Os Verdes em Lisboa: Não às portagens à entrada de Lisboa

29-09-2009
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A União das Associações de Comércio e Serviços (UACS) defendeu, para a revitalização do comércio na Baixa-Chiado, uma aposta no estacionamento, com a construção de mais parques, que afirma fazerem falta ao comércio. O candidato do PS à CML veio ontem responder que “não é por se fazer mais um parque de estacionamento que vão mais pessoas fazer compras para a Baixa”, manifestando-se contra a introdução de portagens à entrada da cidade, preferindo desviar da Baixa o trânsito que a atravessa em direcção à Expo e a Belém. “Não sou favorável, penso que há outras formas de regular o trânsito. Até porque grande parte das entradas em Lisboa já é portajada e não foi isso que resolveu o problema” 1.Esta é uma posição por várias vezes repetida pelos eleitos de “Os Verdes”, por exemplo, quer em intervenções (Heloísa Apolónia, na A.R.), ou em entrevistas públicas (Sobreda Antunes, na AMLisboa).Numa sessão plenária a deputada afirmou: “... A mobilidade urbana e a promoção do transporte público, com eventual desistência do transporte privado. Já ouvi o Sr. Ministro do Ambiente referir que uma das medidas que o Governo está a ponderar seriamente é a introdução de portagens à entrada dos grandes centros urbanos. Ora, nós já temos esse exemplo implementado em Lisboa, na Ponte 25 de Abril. Ou seja, temos o modelo de portagens numa determinada zona de Lisboa - único acesso para algumas pessoas e localidades da margem sul - que bem se vê que não tem qualquer efeito relativamente ao objectivo que o Governo pretende, isto é, não houve redução do transporte individual à entrada da Ponte 25 de Abril por causa das portagens que aí existem (...) esta medida, que, na nossa perspectiva, só trará custos sociais e não tem qualquer impacto, em termos de relevância ambiental e daquilo que nos proporíamos atingir, que seria, justamente, a diminuição do transporte individual nos grandes centros urbanos” 2.Também o deputado de “Os Verdes” na AML questionou “a justiça e os reais impactes desta medida (introdução de portagens), não apenas ambientais como sociais e económicos, sugerindo alternativas”. Recordou que as Câmaras “investiram na construção de vários parques de estacionamento, fizeram aprovar taxas de estacionamento, à superfície e subterrâneo, e precisam da colecta das ‘moedinhas’. Quantas mais entrarem na máquina, melhor para os seus depauperados orçamentos”. E conclui que esta medida seria socialmente injusta e discriminatória, porque “impostos, são sempre os mesmos a pagá-los” 3.Porque não incentivar “o uso do transporte colectivo, movido a energias mais limpas”? Porque se adia a implementação das tão reclamadas Autoridades Metropolitanas de Transportes, como já constava do Programa da CDU, em 2005? Citamos: “Como medida global, deverá ser reformulada a Autoridade Metropolitana de Transportes, criando uma estrutura não-governamentalizada que concretize a participação efectiva das Autarquias, dos trabalhadores e dos utentes, e que exerça um papel na organização e coordenação dos vários operadores dos transportes públicos” 4.Esperamos também que os outros candidatos definam posições sobre esta questão fulcral para os lisboetas e quem a cidade visita.1. Ver http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1295653&idCanal=592. Diário da AR nº 77, de 2006-01-14.3. Ver "Portagens do nosso descontentamento", Contacto Verde nº 13, no URL www.osverdes.pt/contactov.asp?edt=13&art=135 4. Programa “Soluções para Lisboa : primeiro a Cidade”. Ver também http://pcp.am-lisboa.pt/index.php?option=com_content&task=blogsection&id=9&Itemid=40


A União das Associações de Comércio e Serviços (UACS) defendeu, para a revitalização do comércio na Baixa-Chiado, uma aposta no estacionamento, com a construção de mais parques, que afirma fazerem falta ao comércio. O candidato do PS à CML veio ontem responder que “não é por se fazer mais um parque de estacionamento que vão mais pessoas fazer compras para a Baixa”, manifestando-se contra a introdução de portagens à entrada da cidade, preferindo desviar da Baixa o trânsito que a atravessa em direcção à Expo e a Belém. “Não sou favorável, penso que há outras formas de regular o trânsito. Até porque grande parte das entradas em Lisboa já é portajada e não foi isso que resolveu o problema” 1.Esta é uma posição por várias vezes repetida pelos eleitos de “Os Verdes”, por exemplo, quer em intervenções (Heloísa Apolónia, na A.R.), ou em entrevistas públicas (Sobreda Antunes, na AMLisboa).Numa sessão plenária a deputada afirmou: “... A mobilidade urbana e a promoção do transporte público, com eventual desistência do transporte privado. Já ouvi o Sr. Ministro do Ambiente referir que uma das medidas que o Governo está a ponderar seriamente é a introdução de portagens à entrada dos grandes centros urbanos. Ora, nós já temos esse exemplo implementado em Lisboa, na Ponte 25 de Abril. Ou seja, temos o modelo de portagens numa determinada zona de Lisboa - único acesso para algumas pessoas e localidades da margem sul - que bem se vê que não tem qualquer efeito relativamente ao objectivo que o Governo pretende, isto é, não houve redução do transporte individual à entrada da Ponte 25 de Abril por causa das portagens que aí existem (...) esta medida, que, na nossa perspectiva, só trará custos sociais e não tem qualquer impacto, em termos de relevância ambiental e daquilo que nos proporíamos atingir, que seria, justamente, a diminuição do transporte individual nos grandes centros urbanos” 2.Também o deputado de “Os Verdes” na AML questionou “a justiça e os reais impactes desta medida (introdução de portagens), não apenas ambientais como sociais e económicos, sugerindo alternativas”. Recordou que as Câmaras “investiram na construção de vários parques de estacionamento, fizeram aprovar taxas de estacionamento, à superfície e subterrâneo, e precisam da colecta das ‘moedinhas’. Quantas mais entrarem na máquina, melhor para os seus depauperados orçamentos”. E conclui que esta medida seria socialmente injusta e discriminatória, porque “impostos, são sempre os mesmos a pagá-los” 3.Porque não incentivar “o uso do transporte colectivo, movido a energias mais limpas”? Porque se adia a implementação das tão reclamadas Autoridades Metropolitanas de Transportes, como já constava do Programa da CDU, em 2005? Citamos: “Como medida global, deverá ser reformulada a Autoridade Metropolitana de Transportes, criando uma estrutura não-governamentalizada que concretize a participação efectiva das Autarquias, dos trabalhadores e dos utentes, e que exerça um papel na organização e coordenação dos vários operadores dos transportes públicos” 4.Esperamos também que os outros candidatos definam posições sobre esta questão fulcral para os lisboetas e quem a cidade visita.1. Ver http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1295653&idCanal=592. Diário da AR nº 77, de 2006-01-14.3. Ver "Portagens do nosso descontentamento", Contacto Verde nº 13, no URL www.osverdes.pt/contactov.asp?edt=13&art=135 4. Programa “Soluções para Lisboa : primeiro a Cidade”. Ver também http://pcp.am-lisboa.pt/index.php?option=com_content&task=blogsection&id=9&Itemid=40

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