Ainda há lodo no cais: O Google, a China e o livre acesso à rede

27-06-2009
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Gonçalo, no seguimento do teu comentário ao meu último post, e visto que levantaste um tema que considero extremamente interessante, resolvi trazê-lo ao prime time do Lodo (espero que não te importes!).Gonçalo Capitão“Interessante este texto...Porém, como há sempre um reverso da medalha, é a mesma empresa - "Google" - que admite censurar a pedido do governo chinês, assim limitando o potencial democratizador da Net em homenagem ao lucro.Em sentido contrário, fica a ideia de que não é preciso explorar e tratar mal para obter resultados. Bem ao invés... “Entendeu o Google que pior que oferecer um serviço censurado seria ficar fora do mercado chinês, que a curto prazo, terá mais pessoas conectadas à Internet que os Estados Unidos.Como sabes Gonçalo, para uma ditadura, não há maior perigo que a livre discussão e o livre acesso à informação, enquanto que para um site de pesquisa na Internet, a sobrevivência depende da confiança que o público deposita nele.Tenho a impressão que a fraca (para não dizer inexistente) resistência ao regime comunista da China não deve ter sido nada fácil para a alta esfera do Google, indo contra a tal confiança que acima referi. No entanto, ao render-se às regras da China, o Google não só deu força ao debate sobre a censura na net (tema que ainda vai dar muito que falar), como abalou a sua imagem.Não esqueçamos é que a censura na net é uma realidade e a China não foi pioneira nesta matéria, sendo disso exemplos a França e a Alemanha, onde são barrados (e muito bem) sites nazis ou racistas.A diferença, obviamente para além do conteúdo, é que umas são decididas por democracias, enquanto que outras são impostas por burocratas que não se preocupam com o imperativo de prestar contas à sociedade.Termino com uma pergunta Gonçalo, até onde deverá ir a privacidade e liberdade de quem procura informações na rede?


Gonçalo, no seguimento do teu comentário ao meu último post, e visto que levantaste um tema que considero extremamente interessante, resolvi trazê-lo ao prime time do Lodo (espero que não te importes!).Gonçalo Capitão“Interessante este texto...Porém, como há sempre um reverso da medalha, é a mesma empresa - "Google" - que admite censurar a pedido do governo chinês, assim limitando o potencial democratizador da Net em homenagem ao lucro.Em sentido contrário, fica a ideia de que não é preciso explorar e tratar mal para obter resultados. Bem ao invés... “Entendeu o Google que pior que oferecer um serviço censurado seria ficar fora do mercado chinês, que a curto prazo, terá mais pessoas conectadas à Internet que os Estados Unidos.Como sabes Gonçalo, para uma ditadura, não há maior perigo que a livre discussão e o livre acesso à informação, enquanto que para um site de pesquisa na Internet, a sobrevivência depende da confiança que o público deposita nele.Tenho a impressão que a fraca (para não dizer inexistente) resistência ao regime comunista da China não deve ter sido nada fácil para a alta esfera do Google, indo contra a tal confiança que acima referi. No entanto, ao render-se às regras da China, o Google não só deu força ao debate sobre a censura na net (tema que ainda vai dar muito que falar), como abalou a sua imagem.Não esqueçamos é que a censura na net é uma realidade e a China não foi pioneira nesta matéria, sendo disso exemplos a França e a Alemanha, onde são barrados (e muito bem) sites nazis ou racistas.A diferença, obviamente para além do conteúdo, é que umas são decididas por democracias, enquanto que outras são impostas por burocratas que não se preocupam com o imperativo de prestar contas à sociedade.Termino com uma pergunta Gonçalo, até onde deverá ir a privacidade e liberdade de quem procura informações na rede?

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