UMA REFERÊNCIA NA INFORMAÇÃO ALPIARCENSE: Vigilia junto ao Centro de Saúde

30-09-2009
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A comissão de utentes de saúde do concelho de Alpiarça promoveu uma vigília junto ao centro de saúde local na sexta-feira, 22 de Maio, com o objectivo de exigir a colocação de mais médicos.A acção de protesto juntou cerca de 150 munícipes descontentes com as actuais más condições de funcionamento do centro de saúde, que em grande parte se devem à escassez de recursos humanos.“São necessários sete médicos de família e neste momento temos apenas dois”, explica Paula Matias, porta-voz da comissão de utentes, acrescentando que há cerca de 4.200 utentes sem médico de família, um número que significa mais de metade dos inscritos no centro de saúde.Para agravar o problema, uma profissional do quadro reformou-se há cerca de três semanas e dois dos clínicos contratados em prestação de serviços também foram embora.“Agora, há um médico a fazer nove horas semanais e uma outra a fazer quatro horas”, conta Paula Matias.“Precisamos urgentemente de médicos e de pessoal de enfermagem”, sublinha.Constituída há cerca de sete meses, a comissão de utentes já reuniu com várias entidades afectas ao Ministério da Saúde, mas as respostas não são satisfatórias.“Dizem-nos que não há médicos de clínica geral para colocar nos centros de saúde, mas isso não nos resolve os problemas”, acrescenta a mesma responsável.“A saúde é um direito assegurado pela Constituição, mas estamos a ser privados dele porque nem toda a gente tem dinheiro para ir para o privado”, disse ainda Paula Matias, imputando as culpas “à falta de vontade política do governo.No caso concreto de Alpiarça, “os utentes estão a entrar em desespero”, acrescentou a porta-voz, que deixou um elogio “ao enorme esforço” que os responsáveis e funcionários do centro de saúde local têm feito para minimizar os problemas de funcionamento.“A saúde dos portugueses é mais importante que a saúde dos bancos”, afirmou o deputado do PCP António Filipe, acrescentando que “se o governo tem milhões para salvar os bancos da crise, com bem menos resolveria os graves problemas de saúde que afectam os portugueses”.O deputado comunista lembrou que o PCP já questionou duas vezes o Ministério da Saúde sobre a falta de médicos de família em Alpiarça, tendo obtido “respostas vagas e que nada adiantam”.“Na última vez, dizem que o problema vai ser resolvido a médio ou longo prazo, mas as pessoas estão doentes hoje, não podem esperar seis meses por uma consulta”, criticou.Pelo grupo parlamentar dos Verdes, esteve presente o deputado Francisco Madeira Lopes, para quem “a grande presença da população nesta acção é um acto de cidadania mais importante que qualquer requerimento apresentado na Assembleia da República”.“Ao longo desta legislatura, a saúde e a educação foram os direitos mais sacrificados em nome do défice”, defendeu, lamentando que vários concelhos do distrito estejam a sofrer os efeitos “desta aposta errada”.«O Ribatejo»


A comissão de utentes de saúde do concelho de Alpiarça promoveu uma vigília junto ao centro de saúde local na sexta-feira, 22 de Maio, com o objectivo de exigir a colocação de mais médicos.A acção de protesto juntou cerca de 150 munícipes descontentes com as actuais más condições de funcionamento do centro de saúde, que em grande parte se devem à escassez de recursos humanos.“São necessários sete médicos de família e neste momento temos apenas dois”, explica Paula Matias, porta-voz da comissão de utentes, acrescentando que há cerca de 4.200 utentes sem médico de família, um número que significa mais de metade dos inscritos no centro de saúde.Para agravar o problema, uma profissional do quadro reformou-se há cerca de três semanas e dois dos clínicos contratados em prestação de serviços também foram embora.“Agora, há um médico a fazer nove horas semanais e uma outra a fazer quatro horas”, conta Paula Matias.“Precisamos urgentemente de médicos e de pessoal de enfermagem”, sublinha.Constituída há cerca de sete meses, a comissão de utentes já reuniu com várias entidades afectas ao Ministério da Saúde, mas as respostas não são satisfatórias.“Dizem-nos que não há médicos de clínica geral para colocar nos centros de saúde, mas isso não nos resolve os problemas”, acrescenta a mesma responsável.“A saúde é um direito assegurado pela Constituição, mas estamos a ser privados dele porque nem toda a gente tem dinheiro para ir para o privado”, disse ainda Paula Matias, imputando as culpas “à falta de vontade política do governo.No caso concreto de Alpiarça, “os utentes estão a entrar em desespero”, acrescentou a porta-voz, que deixou um elogio “ao enorme esforço” que os responsáveis e funcionários do centro de saúde local têm feito para minimizar os problemas de funcionamento.“A saúde dos portugueses é mais importante que a saúde dos bancos”, afirmou o deputado do PCP António Filipe, acrescentando que “se o governo tem milhões para salvar os bancos da crise, com bem menos resolveria os graves problemas de saúde que afectam os portugueses”.O deputado comunista lembrou que o PCP já questionou duas vezes o Ministério da Saúde sobre a falta de médicos de família em Alpiarça, tendo obtido “respostas vagas e que nada adiantam”.“Na última vez, dizem que o problema vai ser resolvido a médio ou longo prazo, mas as pessoas estão doentes hoje, não podem esperar seis meses por uma consulta”, criticou.Pelo grupo parlamentar dos Verdes, esteve presente o deputado Francisco Madeira Lopes, para quem “a grande presença da população nesta acção é um acto de cidadania mais importante que qualquer requerimento apresentado na Assembleia da República”.“Ao longo desta legislatura, a saúde e a educação foram os direitos mais sacrificados em nome do défice”, defendeu, lamentando que vários concelhos do distrito estejam a sofrer os efeitos “desta aposta errada”.«O Ribatejo»

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