23.1.04
[223] O PSD E O ABORTO
A questão do aborto, por culpa própria, continua a ameaçar criar problemas sérios a Durão Barroso. O mais recente episódio do crescente mal-estar interno foi originado pela presença do deputado social-democrata António Pinheiro Torres – assumidamente desfavorável à descriminalização do aborto – falando, aparentemente em nome do PSD, num programa de debate televisivo: Natália Carrascalão, Victor Reis, Jorge Nuno de Sá, Campos Ferreira e Gonçalo Capitão manifestaram de imediato o seu desagrado.
A questão do aborto está a causar problemas sobretudo pela imposição de disciplina de voto. Anteriormente, os deputados Campos Ferreira, Manuela Aguiar e Arménio Santos haviam assumido a sua divergência com a direcção da bancada parlamentar por essa razão.
Mais recentemente, António Montalvão Machado, vice-presidente da bancada parlamentar social-democrata e coordenador do grupo parlamentar do PSD na Comissão de Assuntos Constitucionais assumiu também publicamente a sua divergência relativamente ‘a imposição de disciplina de voto.
O tema, por si só, até nem deveria causar tanta polémica no interior da bancada parlamentar social-democrata, se se recordar que o referendo sobre o aborto em 1998 foi conseguido em parte graças ao PSD.
Mais do que a questão do aborto, por diversas razões é a imposição de disciplina de voto que causa mal-estar. Independentemente da forma como terminar esta polémica – e muito embora o principal responsável por este episódio seja Durão Barroso – a verdade é que o líder da bancada parlamentar social-democrata, Guilherme Silva, deixou de ter condições para continuar no cargo.
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23.1.04
[223] O PSD E O ABORTO
A questão do aborto, por culpa própria, continua a ameaçar criar problemas sérios a Durão Barroso. O mais recente episódio do crescente mal-estar interno foi originado pela presença do deputado social-democrata António Pinheiro Torres – assumidamente desfavorável à descriminalização do aborto – falando, aparentemente em nome do PSD, num programa de debate televisivo: Natália Carrascalão, Victor Reis, Jorge Nuno de Sá, Campos Ferreira e Gonçalo Capitão manifestaram de imediato o seu desagrado.
A questão do aborto está a causar problemas sobretudo pela imposição de disciplina de voto. Anteriormente, os deputados Campos Ferreira, Manuela Aguiar e Arménio Santos haviam assumido a sua divergência com a direcção da bancada parlamentar por essa razão.
Mais recentemente, António Montalvão Machado, vice-presidente da bancada parlamentar social-democrata e coordenador do grupo parlamentar do PSD na Comissão de Assuntos Constitucionais assumiu também publicamente a sua divergência relativamente ‘a imposição de disciplina de voto.
O tema, por si só, até nem deveria causar tanta polémica no interior da bancada parlamentar social-democrata, se se recordar que o referendo sobre o aborto em 1998 foi conseguido em parte graças ao PSD.
Mais do que a questão do aborto, por diversas razões é a imposição de disciplina de voto que causa mal-estar. Independentemente da forma como terminar esta polémica – e muito embora o principal responsável por este episódio seja Durão Barroso – a verdade é que o líder da bancada parlamentar social-democrata, Guilherme Silva, deixou de ter condições para continuar no cargo.