A deslocalização segue dentro de momentos

02-03-2008
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Edição 1663

11.09.2004 1º Caderno Economia

& Internacional Única Actual Opinião Edições Anteriores Pesquisa Na noite

Aqua Antes de tempo

Amor pelo semelhante Quiosque

Fotos e dados para todo o lado A deslocalização segue dentro de momentos A deslocalização segue dentro de momentos «Tirada» de mau gosto «Tirada» de mau gosto O ano da «Carvalhesa» O ano da «Carvalhesa» O passeio dos «ex» O passeio dos «ex» O homem-jacto O homem-jacto Patinha por um canudo Patinha por um canudo Ginjinha comunista Ginjinha comunista A nova classe operária A nova classe operária REGRESSO REGRESSO CONFISSÃO CONFISSÃO RETIRADA RETIRADA CASAMENTO CASAMENTO ANÚNCIO ANÚNCIO

A deslocalização segue dentro de momentos

Coordenação de Pedro Andrade ANTÓNIO COTRIM/LUSA Atenção: isto não é já uma cena da «Quinta das Celebridades», o promissor e ainda por estrear programa da TVI. Trata-se, sim, de uma fotografia tirada na semana passada, por ocasião da inauguração das instalações da Secretaria de Estado da Agricultura - a tal que foi «deslocalizada» para um palacete na Golegã. Ao comando das operações pode ver-se - além do recém-contratado motorista da Secretaria de Estado e do batedor da Polícia devidamente fardado - o ministro da Agricultura, Costa Neves, e, em segundo plano, o ministro dos Assuntos Parlamentares, Rui Gomes da Silva, e o secretário de Estado da Agricultura, David Geraldes. Foi mesmo só uma questão de inaugurar a sede. Horas depois, os governantes regressaram à capital nos seus «bólides». E a deslocalização segue não se sabe bem quando, pois a Secretaria de Estado ainda não tem competências atribuídas. Atenção: isto não é já uma cena da «Quinta das Celebridades», o promissor e ainda por estrear programa da TVI. Trata-se, sim, de uma fotografia tirada na semana passada, por ocasião da inauguração das instalações da Secretaria de Estado da Agricultura - a tal que foi «deslocalizada» para um palacete na Golegã. Ao comando das operações pode ver-se - além do recém-contratado motorista da Secretaria de Estado e do batedor da Polícia devidamente fardado - o ministro da Agricultura,, e, em segundo plano, o ministro dos Assuntos Parlamentares,, e o secretário de Estado da Agricultura,. Foi mesmo só uma questão de inaugurar a sede. Horas depois, os governantes regressaram à capital nos seus «bólides». E a deslocalização segue não se sabe bem quando, pois a Secretaria de Estado ainda não tem competências atribuídas. «Tirada» de mau gosto

Se o regulamento da Assembleia da República previsse multas por «tiradas» de mau gosto, é certo que o deputado social-democrata Gonçalo Capitão estaria agora a braços com uma factura pesada. Durante a ida da ministra da Educação ao Parlamento, para esclarecer o imbróglio causado pelo concurso de colocação de professores, a oposição afiou facas e aproveitou para tecer cenários de catástrofe para o arranque do ano lectivo. Carmo Seabra só suspirou de alívio quando viu o deputado do PSD pedir a palavra e louvar a presença da ministra na Assembleia. Mas o alívio foi rápido. Logo, Capitão achou por bem lembrar que estávamos nós preocupados com a abertura das aulas quando havia exemplos bastante piores no mundo. Quais? A resposta veio de rajada: na Rússia, uma escola inaugurou o ano da pior forma, disse o deputado social-democrata; a cidade de Beslan, situada na região da Ossétia do Norte, viveu a barbárie de um ataque terrorista. Será que Gonçalo Capitão acha mesmo que isso é motivo de comparação? O ano da «Carvalhesa»

