Há dias li um texto da Dulce sobre o SNS que, como verão, é incompleto. Digo-o porque apenas fala da culpa dos políticos, esquecendo que, por muito que os políticos façam (nas autarquias, no Governo ou nas instâncias internacionais), nada resultará se o aparelho administrativo não sentir o bem-estar geral como uma missão de todos e de cada um.Para ilustrar, uma história pessoal: na sequência de uma ida ao serviço de urgência dos Hospitais da Universidade de Coimbra, foi marcada uma consulta de especialidade. Assim que recebi a marcação, concluí que o dia em causa coincidia com uma viagem de trabalho ao estrangeiro e, naquilo que julgava ser uma atitude cívica e com quase 20 dias de antecedência, passei cerca de 2 dias para que alguém me atendesse o telefone. Tendo encontrado alguém que fizesse o obséquio de me atender, expliquei o meu problema, pedindo que me alterassem a data, assim libertando uma vaga para alguém que estivesse à espera (ao que sei e por experiência própria, há uma espera prolongada para quem, como eu, aguarde o curso normal dos acontecimentos).Epílogo?! Fui informado de que nada se passa desta forma. A ideia é faltar à consulta e ligar depois para pedir uma nova consulta... Perco eu mais tempo à espera e folgam os profissionais, pelo menos por uma hora. Não há ministério que aguente...
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Há dias li um texto da Dulce sobre o SNS que, como verão, é incompleto. Digo-o porque apenas fala da culpa dos políticos, esquecendo que, por muito que os políticos façam (nas autarquias, no Governo ou nas instâncias internacionais), nada resultará se o aparelho administrativo não sentir o bem-estar geral como uma missão de todos e de cada um.Para ilustrar, uma história pessoal: na sequência de uma ida ao serviço de urgência dos Hospitais da Universidade de Coimbra, foi marcada uma consulta de especialidade. Assim que recebi a marcação, concluí que o dia em causa coincidia com uma viagem de trabalho ao estrangeiro e, naquilo que julgava ser uma atitude cívica e com quase 20 dias de antecedência, passei cerca de 2 dias para que alguém me atendesse o telefone. Tendo encontrado alguém que fizesse o obséquio de me atender, expliquei o meu problema, pedindo que me alterassem a data, assim libertando uma vaga para alguém que estivesse à espera (ao que sei e por experiência própria, há uma espera prolongada para quem, como eu, aguarde o curso normal dos acontecimentos).Epílogo?! Fui informado de que nada se passa desta forma. A ideia é faltar à consulta e ligar depois para pedir uma nova consulta... Perco eu mais tempo à espera e folgam os profissionais, pelo menos por uma hora. Não há ministério que aguente...