Ciberjus: Corrupção e inversão do ónus da prova

08-10-2009
marcar artigo

Jorge Sampaio afirmou ontem que "a regeneração da imagem dos partidos" exige "um tratamento adequado da questão da corrupção". Isto porque, denunciou o Presidente da República, "parte significativa dos casos que chegam aos tribunais indiciam que os dinheiros, ou pelo menos parte deles, não se terão destinado, apenas, a aproveitamento pessoal".No último discurso do 5 de Outubro do seu mandato, comemorado este ano no Palácio da Ajuda, o Presidente da República defendeu o aumento de penas para os infractores e a inversão do ónus da prova: "Quem enriquece sem se ver donde lhe vem tanta riqueza terá de passar a explicar à república "como" e "quando", isto é, a ter de fazer prova da proveniência lícita dos seus bens."O Presidente defende "a revisão criteriosa das leis anticorrupção", para "que estabeleçam com maior precisão e rigor os casos a que se aplicam e tornem mais severa a punição dos infractores" e apelou a que sejam reforçados os meios de investigação, "pois sem investigação não há provas e sem provas não há punição". Mas "a defesa da República exige mais", afirmou Sampaio, para avançar com a proposta de inversão do ónus da prova.(...)Veja aqui o resto do discurso presidencial transcrito no Público (acessível só a assinantes).Comentário: esta proposta está a suscitar a concordância de sectores ligados à investigação criminal e a discordância de outros - veja-se a propósito o veemente post discordante do blog Grande Loja do Queijo Limiano.

Jorge Sampaio afirmou ontem que "a regeneração da imagem dos partidos" exige "um tratamento adequado da questão da corrupção". Isto porque, denunciou o Presidente da República, "parte significativa dos casos que chegam aos tribunais indiciam que os dinheiros, ou pelo menos parte deles, não se terão destinado, apenas, a aproveitamento pessoal".No último discurso do 5 de Outubro do seu mandato, comemorado este ano no Palácio da Ajuda, o Presidente da República defendeu o aumento de penas para os infractores e a inversão do ónus da prova: "Quem enriquece sem se ver donde lhe vem tanta riqueza terá de passar a explicar à república "como" e "quando", isto é, a ter de fazer prova da proveniência lícita dos seus bens."O Presidente defende "a revisão criteriosa das leis anticorrupção", para "que estabeleçam com maior precisão e rigor os casos a que se aplicam e tornem mais severa a punição dos infractores" e apelou a que sejam reforçados os meios de investigação, "pois sem investigação não há provas e sem provas não há punição". Mas "a defesa da República exige mais", afirmou Sampaio, para avançar com a proposta de inversão do ónus da prova.(...)Veja aqui o resto do discurso presidencial transcrito no Público (acessível só a assinantes).Comentário: esta proposta está a suscitar a concordância de sectores ligados à investigação criminal e a discordância de outros - veja-se a propósito o veemente post discordante do blog Grande Loja do Queijo Limiano.

marcar artigo