LUIZ CARVALHO O comício de encerramento da Festa do «Avante!» mostrou um Carlos Carvalhas enérgico e inspirado, com um discurso recheado de piadas ao Governo de Santana Lopes e Paulo Portas que foi recebido com palmas e sorrisos pelos comunistas presentes na Quinta da Atalaia. Ninguém estava à espera que Carvalhas aproveitasse para dizer se queria continuar como líder, e ele também não quebrou o «tabu». Porém, GENTE julga ter percebido um sinal de que a permanência do líder é desejada. É que, terminado o discurso de Carvalhas, os comunistas largaram a dançar a «Carvalhesa», melodia que no ano passado (como GENTE então assinalou) não se ouviu na Atalaia, havendo protestos pela ausência da música. E, este ano, a canção que parece inspirada pelo nome do líder pôs os comunistas aos saltos, esfuziantes de alegria. Terá sido um teste de popularidade? Se foi, Carvalhas tem motivos para sorrir. O comício de encerramento da Festa do «Avante!» mostrou umenérgico e inspirado, com um discurso recheado de piadas ao Governo deque foi recebido com palmas e sorrisos pelos comunistas presentes na Quinta da Atalaia. Ninguém estava à espera que Carvalhas aproveitasse para dizer se queria continuar como líder, e ele também não quebrou o «tabu». Porém, GENTE julga ter percebido um sinal de que a permanência do líder é desejada. É que, terminado o discurso de Carvalhas, os comunistas largaram a dançar a «Carvalhesa», melodia que no ano passado (como GENTE então assinalou) não se ouviu na Atalaia, havendo protestos pela ausência da música. E, este ano, a canção que parece inspirada pelo nome do líder pôs os comunistas aos saltos, esfuziantes de alegria. Terá sido um teste de popularidade? Se foi, Carvalhas tem motivos para sorrir. O passeio dos «ex»

JOSÉ VENTURA O que fariam juntos dois ex-ministros do PSD, Isaltino de Morais e Falcão e Cunha, na segunda-feira à tarde, na Avenida de Berna? Os dois iam tão distraídos que, sem ligar ao trânsito, atravessaram uma das ruas perpendiculares à avenida quando o sinal estava vermelho para os peões, obrigando um automobilista a fazer uma travagem brusca para não os atropelar. Falcão chegou a parar ao ouvir o som dos travões, mas Isaltino não se assustou e seguiu em frente, fumando o seu charuto, como se não fosse nada com ele. GENTE imagina que, com as dores de cabeça que Isaltino de Morais tem dado ao seu partido, de certeza que o automobilista não era da direcção do PSD. O que fariam juntos dois ex-ministros do PSD, Isaltino de Morais e Falcão e Cunha, na segunda-feira à tarde, na Avenida de Berna? Os dois iam tão distraídos que, sem ligar ao trânsito, atravessaram uma das ruas perpendiculares à avenida quando o sinal estava vermelho para os peões, obrigando um automobilista a fazer uma travagem brusca para não os atropelar. Falcão chegou a parar ao ouvir o som dos travões, mas Isaltino não se assustou e seguiu em frente, fumando o seu charuto, como se não fosse nada com ele. GENTE imagina que, com as dores de cabeça que Isaltino de Morais tem dado ao seu partido, de certeza que o automobilista não era da direcção do PSD. O homem-jacto

O suíço Yves Rossy deu asas à imaginação e tornou-se no primeiro homem a voar com recurso a apenas dois jactos acoplados às costas. Aos 45 anos, este piloto da aviação comercial - e virtuoso do «skysurfing», modalidade na qual se sagrou vice-campeão do mundo - conseguiu voar recorrendo a duas asas motorizadas que ele próprio construiu. Rossy, que se auto-intitula «homem-jacto», lançou-se de um avião a uma altitude de 4000 metros e seguiu em queda livre até aos 2500. Aí, accionou um mecanismo que lhe permitiu abrir as asas e ligar os reactores. Conseguiu voar a 180 quilómetros por hora durante cinco minutos, metade do tempo previsto inicialmente, devido a uma forte turbulência. Então, abriu o pára-quedas e teve a merecida consagração em terra. De fazer inveja a Ícaro. FOTOGRAFIAS DE PASCAL MIGNOT/AP

