Ainda há lodo no cais: Veni, Vidi, Vici

27-06-2009
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Os jornais gratuitos “chegaram, viram e venceram”. Se antes a oferta se resumia a dois diários, volvidos três anos, o cenário mudou quantitativamente e, sem sombra de dúvida, qualitativamente. Logo pela manhã sou bombardeada com pelo menos três deles - “Global”, “Metro” e “Destak”, este último que me cativa pelo painel de opinião com que conta (João César das Neves, Isabel Stilwell, etc.). No local de trabalho, deparo-me com o “Meia Hora”, talvez o mais interessante de todos eles por dispensar as temáticas cor-de-rosa. À hora de almoço é a vez da edição de fim-de-semana do “Destak” e ao fim do dia já sei que me calha na rifa o semanário “Mundo à Sexta”. E ao que consta a oferta não parará de crescer, estando previstas novas publicações e novos locais de distribuição (Grande Porto; Madeira, etc.).As vantagens destes jornais são inegáveis – os lisboetas têm agora maior facilidade em manterem-se informados do que se vai passando no Mundo, o que muitas vezes, por força do trabalho, compromissos familiares e afins, não se torna fácil.Assim, de uma forma leve e clara os jornais gratuitos condensam informação, facilitando a vida a quem diariamente não tem tempo para se dedicar à leitura de um avolumado Público ou sequer de ver telejornais.E depois, reconheça-se, fomentam a criação de hábitos de leitura. É inegável que a imprensa gratuita veio mudar o cenário nos transportes públicos da capital: afinal, os lisboetas sabem (e gostam de) ler...! Pelo menos, quando a isso são impelidos...Mas o factor gratuitidade parece vir pôr em causa a imprensa convencional. Não foi por acaso que na vizinha Espanha os diários de referência hostilizaram os novatos, e que em França os sindicatos se manifestaram e tomaram medidas quando se viram ameaçados pela edição parisiense do “Metro”.A pergunta que se impõe: Sobreviverá a imprensa tradicional?Haverá, efectivamente, espaço para os dois tipos de imprensa num país em que os hábitos de leitura nunca nos mereceram elogios?Na verdade, se a informação vem até nós sem que tenhamos que alterar um passo que seja do nosso percurso, e a isso acresce o facto de ser gratuita... torna-se inegável que a predisposição para nos mantermos fiéis aos periódicos pagos seja bem menor.


Os jornais gratuitos “chegaram, viram e venceram”. Se antes a oferta se resumia a dois diários, volvidos três anos, o cenário mudou quantitativamente e, sem sombra de dúvida, qualitativamente. Logo pela manhã sou bombardeada com pelo menos três deles - “Global”, “Metro” e “Destak”, este último que me cativa pelo painel de opinião com que conta (João César das Neves, Isabel Stilwell, etc.). No local de trabalho, deparo-me com o “Meia Hora”, talvez o mais interessante de todos eles por dispensar as temáticas cor-de-rosa. À hora de almoço é a vez da edição de fim-de-semana do “Destak” e ao fim do dia já sei que me calha na rifa o semanário “Mundo à Sexta”. E ao que consta a oferta não parará de crescer, estando previstas novas publicações e novos locais de distribuição (Grande Porto; Madeira, etc.).As vantagens destes jornais são inegáveis – os lisboetas têm agora maior facilidade em manterem-se informados do que se vai passando no Mundo, o que muitas vezes, por força do trabalho, compromissos familiares e afins, não se torna fácil.Assim, de uma forma leve e clara os jornais gratuitos condensam informação, facilitando a vida a quem diariamente não tem tempo para se dedicar à leitura de um avolumado Público ou sequer de ver telejornais.E depois, reconheça-se, fomentam a criação de hábitos de leitura. É inegável que a imprensa gratuita veio mudar o cenário nos transportes públicos da capital: afinal, os lisboetas sabem (e gostam de) ler...! Pelo menos, quando a isso são impelidos...Mas o factor gratuitidade parece vir pôr em causa a imprensa convencional. Não foi por acaso que na vizinha Espanha os diários de referência hostilizaram os novatos, e que em França os sindicatos se manifestaram e tomaram medidas quando se viram ameaçados pela edição parisiense do “Metro”.A pergunta que se impõe: Sobreviverá a imprensa tradicional?Haverá, efectivamente, espaço para os dois tipos de imprensa num país em que os hábitos de leitura nunca nos mereceram elogios?Na verdade, se a informação vem até nós sem que tenhamos que alterar um passo que seja do nosso percurso, e a isso acresce o facto de ser gratuita... torna-se inegável que a predisposição para nos mantermos fiéis aos periódicos pagos seja bem menor.

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