Ainda há lodo no cais: A pronúncia do Norte

26-06-2009
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A Coreia do Norte anunciou que vai realizar um teste nuclear, em data não especificada. Cá para nós, que ninguém nos lê, estou em crer que é mais uma ameaça, a que não será estranha a ciumeira que deve estar a causar a quase certeza da eleição de um sul-coreano para secretário-geral da ONU. Porém, mimos como este e como o recente lançamento do míssil Taepodong 2, não obstante ter explodido poucos segundos depois do lançamento, devem fazer-nos pensar sobre a estratégia de Pyongyang que, como parece óbvio, decidiu contrariar a sua obsolescência convencional pela dissuasão nuclear. Este tem sido o rumo do regime de Kim Jong-il, desde os alvores da década de 90, e nem mesmo a insistente oferta do restante grupo dos 6 (que inclui, a mais da Coreia do Norte, a Coreia do Sul, os EUA, o Japão, a China e a Rússia) parece poder (ou querer, no caso chinês, digo eu) convencer o herdeiro do "Grande Líder" a trocar atómos por dinheiro. Ao mesmo tempo que reforça a defesa, Pyongyang consolida o poder interno, lançando as maiores dúvidas sobre um parto sem dor de um qualquer regime que não seja aquele que vigora. Baralhando e voltando a dar, as minhas ideias são estas:não vale a pena sonhar com mudanças nesta ponta do "eixo do mal", a breve trecho.não há qualquer vantagem do regime norte-coreano em desencadear um ataque (excepto, como é óvio, em auto-defesa), mesmo quando vier a ter poder efectivo para tal.vamos ter que aturar muitas mais chantagens e birras, porque, ainda assim, não compensa correr o risco de encostar à parede Kim Jong-il e as forças armadas que fazem a festa a norte do paralelo 38.Solução?! Além de manter a pachorra do costume, sonhar com o dia em que Pequim tenha interesse em proceder a obras na casa do vizinho e rezar para que dê certo, nessa altura...


A Coreia do Norte anunciou que vai realizar um teste nuclear, em data não especificada. Cá para nós, que ninguém nos lê, estou em crer que é mais uma ameaça, a que não será estranha a ciumeira que deve estar a causar a quase certeza da eleição de um sul-coreano para secretário-geral da ONU. Porém, mimos como este e como o recente lançamento do míssil Taepodong 2, não obstante ter explodido poucos segundos depois do lançamento, devem fazer-nos pensar sobre a estratégia de Pyongyang que, como parece óbvio, decidiu contrariar a sua obsolescência convencional pela dissuasão nuclear. Este tem sido o rumo do regime de Kim Jong-il, desde os alvores da década de 90, e nem mesmo a insistente oferta do restante grupo dos 6 (que inclui, a mais da Coreia do Norte, a Coreia do Sul, os EUA, o Japão, a China e a Rússia) parece poder (ou querer, no caso chinês, digo eu) convencer o herdeiro do "Grande Líder" a trocar atómos por dinheiro. Ao mesmo tempo que reforça a defesa, Pyongyang consolida o poder interno, lançando as maiores dúvidas sobre um parto sem dor de um qualquer regime que não seja aquele que vigora. Baralhando e voltando a dar, as minhas ideias são estas:não vale a pena sonhar com mudanças nesta ponta do "eixo do mal", a breve trecho.não há qualquer vantagem do regime norte-coreano em desencadear um ataque (excepto, como é óvio, em auto-defesa), mesmo quando vier a ter poder efectivo para tal.vamos ter que aturar muitas mais chantagens e birras, porque, ainda assim, não compensa correr o risco de encostar à parede Kim Jong-il e as forças armadas que fazem a festa a norte do paralelo 38.Solução?! Além de manter a pachorra do costume, sonhar com o dia em que Pequim tenha interesse em proceder a obras na casa do vizinho e rezar para que dê certo, nessa altura...

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