Patinha por um canudo

O leitor já reparou que, quando vai ao médico, ao dentista ou ao advogado, estes têm habitualmente pendurado na parede o respectivo diploma, emoldurado? É normal e obrigatório. O que é inesperado é ver membros do Governo a exibir os seus galões académicos. Mas foi o que fez Patinha Antão, o secretário de Estado adjunto do ministro da Saúde: no seu gabinete, lá está, para quem quiser ver, um diploma de professor agregado do ISEG! GENTE até compreende: com o descrédito que grassa na opinião pública sobre as qualificações dos seus governantes, este secretário de Estado quis logo marcar a diferença. E... pimba, foi mesmo de canudo. Ginjinha comunista

GENTE comprovou no passado fim-de-semana que no PCP há quem, em matéria de criatividade e irreverência, não fique nada a dever ao Bloco de Esquerda. É o caso da célula comunista da Câmara Municipal de Lisboa, a quem damos os parabéns por ter montado na Festa do «Avante!» uma barraquinha de venda de bebidas. Ali, a ginjinha - licor alfacinha de tradição popular - era o principal artigo proposto a quem passava. Para se avaliar a relevância política da iniciativa, haverá que recordar que os funcionários da CML estão obrigados a soprar no balão desde Maio, graças a um regulamento imposto por Santana Lopes. Os sindicatos bem têm protestado, com várias tomadas de posição pública contra o regulamento. Mas quantos comunicados não vale este Cantinho das Bebidas (assim se chamava o tasco), onde, entre dois dedos de conversa, a mensagem dos comunistas da CML passou, ou melhor, escorregou... que nem ginjas. GENTE comprovou no passado fim-de-semana que no PCP há quem, em matéria de criatividade e irreverência, não fique nada a dever ao Bloco de Esquerda. É o caso da célula comunista da Câmara Municipal de Lisboa, a quem damos os parabéns por ter montado na Festa do «Avante!» uma barraquinha de venda de bebidas. Ali, a ginjinha - licor alfacinha de tradição popular - era o principal artigo proposto a quem passava. Para se avaliar a relevância política da iniciativa, haverá que recordar que os funcionários da CML estão obrigados a soprar no balão desde Maio, graças a um regulamento imposto por Santana Lopes. Os sindicatos bem têm protestado, com várias tomadas de posição pública contra o regulamento. Mas quantos comunicados não vale este Cantinho das Bebidas (assim se chamava o tasco), onde, entre dois dedos de conversa, a mensagem dos comunistas da CML passou, ou melhor, escorregou... que nem ginjas. A nova classe operária

LUIZ CARVALHO As teses para o congresso comunista, a realizar em Novembro, revelam que o PCP continua a ser um partido revolucionário, apostado na «liquidação do capitalismo». Diz este documento do Comité Central que a «luta de massas» é um instrumento fundamental desse objectivo, concluindo que a sociedade portuguesa está «polarizada» entre a «classe operária», por um lado, e a «burguesia monopolista», uma «ínfima minoria exploradora». E o que é a classe operária nos dias de hoje? «É importante não restringir a caracterização da classe operária» ao conceito tradicional de trabalhadores «de produção material», considera o partido de Carlos Carvalhas. Os operários do século XXI têm assim de incluir «o proletariado dos serviços», os «assalariados intelectuais» e até algumas chefias de empresas (desde que não sejam de topo). GENTE, impressionada com a extensão do conceito, arrisca: em breve o PCP estará preparado para incluir os administradores das empresas entre as massas proletárias. E, então, «a burguesia monopolista» ficará mesmo definitivamente reduzida a uma «ínfima minoria exploradora». As teses para o congresso comunista, a realizar em Novembro, revelam que o PCP continua a ser um partido revolucionário, apostado na «liquidação do capitalismo». Diz este documento do Comité Central que a «luta de massas» é um instrumento fundamental desse objectivo, concluindo que a sociedade portuguesa está «polarizada» entre a «classe operária», por um lado, e a «burguesia monopolista», uma «ínfima minoria exploradora». E o que é a classe operária nos dias de hoje? «É importante não restringir a caracterização da classe operária» ao conceito tradicional de trabalhadores «de produção material», considera o partido de Carlos Carvalhas. Os operários do século XXI têm assim de incluir «o proletariado dos serviços», os «assalariados intelectuais» e até algumas chefias de empresas (desde que não sejam de topo). GENTE, impressionada com a extensão do conceito, arrisca: em breve o PCP estará preparado para incluir os administradores das empresas entre as massas proletárias. E, então, «a burguesia monopolista» ficará mesmo definitivamente reduzida a uma «ínfima minoria exploradora». REGRESSO

