Ainda há lodo no cais: Profecias para Torres Vedras

27-06-2009
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Muito se tem especulado sobre o próximo congresso do PSD, o que é perfeitamente natural, diga-se.Entendo, porém, que não será daqui que virão novidades de monta e digo-o por motivos variados, nos quais arrisco a minha nula propensão para vidente.Em primeiro lugar, entendo que, como é de esperar, alguns integrantes da longa marcha menezistas tenham algumas contas a ajustar e queiram por isso “mostrar as penas”. Não falo tanto da armada do Norte que acompanha o novo líder há bastante tempo e para quem a vitória foi o culminar de um processo natural. É precisamente a Sul, por parte daqueles que vinham passando maus bocados com o consulado mendista, que pode haver algum excesso pós-revolucionário. Se bem que, neste caso há um factor de ponderação: saber se há “negociações” bem encaminhadas para que o antigo premier assuma a liderança parlamentar. Aqui chegados, meia dúzia de palavras sobre esta hipótese: se eu fosse parlamentar e apoiasse Santana Lopes tudo faria para que assim fosse; seria o renascimento, bem mais cedo do que, provavelmente, o próprio previa (teria compensado “andar por aí”…), para além de que os duelos com o engº Sócrates passariam a ser uma delícia irrenunciável – bem longe dos açoites que o Primeiro-Ministro gostava de dar ao dr. Marques Mendes.Todavia e por muita auto-confiança que possua, se eu fosse o dr. Luís Filipe Menezes não sei bem se acharia conveniente ter num plateau onde não estaria (Menezes não é deputado) um ex-Primeiro Ministro, Ex-Presidente de duas câmaras, ex-Secretário de Estado, etc, etc, etc… Ainda para mais tratando-se de uma personalidade carismática e que vive em união de facto com a notoriedade, sem que tenha de fazer algum esforço para isso. Dito de outro modo, será errado se a ponderação do dr. Menezes for ditada ou pelo medo da projecção do dr. Santana ou, ao invés, pelo excesso de confiança, entendo que não virá daí qualquer sombra. É uma decisão interessante e difícil, cuja margem fica ainda por determinar; que é como quem diz que, podem ser as evidências do xadrez do grupo parlamentar a ditá-la.Será curioso, também aqui, ver o que diz o próximo fim-de-semana laranja.Em terceiro lugar, entendo que o Congresso poderá valer a pena para lermos os realinhamentos dos chamados “barões” e do grupo dito de barrosistas que, embora envergonhadamente, apoiou Marques Mendes.Finalmente, facto a que Menezes e os seus são alheios, será divinal ver centenas de menezistas tipo “Royal” (ou seja, instantâneos) ou de pedidos encapotados de desculpa por não terem visto a “luz” mais cedo, uma vez que em 2009 há listas para todos os gostos…


Muito se tem especulado sobre o próximo congresso do PSD, o que é perfeitamente natural, diga-se.Entendo, porém, que não será daqui que virão novidades de monta e digo-o por motivos variados, nos quais arrisco a minha nula propensão para vidente.Em primeiro lugar, entendo que, como é de esperar, alguns integrantes da longa marcha menezistas tenham algumas contas a ajustar e queiram por isso “mostrar as penas”. Não falo tanto da armada do Norte que acompanha o novo líder há bastante tempo e para quem a vitória foi o culminar de um processo natural. É precisamente a Sul, por parte daqueles que vinham passando maus bocados com o consulado mendista, que pode haver algum excesso pós-revolucionário. Se bem que, neste caso há um factor de ponderação: saber se há “negociações” bem encaminhadas para que o antigo premier assuma a liderança parlamentar. Aqui chegados, meia dúzia de palavras sobre esta hipótese: se eu fosse parlamentar e apoiasse Santana Lopes tudo faria para que assim fosse; seria o renascimento, bem mais cedo do que, provavelmente, o próprio previa (teria compensado “andar por aí”…), para além de que os duelos com o engº Sócrates passariam a ser uma delícia irrenunciável – bem longe dos açoites que o Primeiro-Ministro gostava de dar ao dr. Marques Mendes.Todavia e por muita auto-confiança que possua, se eu fosse o dr. Luís Filipe Menezes não sei bem se acharia conveniente ter num plateau onde não estaria (Menezes não é deputado) um ex-Primeiro Ministro, Ex-Presidente de duas câmaras, ex-Secretário de Estado, etc, etc, etc… Ainda para mais tratando-se de uma personalidade carismática e que vive em união de facto com a notoriedade, sem que tenha de fazer algum esforço para isso. Dito de outro modo, será errado se a ponderação do dr. Menezes for ditada ou pelo medo da projecção do dr. Santana ou, ao invés, pelo excesso de confiança, entendo que não virá daí qualquer sombra. É uma decisão interessante e difícil, cuja margem fica ainda por determinar; que é como quem diz que, podem ser as evidências do xadrez do grupo parlamentar a ditá-la.Será curioso, também aqui, ver o que diz o próximo fim-de-semana laranja.Em terceiro lugar, entendo que o Congresso poderá valer a pena para lermos os realinhamentos dos chamados “barões” e do grupo dito de barrosistas que, embora envergonhadamente, apoiou Marques Mendes.Finalmente, facto a que Menezes e os seus são alheios, será divinal ver centenas de menezistas tipo “Royal” (ou seja, instantâneos) ou de pedidos encapotados de desculpa por não terem visto a “luz” mais cedo, uma vez que em 2009 há listas para todos os gostos…

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