Ciberjus: A "boa imprensa" e a propaganda

08-10-2009
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Há dias em que o Diário de Notícias parece o Diário da República e os respectivos jornalistas parecem assessores dos senhores Ministros. Veja-se o Diário de Notícias de ontem:(...)Os juízes vão começar a responder pelas suas decisões quando estiverem em causa erros grosseiros ou atrasos injustificáveis. Irão responder da forma que mais custa com dinheiro. Como o DN ontem noticiou, o Governo pretende que o Estado alargue as indemnizações às vítimas de erros judiciais e que os juízes, em casos graves, sejam chamados a comparticipar essa despesa.Boa parte disto será retórica, mas significa um sinal. Um sinal de que é intolerável mandar prender preventivamente alguém sem razões e fundamentos técnicos adequados, como sucedeu, escandalosamente, no processo Casa Pia não se percebe, ainda hoje, se aqueles cavalheiros são culpados ou inocentes, mas que estavam mal presos foi uma evidência (técnica) desde a primeira hora.(...)Alberto Costa, o ministro da Justiça, continua a sua luta para conferir confiança e respeitabilidade ao sistemal judicial. Em relação ao Ministério Público, quer equilibrar a autonomia de que esta magistratura goza (e bem) com princípios rigorosos de hierarquia e de responsabilidade. No que diz respeito aos juízes, quer pôr um ponto final na total irresponsabilidade destes pelas suas sentenças.(...)Chama-se a isto uma “boa imprensa”. Frequentemente nem sequer “imprensa” é: não passa de pura propaganda.

Há dias em que o Diário de Notícias parece o Diário da República e os respectivos jornalistas parecem assessores dos senhores Ministros. Veja-se o Diário de Notícias de ontem:(...)Os juízes vão começar a responder pelas suas decisões quando estiverem em causa erros grosseiros ou atrasos injustificáveis. Irão responder da forma que mais custa com dinheiro. Como o DN ontem noticiou, o Governo pretende que o Estado alargue as indemnizações às vítimas de erros judiciais e que os juízes, em casos graves, sejam chamados a comparticipar essa despesa.Boa parte disto será retórica, mas significa um sinal. Um sinal de que é intolerável mandar prender preventivamente alguém sem razões e fundamentos técnicos adequados, como sucedeu, escandalosamente, no processo Casa Pia não se percebe, ainda hoje, se aqueles cavalheiros são culpados ou inocentes, mas que estavam mal presos foi uma evidência (técnica) desde a primeira hora.(...)Alberto Costa, o ministro da Justiça, continua a sua luta para conferir confiança e respeitabilidade ao sistemal judicial. Em relação ao Ministério Público, quer equilibrar a autonomia de que esta magistratura goza (e bem) com princípios rigorosos de hierarquia e de responsabilidade. No que diz respeito aos juízes, quer pôr um ponto final na total irresponsabilidade destes pelas suas sentenças.(...)Chama-se a isto uma “boa imprensa”. Frequentemente nem sequer “imprensa” é: não passa de pura propaganda.

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