Da princesa Masako, esposa do príncipe herdeiro do Japão, Naruhito, à vida pública, após uma reclusão de vários meses. Masako, que volta agora a acompanhar o marido nas funções de representação da Coroa, retirou-se por iniciativa própria após um período de depressão, na sequência de um aborto, no ano passado. CONFISSÃO

De Michael Jackson de que subornou testemunhas que poderiam confirmar as práticas de abuso de crianças de que é acusado. Segundo a NBC-TV, o cantor, que enfrenta um processo por pedofilia, terá pago dois milhões de dólares ao filho de um empregado, em 1990, e cerca de 15 milhões a outro rapaz para impedir nova denúncia, em 1993. RETIRADA

De Victoria Beckham do topo da lista das «mais elegantes» da Grã-Bretanha, elaborada pela revista «Prima». O voto das leitoras transferiu a ex-Spice Girl para a lista do «mau gosto», ao lado de figuras como a primeira-dama, Cherie Blair ou as cantoras Madonna, Britney Spears e Christina Aguilera. A nova «mais elegante» é a actriz Catherine Zeta-Jones. CASAMENTO

De John Elkann, herdeiro do império Agnelli e vice-presidente da Fiat, com a aristocrata Lavinia Borromeo, filha do conde Carlo Borromeo. A «boda do ano», em Itália, realizou-se no passado sábado numa ilha da família da noiva situada no lago Maggiore. ANÚNCIO

Feito pela cantora Cher de que vai realizar a última digressão, após 40 anos de carreira artística. O seu último concerto será na Austrália.

Edição 1663

11.09.2004 1º Caderno Economia

& Internacional Única Actual Opinião Edições Anteriores Pesquisa Na noite

Aqua Antes de tempo

Amor pelo semelhante Quiosque

Fotos e dados para todo o lado A deslocalização segue dentro de momentos A deslocalização segue dentro de momentos «Tirada» de mau gosto «Tirada» de mau gosto O ano da «Carvalhesa» O ano da «Carvalhesa» O passeio dos «ex» O passeio dos «ex» O homem-jacto O homem-jacto Patinha por um canudo Patinha por um canudo Ginjinha comunista Ginjinha comunista A nova classe operária A nova classe operária REGRESSO REGRESSO CONFISSÃO CONFISSÃO RETIRADA RETIRADA CASAMENTO CASAMENTO ANÚNCIO ANÚNCIO

A deslocalização segue dentro de momentos

Coordenação de Pedro Andrade ANTÓNIO COTRIM/LUSA Atenção: isto não é já uma cena da «Quinta das Celebridades», o promissor e ainda por estrear programa da TVI. Trata-se, sim, de uma fotografia tirada na semana passada, por ocasião da inauguração das instalações da Secretaria de Estado da Agricultura - a tal que foi «deslocalizada» para um palacete na Golegã. Ao comando das operações pode ver-se - além do recém-contratado motorista da Secretaria de Estado e do batedor da Polícia devidamente fardado - o ministro da Agricultura, Costa Neves, e, em segundo plano, o ministro dos Assuntos Parlamentares, Rui Gomes da Silva, e o secretário de Estado da Agricultura, David Geraldes. Foi mesmo só uma questão de inaugurar a sede. Horas depois, os governantes regressaram à capital nos seus «bólides». E a deslocalização segue não se sabe bem quando, pois a Secretaria de Estado ainda não tem competências atribuídas. Atenção: isto não é já uma cena da «Quinta das Celebridades», o promissor e ainda por estrear programa da TVI. Trata-se, sim, de uma fotografia tirada na semana passada, por ocasião da inauguração das instalações da Secretaria de Estado da Agricultura - a tal que foi «deslocalizada» para um palacete na Golegã. Ao comando das operações pode ver-se - além do recém-contratado motorista da Secretaria de Estado e do batedor da Polícia devidamente fardado - o ministro da Agricultura,, e, em segundo plano, o ministro dos Assuntos Parlamentares,, e o secretário de Estado da Agricultura,. Foi mesmo só uma questão de inaugurar a sede. Horas depois, os governantes regressaram à capital nos seus «bólides». E a deslocalização segue não se sabe bem quando, pois a Secretaria de Estado ainda não tem competências atribuídas. «Tirada» de mau gosto

