é, pelos vistos, coisa simples de restaurar. Juntam-se uns amigos vagamente monárquicos (maioritariamente do PP como se provará) que mantém um blog, manda-se cerzir uma bandeira à João Franco e sob “uma vigilância apertada da policia” sobe-se à varanda da CML (não deveria ser no Palácio de Belém?) e hasteia-se o estandarte enquanto se filma tudo. Agitam-se as hordas (horda é exagero, porque monárquicos são pouquinhos) no blog, mete-se o vídeo no YouTube, contacta-se a emissora das novelas (TVI) e está o espectáculo montado. Ganharam as senhoras condessas, esposas dos perigosos amotinados que por via da adrenalina e testosterona geradas nesta perigosa e épica jornada, passaram certamente uma noite tesuda de arrebatamento Real e ganhou o 31 da Armada que fez assim subir a sua audiência de circo com um genuíno espectáculo de palhaços.

Vejamos quem constitui o rol destes destemidos e façanhudos conjurados monárquicos:

Temos gente do PSD ou PP distribuída em respeitáveis consultórios de advogados, Afonso Azevedo Neves (Rui Pena, Arnaut & Associados) e que é ou foi também jurista na Câmara Municipal (pasme-se) de Sintra, Francisco Mendes da Silva (escritório de Morais Leitão, Galvão Teles) e candidato do CDS à CM (pasme-se) de Viseu, Laura Abreu Cravo (Rui Pena, Arnaut & Associados). Temos Gonçalo Capitão que foi Deputado na IX legislatura, Conselheiro Nacional da JSD e do PSD, Vice-Presidente da JSD.

Temos gente da comunicação social, Bernardo Pires de Lima (TVI24 e Renascença) um homem do CDS, temos impulsionadores do Compromisso Portugal, Jacinto Moniz de Bettencourt.

Temos fãs de MFL e Paulo Rangel, Carlos Nunes Lopes e Vasco Campilho (Apoiante de Pedro Passos Coelho ) e fãs de Nuno Melo e do Partido Popular Europeu, Diogo Belford Henriques, Eduardo Nogueira Pinto, Fernando Albino, João Moreira Pinto, João Vacas (Membro da Comissão Política do CDS-PP durante o mandato da anterior Direcção Nacional), Manuel Castelo-Branco (que no Facebook se afirma apreciador da Ponte Salazar!! e de Nuno Melo).

Temos Luís Coimbra, notório monárquico, Faz parte do Conselho Monárquico da Causa Real que apoia as pretensões de Duarte Nuno ao dito trono…

Temos Rodrigo Moita de Deus, Um dos intervenientes confessos do furto e substituição da bandeira.

Temos finalmente o inefável Luciano Amaral que, pela citação que se segue, deve ser candidato a novo Intendente Pina Manique e segue a citação: “Chamar tortura àquilo que foi praticado pela CIA em cerca de uma dúzia de suspeitos, dentro dos quais apenas uma proporção ínfima foi sujeita às técnicas mais violentas, é ofensivo para inúmeros países por esse mundo fora que praticam métodos de interrogatório infinitamente mais brutais de forma descomplexada (tortura propriamente dita, digamos). (…) Até se pode não gostar da ideia, mas daqui a defini-los como tortura será talvez uma perigosa banalização do termo.

Moral da história, ou afinal PSD e PP estão infiltrados por conjurados monárquicos, ou os monárquicos são tão poucos que tiveram de pedir reforços ao PP e PSD ou então, hipótese mais plausível, anda tudo baralhado, tudo ao molho e fé em deus, as ideias de futuro não abundam e a colagem a Duarte Nuno não passa de um sintoma de nacional-saloiice real travestida.

