agre&doce: Cinderela do séc. XXI

06-10-2009
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A modos que (amo esta expressão!), já tenho saudades de descer a Rua do Crucifixo aos tremeliques, olhos postos nas horas que se faz tarde, carteira a baloiçar no braço e jornal em riste. Lá vai ela - diria o Reininho - olhar focado no sapatinho, a injuriar a calçada portuguesa, num zig-zag entre as pedras da calçada menos espaçadas, não vá perder uma capa e passar o resto do dia estilo ferradura de cavalo. Era uma aventura a cada manhã, rua acima, rua abaixo, escadaria rolante, semáforo vermelho, dobrar a esquina a 300/h, elevador, 2º, plim, ufff... numa rotina que já sabia de cor e que quase fazia de olho fechado. Os moçoilos da publicidade a desperdiçar papel, as cabeleireiras numa conversa sonolenta, as lojas ainda de grades corridas, a senhora da lenga-lenga da lotaria, a apetitosa montra e o cheiro a bolos que a pastelaria exalava, o sapateiro que já conhecia de gingeira o meu arsenal de calçado, já que à mercê da calçada portuguesa - volta e meia - lhe ia parar às mãos um sapatinho meu, qual Cinderela do séc. XXI. Agora, estou mais numa de Gata Borralheira. Valha-me o chão regular...Adenda: Pese embora o estado "Gata Borralheira", não se caia no erro de julgar que ainda não dançei com o meu príncipe...


A modos que (amo esta expressão!), já tenho saudades de descer a Rua do Crucifixo aos tremeliques, olhos postos nas horas que se faz tarde, carteira a baloiçar no braço e jornal em riste. Lá vai ela - diria o Reininho - olhar focado no sapatinho, a injuriar a calçada portuguesa, num zig-zag entre as pedras da calçada menos espaçadas, não vá perder uma capa e passar o resto do dia estilo ferradura de cavalo. Era uma aventura a cada manhã, rua acima, rua abaixo, escadaria rolante, semáforo vermelho, dobrar a esquina a 300/h, elevador, 2º, plim, ufff... numa rotina que já sabia de cor e que quase fazia de olho fechado. Os moçoilos da publicidade a desperdiçar papel, as cabeleireiras numa conversa sonolenta, as lojas ainda de grades corridas, a senhora da lenga-lenga da lotaria, a apetitosa montra e o cheiro a bolos que a pastelaria exalava, o sapateiro que já conhecia de gingeira o meu arsenal de calçado, já que à mercê da calçada portuguesa - volta e meia - lhe ia parar às mãos um sapatinho meu, qual Cinderela do séc. XXI. Agora, estou mais numa de Gata Borralheira. Valha-me o chão regular...Adenda: Pese embora o estado "Gata Borralheira", não se caia no erro de julgar que ainda não dançei com o meu príncipe...

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