Se o regulamento da Assembleia da República previsse multas por «tiradas» de mau gosto, é certo que o deputado social-democrata Gonçalo Capitão estaria agora a braços com uma factura pesada. Durante a ida da ministra da Educação ao Parlamento, para esclarecer o imbróglio causado pelo concurso de colocação de professores, a oposição afiou facas e aproveitou para tecer cenários de catástrofe para o arranque do ano lectivo. Carmo Seabra só suspirou de alívio quando viu o deputado do PSD pedir a palavra e louvar a presença da ministra na Assembleia. Mas o alívio foi rápido. Logo, Capitão achou por bem lembrar que estávamos nós preocupados com a abertura das aulas quando havia exemplos bastante piores no mundo. Quais? A resposta veio de rajada: na Rússia, uma escola inaugurou o ano da pior forma, disse o deputado social-democrata; a cidade de Beslan, situada na região da Ossétia do Norte, viveu a barbárie de um ataque terrorista. Será que Gonçalo Capitão acha mesmo que isso é motivo de comparação? O ano da «Carvalhesa»

LUIZ CARVALHO O comício de encerramento da Festa do «Avante!» mostrou um Carlos Carvalhas enérgico e inspirado, com um discurso recheado de piadas ao Governo de Santana Lopes e Paulo Portas que foi recebido com palmas e sorrisos pelos comunistas presentes na Quinta da Atalaia. Ninguém estava à espera que Carvalhas aproveitasse para dizer se queria continuar como líder, e ele também não quebrou o «tabu». Porém, GENTE julga ter percebido um sinal de que a permanência do líder é desejada. É que, terminado o discurso de Carvalhas, os comunistas largaram a dançar a «Carvalhesa», melodia que no ano passado (como GENTE então assinalou) não se ouviu na Atalaia, havendo protestos pela ausência da música. E, este ano, a canção que parece inspirada pelo nome do líder pôs os comunistas aos saltos, esfuziantes de alegria. Terá sido um teste de popularidade? Se foi, Carvalhas tem motivos para sorrir. O comício de encerramento da Festa do «Avante!» mostrou umenérgico e inspirado, com um discurso recheado de piadas ao Governo deque foi recebido com palmas e sorrisos pelos comunistas presentes na Quinta da Atalaia. Ninguém estava à espera que Carvalhas aproveitasse para dizer se queria continuar como líder, e ele também não quebrou o «tabu». Porém, GENTE julga ter percebido um sinal de que a permanência do líder é desejada. É que, terminado o discurso de Carvalhas, os comunistas largaram a dançar a «Carvalhesa», melodia que no ano passado (como GENTE então assinalou) não se ouviu na Atalaia, havendo protestos pela ausência da música. E, este ano, a canção que parece inspirada pelo nome do líder pôs os comunistas aos saltos, esfuziantes de alegria. Terá sido um teste de popularidade? Se foi, Carvalhas tem motivos para sorrir. O passeio dos «ex»

