antreus: Têm partido, são comunistas e portugueses

05-07-2009
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Neste fim-de-semana reuniu-se o XVIII Congresso do PCP e dele ficaram algumas marcas distintivas no quadro partidário existente do nosso país. Delegados em grande número, de diferentes condições sociais, seguindo com atenção o que todos os oradores diziam, sublinhando com aplausos não apenas os oradores mais conhecidos mas as situações políticas relevantes e de actualidade, que em poucos minutos, no final, desmontaram a zona onde tinham estado. A qualidade das intervenções não apenas centrada no secretário-geral mas em muitas intervenções. Uma cuidada e objectivamente fundada apreciação da situação nacional e internacional, seus perigos e alternativas por que lutar.A recusa da ligeireza e o rigôr da análise.A questão de como querem aceder ao poder, não por lugares mas por vontade do povo e garantia de poderem realizar outra política, que identificam e que rompa com a que há 3o anos tanto tem vindo a contrariar as esperanças de Abril. A apreciação crítica de cada um dos partidos com representação parlamentar.A importância dada ao funcionamento interno, à organização ligada à acção e esta coerente com a linha política.A reflexão sobre a situação financeira, condição básica para uma vida independente, definida pelos próprios militantes e não hipotecada aos interesses pessoais dos barões, das clientelas e aos fretes a quem noutros partidos paga. O rejuvenescimento do comité central e dos seus organismos executivos com critérios explicitados e aprovados e nenhumas intenções anunciadas de "longas caminhadas no deserto" dos que saem porque se mantêm e porque não encaram as funções dirigentes como progressões de carreiras.A disposição para enfrentar ameaças legislativas e outras que visam conter a actividade e influência dos comunistas de forma ética e moralmente inaceitável e politicamente terrorista.O reconhecimento de que falar verdade pode não dar votos em certa altura mas é um seguro de confiança aliada à nobreza de objectivos.O não pactuar com critérios de intervenção política que tenham que se genuflectir perante critérios jornalísticos mais que discutíveis como as lavagens de roupa suja, as cenas de faca e alguidar o arregimentar acéfalo atrás de chefes e candidatos a chefes, a encenação sonora perante as entradas dos chefes, a troca do teleponto pela verdade na ponta da língua, etc. etc, etc.Em resumo: os comunistas estão para ficar e durar, sabem o que querem e o que rejeitam, devem ser entendidos deitando às urtigas os preconceitos dessintonizados da realidade que continua a acorrentar tantas cabecinhas.


Neste fim-de-semana reuniu-se o XVIII Congresso do PCP e dele ficaram algumas marcas distintivas no quadro partidário existente do nosso país. Delegados em grande número, de diferentes condições sociais, seguindo com atenção o que todos os oradores diziam, sublinhando com aplausos não apenas os oradores mais conhecidos mas as situações políticas relevantes e de actualidade, que em poucos minutos, no final, desmontaram a zona onde tinham estado. A qualidade das intervenções não apenas centrada no secretário-geral mas em muitas intervenções. Uma cuidada e objectivamente fundada apreciação da situação nacional e internacional, seus perigos e alternativas por que lutar.A recusa da ligeireza e o rigôr da análise.A questão de como querem aceder ao poder, não por lugares mas por vontade do povo e garantia de poderem realizar outra política, que identificam e que rompa com a que há 3o anos tanto tem vindo a contrariar as esperanças de Abril. A apreciação crítica de cada um dos partidos com representação parlamentar.A importância dada ao funcionamento interno, à organização ligada à acção e esta coerente com a linha política.A reflexão sobre a situação financeira, condição básica para uma vida independente, definida pelos próprios militantes e não hipotecada aos interesses pessoais dos barões, das clientelas e aos fretes a quem noutros partidos paga. O rejuvenescimento do comité central e dos seus organismos executivos com critérios explicitados e aprovados e nenhumas intenções anunciadas de "longas caminhadas no deserto" dos que saem porque se mantêm e porque não encaram as funções dirigentes como progressões de carreiras.A disposição para enfrentar ameaças legislativas e outras que visam conter a actividade e influência dos comunistas de forma ética e moralmente inaceitável e politicamente terrorista.O reconhecimento de que falar verdade pode não dar votos em certa altura mas é um seguro de confiança aliada à nobreza de objectivos.O não pactuar com critérios de intervenção política que tenham que se genuflectir perante critérios jornalísticos mais que discutíveis como as lavagens de roupa suja, as cenas de faca e alguidar o arregimentar acéfalo atrás de chefes e candidatos a chefes, a encenação sonora perante as entradas dos chefes, a troca do teleponto pela verdade na ponta da língua, etc. etc, etc.Em resumo: os comunistas estão para ficar e durar, sabem o que querem e o que rejeitam, devem ser entendidos deitando às urtigas os preconceitos dessintonizados da realidade que continua a acorrentar tantas cabecinhas.

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