Ciberjus: Sócrates tenta evitar greve de juízes

08-10-2009
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No Público de hoje:O Governo está a fazer todos os esforços para demover os juízes de fazerem greve nos próximos dias 26 e 27. Na passada segunda-feira, o primeiro-ministro, José Sócrates, o ministro da Justiça, Alberto Costa, e os presidentes dos vários tribunais superiores promoveram um encontro reservado com os dirigentes da Associação Sindical dos Juízes, para tentar chegar a acordo sobre os motivos que levam os magistrados judiciais a fazer greve nesses dias. O presidente do Supremo Tribunal de Justiça também tem procurado influenciar os dirigentes sindicais nesse sentido, mantendo-se a par das suas decisões. Estes contactos não produziram, no entanto, o efeito desejado pelo Governo. Os juízes mantêm a decisão de avançar com as paralisações(...)Comentário: isto é surrealista ! Quer o Primeiro Ministro quer o Ministro da Justiça têm pautado a a sua actuação por atitudes de sistemático confronto com as magistraturas, numa constante "fuga em frente", abrindo novas fontes de conflito, numa bem alicerçada campanha mediática contra os juízes e contra os profissionais de Direito em geral; pareciam empenhados em encostarem os juízes à parede, não lhes deixando outra alternativa senão aceitarem esse confronto e irem à luta, ou seja, basicamente, empurrando-os deliberadamente para a greve.Esta atitude agora de fazer reuniões à pressa para evitar a greve, a uma semana da sua realização, depois de terem agredido violentamente a magistratura durante meses a fio demonstra uma de duas coisas: ou os governantes não sabiam o que estavam a fazer quando abriram esta guerra, ou estavam convencidos que o nível de tolerância das magistraturas à arrogância e intolerância governativas era muito superior àquele que realmente existe.Em qualquer caso, parece que só muito tardiamente começam a compreender a gravidade da situação que criaram; o apelo algo patético ao "sentido da responsabilidade" dos magistrados (vide Portugal Diário) é mais um indício que aponta nesse sentido.

No Público de hoje:O Governo está a fazer todos os esforços para demover os juízes de fazerem greve nos próximos dias 26 e 27. Na passada segunda-feira, o primeiro-ministro, José Sócrates, o ministro da Justiça, Alberto Costa, e os presidentes dos vários tribunais superiores promoveram um encontro reservado com os dirigentes da Associação Sindical dos Juízes, para tentar chegar a acordo sobre os motivos que levam os magistrados judiciais a fazer greve nesses dias. O presidente do Supremo Tribunal de Justiça também tem procurado influenciar os dirigentes sindicais nesse sentido, mantendo-se a par das suas decisões. Estes contactos não produziram, no entanto, o efeito desejado pelo Governo. Os juízes mantêm a decisão de avançar com as paralisações(...)Comentário: isto é surrealista ! Quer o Primeiro Ministro quer o Ministro da Justiça têm pautado a a sua actuação por atitudes de sistemático confronto com as magistraturas, numa constante "fuga em frente", abrindo novas fontes de conflito, numa bem alicerçada campanha mediática contra os juízes e contra os profissionais de Direito em geral; pareciam empenhados em encostarem os juízes à parede, não lhes deixando outra alternativa senão aceitarem esse confronto e irem à luta, ou seja, basicamente, empurrando-os deliberadamente para a greve.Esta atitude agora de fazer reuniões à pressa para evitar a greve, a uma semana da sua realização, depois de terem agredido violentamente a magistratura durante meses a fio demonstra uma de duas coisas: ou os governantes não sabiam o que estavam a fazer quando abriram esta guerra, ou estavam convencidos que o nível de tolerância das magistraturas à arrogância e intolerância governativas era muito superior àquele que realmente existe.Em qualquer caso, parece que só muito tardiamente começam a compreender a gravidade da situação que criaram; o apelo algo patético ao "sentido da responsabilidade" dos magistrados (vide Portugal Diário) é mais um indício que aponta nesse sentido.

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