JOSÉ VENTURA O que fariam juntos dois ex-ministros do PSD, Isaltino de Morais e Falcão e Cunha, na segunda-feira à tarde, na Avenida de Berna? Os dois iam tão distraídos que, sem ligar ao trânsito, atravessaram uma das ruas perpendiculares à avenida quando o sinal estava vermelho para os peões, obrigando um automobilista a fazer uma travagem brusca para não os atropelar. Falcão chegou a parar ao ouvir o som dos travões, mas Isaltino não se assustou e seguiu em frente, fumando o seu charuto, como se não fosse nada com ele. GENTE imagina que, com as dores de cabeça que Isaltino de Morais tem dado ao seu partido, de certeza que o automobilista não era da direcção do PSD. O que fariam juntos dois ex-ministros do PSD, Isaltino de Morais e Falcão e Cunha, na segunda-feira à tarde, na Avenida de Berna? Os dois iam tão distraídos que, sem ligar ao trânsito, atravessaram uma das ruas perpendiculares à avenida quando o sinal estava vermelho para os peões, obrigando um automobilista a fazer uma travagem brusca para não os atropelar. Falcão chegou a parar ao ouvir o som dos travões, mas Isaltino não se assustou e seguiu em frente, fumando o seu charuto, como se não fosse nada com ele. GENTE imagina que, com as dores de cabeça que Isaltino de Morais tem dado ao seu partido, de certeza que o automobilista não era da direcção do PSD. O homem-jacto

O suíço Yves Rossy deu asas à imaginação e tornou-se no primeiro homem a voar com recurso a apenas dois jactos acoplados às costas. Aos 45 anos, este piloto da aviação comercial - e virtuoso do «skysurfing», modalidade na qual se sagrou vice-campeão do mundo - conseguiu voar recorrendo a duas asas motorizadas que ele próprio construiu. Rossy, que se auto-intitula «homem-jacto», lançou-se de um avião a uma altitude de 4000 metros e seguiu em queda livre até aos 2500. Aí, accionou um mecanismo que lhe permitiu abrir as asas e ligar os reactores. Conseguiu voar a 180 quilómetros por hora durante cinco minutos, metade do tempo previsto inicialmente, devido a uma forte turbulência. Então, abriu o pára-quedas e teve a merecida consagração em terra. De fazer inveja a Ícaro. FOTOGRAFIAS DE PASCAL MIGNOT/AP

Patinha por um canudo

O leitor já reparou que, quando vai ao médico, ao dentista ou ao advogado, estes têm habitualmente pendurado na parede o respectivo diploma, emoldurado? É normal e obrigatório. O que é inesperado é ver membros do Governo a exibir os seus galões académicos. Mas foi o que fez Patinha Antão, o secretário de Estado adjunto do ministro da Saúde: no seu gabinete, lá está, para quem quiser ver, um diploma de professor agregado do ISEG! GENTE até compreende: com o descrédito que grassa na opinião pública sobre as qualificações dos seus governantes, este secretário de Estado quis logo marcar a diferença. E... pimba, foi mesmo de canudo. Ginjinha comunista

GENTE comprovou no passado fim-de-semana que no PCP há quem, em matéria de criatividade e irreverência, não fique nada a dever ao Bloco de Esquerda. É o caso da célula comunista da Câmara Municipal de Lisboa, a quem damos os parabéns por ter montado na Festa do «Avante!» uma barraquinha de venda de bebidas. Ali, a ginjinha - licor alfacinha de tradição popular - era o principal artigo proposto a quem passava. Para se avaliar a relevância política da iniciativa, haverá que recordar que os funcionários da CML estão obrigados a soprar no balão desde Maio, graças a um regulamento imposto por Santana Lopes. Os sindicatos bem têm protestado, com várias tomadas de posição pública contra o regulamento. Mas quantos comunicados não vale este Cantinho das Bebidas (assim se chamava o tasco), onde, entre dois dedos de conversa, a mensagem dos comunistas da CML passou, ou melhor, escorregou... que nem ginjas. GENTE comprovou no passado fim-de-semana que no PCP há quem, em matéria de criatividade e irreverência, não fique nada a dever ao Bloco de Esquerda. É o caso da célula comunista da Câmara Municipal de Lisboa, a quem damos os parabéns por ter montado na Festa do «Avante!» uma barraquinha de venda de bebidas. Ali, a ginjinha - licor alfacinha de tradição popular - era o principal artigo proposto a quem passava. Para se avaliar a relevância política da iniciativa, haverá que recordar que os funcionários da CML estão obrigados a soprar no balão desde Maio, graças a um regulamento imposto por Santana Lopes. Os sindicatos bem têm protestado, com várias tomadas de posição pública contra o regulamento. Mas quantos comunicados não vale este Cantinho das Bebidas (assim se chamava o tasco), onde, entre dois dedos de conversa, a mensagem dos comunistas da CML passou, ou melhor, escorregou... que nem ginjas. A nova classe operária

