Ainda há lodo no cais: Um ombro cheio de qualidades

28-06-2009
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Que publicações virtuais como o "lodo" aviem uns valentes pontapés na gramática ainda vá, mas o Expresso... O erro foi já alvo de denúncia no programa televisivo de Diogo Infante, mas foi daquelas calinadas que saltou à vista dos mais atentos, logo no dia 4 de Novembro. A propósito da notícia ao redor de uma denúncia de Agostinho Branquinho (deputado do PSD) sobre a alegada manipulação de um noticiário da RTP pelo Governo, o político é citado pelo semanário como tendo salvaguardado a "ombridade" do jornalista que teria sido alvo daquela pressão. Ora, salta à memória o Congresso da JSD realizado em 1998, na Figueira da Foz, no qual o meu correlegionário Pinto Lobão exaltava a "hombridade do Pedro Duarte", explicando aos circunstantes que falava de "hombridade com 'h' porque era uma qualidade do homem e não do ombro"... Embora cite de cor (já lá vão 8 anos...), nunca mais me esqueci de como um, então, jovem da JSD prevenia um erro algo grosseiro, mas usual. Claro que também teremos de admitir que, mesmo em jornais ditos de referência, os lapsos sucedem. Porém, não só a revisão de textos (mais a mais na 1ª página, como foi o caso) deve ser rigorosíssima, como se me apoquenta o espírito sobre a formação de quem, por sua vez, forma a mente de muitos cidadãos. Como no ensino em relação a novos professores, preocupa a suspeita de perda de qualidade e de "escola" no jornalismo, com a correlativa adopção de uma táctica de afrontamento do poder, que acaba, possivelmente, por encobrir algumas insuficiências próprias, como já se debateu por aqui.


Que publicações virtuais como o "lodo" aviem uns valentes pontapés na gramática ainda vá, mas o Expresso... O erro foi já alvo de denúncia no programa televisivo de Diogo Infante, mas foi daquelas calinadas que saltou à vista dos mais atentos, logo no dia 4 de Novembro. A propósito da notícia ao redor de uma denúncia de Agostinho Branquinho (deputado do PSD) sobre a alegada manipulação de um noticiário da RTP pelo Governo, o político é citado pelo semanário como tendo salvaguardado a "ombridade" do jornalista que teria sido alvo daquela pressão. Ora, salta à memória o Congresso da JSD realizado em 1998, na Figueira da Foz, no qual o meu correlegionário Pinto Lobão exaltava a "hombridade do Pedro Duarte", explicando aos circunstantes que falava de "hombridade com 'h' porque era uma qualidade do homem e não do ombro"... Embora cite de cor (já lá vão 8 anos...), nunca mais me esqueci de como um, então, jovem da JSD prevenia um erro algo grosseiro, mas usual. Claro que também teremos de admitir que, mesmo em jornais ditos de referência, os lapsos sucedem. Porém, não só a revisão de textos (mais a mais na 1ª página, como foi o caso) deve ser rigorosíssima, como se me apoquenta o espírito sobre a formação de quem, por sua vez, forma a mente de muitos cidadãos. Como no ensino em relação a novos professores, preocupa a suspeita de perda de qualidade e de "escola" no jornalismo, com a correlativa adopção de uma táctica de afrontamento do poder, que acaba, possivelmente, por encobrir algumas insuficiências próprias, como já se debateu por aqui.

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