“Um grupo auto-denominado Movimento do 31 da Armada hasteou hoje de madrugada uma bandeira da Monarquia na varanda da Câmara de Lisboa, uma iniciativa destinada a "restaurar a legitimidade monárquica"."Durante uma noite e uma manhã houve monarquia em Portugal. Não foi mau para início de conversa. Até 5 de Outubro de 2010 ainda têm muito que aturar".O "31 da Armada" sublinhou ainda que "quem retirou a bandeira azul e branca da varanda da Câmara incorre no crime de profanação de símbolo nacional". [Fonte: Expresso]

A ’legitimidade’ monárquica é, pelos vistos, coisa simples de restaurar. Juntam-se uns amigos vagamente monárquicos (maioritariamente do PP como se provará) que mantém um blog, manda-se cerzir uma bandeira à João Franco e sob “uma vigilância apertada da policia” sobe-se à varanda da CML (não deveria ser no Palácio de Belém?) e hasteia-se o estandarte enquanto se filma tudo. Agitam-se as hordas (horda é exagero, porque monárquicos são pouquinhos) no blog, mete-se o vídeo no YouTube, contacta-se a emissora das novelas (TVI) e está o espectáculo montado. Ganharam as senhoras condessas, esposas dos perigosos amotinados que por via da adrenalina e testosterona geradas nesta perigosa e épica jornada, passaram certamente uma noite tesuda de arrebatamento Real e ganhou o 31 da Armada que fez assim subir a sua audiência de circo com um genuíno espectáculo de palhaços.

Vejamos quem constitui o rol destes destemidos e façanhudos conjurados monárquicos:

Temos gente do PSD ou PP distribuída em respeitáveis consultórios de advogados, Afonso Azevedo Neves (Rui Pena, Arnaut & Associados) e que é ou foi também jurista na Câmara Municipal (pasme-se) de Sintra, Francisco Mendes da Silva (escritório de Morais Leitão, Galvão Teles) e candidato do CDS à CM (pasme-se) de Viseu, Laura Abreu Cravo (Rui Pena, Arnaut & Associados). Temos Gonçalo Capitão que foi Deputado na IX legislatura, Conselheiro Nacional da JSD e do PSD, Vice-Presidente da JSD.

Temos gente da comunicação social, Bernardo Pires de Lima (TVI24 e Renascença) um homem do CDS, temos impulsionadores do Compromisso Portugal, Jacinto Moniz de Bettencourt.

Temos fãs de MFL e Paulo Rangel, Carlos Nunes Lopes e Vasco Campilho (Apoiante de Pedro Passos Coelho ) e fãs de Nuno Melo e do Partido Popular Europeu, Diogo Belford Henriques, Eduardo Nogueira Pinto, Fernando Albino, João Moreira Pinto, João Vacas (Membro da Comissão Política do CDS-PP durante o mandato da anterior Direcção Nacional), Manuel Castelo-Branco (que no Facebook se afirma apreciador da Ponte Salazar!! e de Nuno Melo).

Temos Luís Coimbra, notório monárquico, Faz parte do Conselho Monárquico da Causa Real que apoia as pretensões de Duarte Nuno ao dito trono…

Temos Rodrigo Moita de Deus, Um dos intervenientes confessos do furto e substituição da bandeira.

Temos finalmente o inefável Luciano Amaral que, pela citação que se segue, deve ser candidato a novo Intendente Pina Manique e segue a citação: “Chamar tortura àquilo que foi praticado pela CIA em cerca de uma dúzia de suspeitos, dentro dos quais apenas uma proporção ínfima foi sujeita às técnicas mais violentas, é ofensivo para inúmeros países por esse mundo fora que praticam métodos de interrogatório infinitamente mais brutais de forma descomplexada (tortura propriamente dita, digamos). (…) Até se pode não gostar da ideia, mas daqui a defini-los como tortura será talvez uma perigosa banalização do termo.

Moral da história, ou afinal PSD e PP estão infiltrados por conjurados monárquicos, ou os monárquicos são tão poucos que tiveram de pedir reforços ao PP e PSD ou então, hipótese mais plausível, anda tudo baralhado, tudo ao molho e fé em deus, as ideias de futuro não abundam e a colagem a Duarte Nuno não passa de um sintoma de nacional-saloiice real travestida.

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