LUIZ CARVALHO As teses para o congresso comunista, a realizar em Novembro, revelam que o PCP continua a ser um partido revolucionário, apostado na «liquidação do capitalismo». Diz este documento do Comité Central que a «luta de massas» é um instrumento fundamental desse objectivo, concluindo que a sociedade portuguesa está «polarizada» entre a «classe operária», por um lado, e a «burguesia monopolista», uma «ínfima minoria exploradora». E o que é a classe operária nos dias de hoje? «É importante não restringir a caracterização da classe operária» ao conceito tradicional de trabalhadores «de produção material», considera o partido de Carlos Carvalhas. Os operários do século XXI têm assim de incluir «o proletariado dos serviços», os «assalariados intelectuais» e até algumas chefias de empresas (desde que não sejam de topo). GENTE, impressionada com a extensão do conceito, arrisca: em breve o PCP estará preparado para incluir os administradores das empresas entre as massas proletárias. E, então, «a burguesia monopolista» ficará mesmo definitivamente reduzida a uma «ínfima minoria exploradora». As teses para o congresso comunista, a realizar em Novembro, revelam que o PCP continua a ser um partido revolucionário, apostado na «liquidação do capitalismo». Diz este documento do Comité Central que a «luta de massas» é um instrumento fundamental desse objectivo, concluindo que a sociedade portuguesa está «polarizada» entre a «classe operária», por um lado, e a «burguesia monopolista», uma «ínfima minoria exploradora». E o que é a classe operária nos dias de hoje? «É importante não restringir a caracterização da classe operária» ao conceito tradicional de trabalhadores «de produção material», considera o partido de Carlos Carvalhas. Os operários do século XXI têm assim de incluir «o proletariado dos serviços», os «assalariados intelectuais» e até algumas chefias de empresas (desde que não sejam de topo). GENTE, impressionada com a extensão do conceito, arrisca: em breve o PCP estará preparado para incluir os administradores das empresas entre as massas proletárias. E, então, «a burguesia monopolista» ficará mesmo definitivamente reduzida a uma «ínfima minoria exploradora». REGRESSO

Da princesa Masako, esposa do príncipe herdeiro do Japão, Naruhito, à vida pública, após uma reclusão de vários meses. Masako, que volta agora a acompanhar o marido nas funções de representação da Coroa, retirou-se por iniciativa própria após um período de depressão, na sequência de um aborto, no ano passado. CONFISSÃO

De Michael Jackson de que subornou testemunhas que poderiam confirmar as práticas de abuso de crianças de que é acusado. Segundo a NBC-TV, o cantor, que enfrenta um processo por pedofilia, terá pago dois milhões de dólares ao filho de um empregado, em 1990, e cerca de 15 milhões a outro rapaz para impedir nova denúncia, em 1993. RETIRADA

De Victoria Beckham do topo da lista das «mais elegantes» da Grã-Bretanha, elaborada pela revista «Prima». O voto das leitoras transferiu a ex-Spice Girl para a lista do «mau gosto», ao lado de figuras como a primeira-dama, Cherie Blair ou as cantoras Madonna, Britney Spears e Christina Aguilera. A nova «mais elegante» é a actriz Catherine Zeta-Jones. CASAMENTO

De John Elkann, herdeiro do império Agnelli e vice-presidente da Fiat, com a aristocrata Lavinia Borromeo, filha do conde Carlo Borromeo. A «boda do ano», em Itália, realizou-se no passado sábado numa ilha da família da noiva situada no lago Maggiore. ANÚNCIO

Feito pela cantora Cher de que vai realizar a última digressão, após 40 anos de carreira artística. O seu último concerto será na Austrália.

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