agre&doce: Polónia III

06-10-2009
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Desconfio que é impossível percorrer as ruas de Varsóvia e de Cracóvia sem que o nosso olhar se ofusque com o brilho das peças de âmbar. Montra sim, montra sim, há joalherias repletas de peças maravilhosas em tons amarelo, laranja, castanho e verde. No centro de Cracóvia, junto ao Mercado dos Tecidos e também no rés-de-chão deste bonito edifício, há inúmeras barraquinhas a vender âmbar em todas as formas e feitios e a preços mais convidativos que as vizinhas lojas. O âmbar do báltico é o produto estrela da Polónia e está presente na cultura e na arte daquele país desde a pré-história. As regiões banhadas pelo mar báltico são férteis em âmbar, que ao contrário do que a maioria de nós crê, não é uma pedra ou um mineral mas antes uma resina fóssil (observem as gotas da foto), cujo brilho ou opacidade depende da maior ou menor quantidade de resíduos que ao longo dos tempos se misturaram com a resina. Estima-se que no século XVIII o âmbar custava 12 vezes mais do que o ouro. Hoje não será bem assim - encontram-se peças relativamente baratas quando comparadas com os preços da comum bijuteria - mas um colar bonito e de tamanho considerável pode custar um balúrdiozinho. Escusado será dizer que os souvenirs que de lá trouxe foram precisamente peças com âmbar. E ainda tive a felicidade de ser presenteada com um majestoso anel de âmbar verde, recheadinho de impurezas, que é como quem diz, daqueles ofuscantes. Adenda: sobre esta resina descobri que foi usada para decorar uma fabulosa sala do palácio de Verão dos czares russos, nos arredores de São Petersburgo, sala que terá sido considerada a 8.ª maravilha do Mundo. Sucede que quando a Alemanha nazi invadiu a Rússia, deu-se então o misterioso desaparecimento dos painéis de âmbar. Depois da guerra, e apesar das tentativas em descobrir o seu paradeiro, determinou-se a reconstituição daquela sala com base em fotos antigas, 6 toneladas de âmbar e 8 milhões de dólares (!!), tendo a mesma sido inaugurada no ano de 2003. (ler mais sobre o assunto, aqui)*foto d'aqui


Desconfio que é impossível percorrer as ruas de Varsóvia e de Cracóvia sem que o nosso olhar se ofusque com o brilho das peças de âmbar. Montra sim, montra sim, há joalherias repletas de peças maravilhosas em tons amarelo, laranja, castanho e verde. No centro de Cracóvia, junto ao Mercado dos Tecidos e também no rés-de-chão deste bonito edifício, há inúmeras barraquinhas a vender âmbar em todas as formas e feitios e a preços mais convidativos que as vizinhas lojas. O âmbar do báltico é o produto estrela da Polónia e está presente na cultura e na arte daquele país desde a pré-história. As regiões banhadas pelo mar báltico são férteis em âmbar, que ao contrário do que a maioria de nós crê, não é uma pedra ou um mineral mas antes uma resina fóssil (observem as gotas da foto), cujo brilho ou opacidade depende da maior ou menor quantidade de resíduos que ao longo dos tempos se misturaram com a resina. Estima-se que no século XVIII o âmbar custava 12 vezes mais do que o ouro. Hoje não será bem assim - encontram-se peças relativamente baratas quando comparadas com os preços da comum bijuteria - mas um colar bonito e de tamanho considerável pode custar um balúrdiozinho. Escusado será dizer que os souvenirs que de lá trouxe foram precisamente peças com âmbar. E ainda tive a felicidade de ser presenteada com um majestoso anel de âmbar verde, recheadinho de impurezas, que é como quem diz, daqueles ofuscantes. Adenda: sobre esta resina descobri que foi usada para decorar uma fabulosa sala do palácio de Verão dos czares russos, nos arredores de São Petersburgo, sala que terá sido considerada a 8.ª maravilha do Mundo. Sucede que quando a Alemanha nazi invadiu a Rússia, deu-se então o misterioso desaparecimento dos painéis de âmbar. Depois da guerra, e apesar das tentativas em descobrir o seu paradeiro, determinou-se a reconstituição daquela sala com base em fotos antigas, 6 toneladas de âmbar e 8 milhões de dólares (!!), tendo a mesma sido inaugurada no ano de 2003. (ler mais sobre o assunto, aqui)*foto d'aqui

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