Ainda há lodo no cais: O efeito da crise sobre os saldos

01-10-2009
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Alertado por um amigo, li o anexo à mensagem de correio electrónico, que visava sublinhar o quão fundo (salvo-seja) já chegou a crise, no nosso País. A notícia é do meu estimadíssimo (a final de contas, já lá vão quase 12 anos de artigos...) Diário "As Beiras", na sua edição de 7 de Setembro: "Figueira da Foz - Crise obriga prostitutas a fazerem “saldos”'Quando a crise chega ao prostíbulo, é porque o país está mesmo mal', fala a voz da experiência. As coisas não podiam estar pior, havendo quem já corte nas refeições e faça 'saldos'.Os anúncios publicados nos jornais diários da região são cada vez mais 'picantes' e apelativos. Porém, e não obstante a concorrência estar a diminuir - há cerca de 20 prostitutas na cidade com anúncio nos periódicos -, a clientela é cada vez menos. As representantes da profissão mais antiga do mundo na cidade apontam o dedo à crise económica.'Até ao início deste ano, bastava–me ter o anúncio num jornal. A dada altura, não sabia se havia de atender o telemóvel ou os clientes, tantas eram as solicitações. Agora, tenho anúncios em dois jornais e o telefone toca cada vez menos', conta 'Lara', vamos chamar–lhe assim, prostituta brasileira. E sintetiza: 'Quando a crise chega ao prostíbulo, é porque o país está mesmo mal'." Rendimento social de inserção?Subsídio de desemprego?Programa "Convívio na hora"? A brincar que o digamos, duas coisas são certas: por um lado, isto está mesmo mau. Por outro lado, para as profissionais em causa só não solução porque continuamos a fingir que a prostituição não existe, tal qual como ainda se faz em relação a muitas vertentes da toxicodependência.


Alertado por um amigo, li o anexo à mensagem de correio electrónico, que visava sublinhar o quão fundo (salvo-seja) já chegou a crise, no nosso País. A notícia é do meu estimadíssimo (a final de contas, já lá vão quase 12 anos de artigos...) Diário "As Beiras", na sua edição de 7 de Setembro: "Figueira da Foz - Crise obriga prostitutas a fazerem “saldos”'Quando a crise chega ao prostíbulo, é porque o país está mesmo mal', fala a voz da experiência. As coisas não podiam estar pior, havendo quem já corte nas refeições e faça 'saldos'.Os anúncios publicados nos jornais diários da região são cada vez mais 'picantes' e apelativos. Porém, e não obstante a concorrência estar a diminuir - há cerca de 20 prostitutas na cidade com anúncio nos periódicos -, a clientela é cada vez menos. As representantes da profissão mais antiga do mundo na cidade apontam o dedo à crise económica.'Até ao início deste ano, bastava–me ter o anúncio num jornal. A dada altura, não sabia se havia de atender o telemóvel ou os clientes, tantas eram as solicitações. Agora, tenho anúncios em dois jornais e o telefone toca cada vez menos', conta 'Lara', vamos chamar–lhe assim, prostituta brasileira. E sintetiza: 'Quando a crise chega ao prostíbulo, é porque o país está mesmo mal'." Rendimento social de inserção?Subsídio de desemprego?Programa "Convívio na hora"? A brincar que o digamos, duas coisas são certas: por um lado, isto está mesmo mau. Por outro lado, para as profissionais em causa só não solução porque continuamos a fingir que a prostituição não existe, tal qual como ainda se faz em relação a muitas vertentes da toxicodependência.

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