Ainda há lodo no cais: Vícios & Paixões

01-10-2009
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Tentar pensar sobre futebol é um exercício que convoca Dali, Ernst, Bresson, Miró e outros artistas para o plantel, dado o surrealismo do exercício, quando não mesmo um reforço de origem suprematista como Kandinsky…Vinte e dois tipos atrás de uma bola e a malta à espera de alguém que a meta entre três cilindros de ferro.Jogadores que passam mais moda do que bolas e cujo cabelo envergonha, por manifesta modéstia, a minha árvore de Natal.Uma equipa de quatro sujeitos que, decida o que decidir, recebe honras vitalícias da ordem da gatunagem.E milhares de pessoas a pagar muitos euros por noventa minutos de duração de uma espécie de espectáculo e metade de jogo realmente jogado.Ordenados que não consigo ler por terem tantos algarismos, mas que pagariam a viagem ao resto do Mundo que não conheço.Dirigentes sem graça (sim, pode ser o meu caso, se quiserem…) e suspeitas à escolha do freguês.Treinadores que mandam atravessar o autocarro em frente à baliza, para somarem um de três pontos e conservarem a cabeça acima do pescoço.Milhões em material promocional (vulgo, merchandising).Meia dúzia de fintas engraçadas e quatro dezenas de faltas feias e desleais.Pancadaria quase tribal por causa de não se apoiar os onze que vestem de uma cor e se preferir os que vestem de outra.Canais televisivos para isto e estações de rádio para mais disto.Três jornais diários sobre o pontapé na bola e milhares de treinadores de bancada em canais que não eram bem para tratar do assunto.Que raio! O futebol não faz muito sentido…Mas eu adoro futebol!Sigo a Académica nos jogos em Coimbra e fora de portas (escapa-me a Madeira porque o meu porquinho-mealheiro é anoréctico).


Tentar pensar sobre futebol é um exercício que convoca Dali, Ernst, Bresson, Miró e outros artistas para o plantel, dado o surrealismo do exercício, quando não mesmo um reforço de origem suprematista como Kandinsky…Vinte e dois tipos atrás de uma bola e a malta à espera de alguém que a meta entre três cilindros de ferro.Jogadores que passam mais moda do que bolas e cujo cabelo envergonha, por manifesta modéstia, a minha árvore de Natal.Uma equipa de quatro sujeitos que, decida o que decidir, recebe honras vitalícias da ordem da gatunagem.E milhares de pessoas a pagar muitos euros por noventa minutos de duração de uma espécie de espectáculo e metade de jogo realmente jogado.Ordenados que não consigo ler por terem tantos algarismos, mas que pagariam a viagem ao resto do Mundo que não conheço.Dirigentes sem graça (sim, pode ser o meu caso, se quiserem…) e suspeitas à escolha do freguês.Treinadores que mandam atravessar o autocarro em frente à baliza, para somarem um de três pontos e conservarem a cabeça acima do pescoço.Milhões em material promocional (vulgo, merchandising).Meia dúzia de fintas engraçadas e quatro dezenas de faltas feias e desleais.Pancadaria quase tribal por causa de não se apoiar os onze que vestem de uma cor e se preferir os que vestem de outra.Canais televisivos para isto e estações de rádio para mais disto.Três jornais diários sobre o pontapé na bola e milhares de treinadores de bancada em canais que não eram bem para tratar do assunto.Que raio! O futebol não faz muito sentido…Mas eu adoro futebol!Sigo a Académica nos jogos em Coimbra e fora de portas (escapa-me a Madeira porque o meu porquinho-mealheiro é anoréctico).

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