Segurança: MAI assegura que Governo "está sereno, mas não impávido"

08-09-2007
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Lisboa, 06 Set (Lusa) - O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, disse hoje que o Governo está "sereno, mas não impávido" perante os recentes fenómenos de criminalidade grave, numa resposta às acusações do PSD de que está instalado "um sentimento de insegurança".

"Estamos serenos, mas não impávidos", assegurou Rui Pereira, durante um debate na comissão permanente da Assembleia da República, que substitui o plenário durante as férias parlamentares, sobre a destruição de um hectare de milho transgénico numa herdade em Silves, no Algarve.

O debate abriu com duras críticas da bancada social-democrata à forma de actuação das forças de segurança no caso da invasão da herdade em Silves, com o deputado Miguel Macedo a considerar que se tratou de uma "negação da autoridade do Estado".

"As forças de segurança foram avisadas da ocorrência, mas nada fizeram (...), houve uma negação da autoridade do Estado, as autoridades demitiram-se de fazer respeitar a lei", afirmou Miguel Macedo.

Além disso, acrescentou o deputado social-democrata, a resposta do Governo foi "desastrada", com o ministro da Administração Interna a dizer que "as forças de segurança tinham actuado de forma adequada".

Na sua intervenção, Miguel Macedo fez ainda referência aos fenómenos de criminalidade violenta ocorridos nas últimas semanas, como os assaltos a bancos e o assalto hoje de manhã ao museu da ourivesaria, em Viana do Castelo, considerando que está instalado "um sentimento de insegurança" na população.

"O PSD não quer criar um clima de alarmismo, mas o sentimento de insegurança está instalado", disse, acusando o Governo de assistir a tudo "impávido e sereno".

Na resposta, o ministro da Administração Interna negou as acusações, assegurando que o executivo está "sereno, mas não impávido" e lamentou a "demagogia" da bancada social-democrata.

"Fazer uma ligação entre o que se passou em Silves e em Viana do Castelo é das coisas mais incríveis que ouvi", disse, considerando que o PSD "devia ter uma palavra de reconhecimento e não de demagogia" relativamente ao trabalho das forças de segurança.

"Em Viana do Castelo, a PSP e a PJ deram o peito às balas, cumpriram o seu dever", sublinhou Rui Pereira.

Relativamente ao caso da invasão da herdade em Silves por mais de uma centena de manifestantes que acabaram por destruir parcialmente uma cultura de milho transgénico, Rui Pereira assegurou que "nada falhou" e que "a GNR actuou sem mácula".

"A GNR cumpriu o seu dever em Silves", referiu.

Apesar das garantias dadas por Rui Pereira em resposta à intervenção do PSD, o deputado democrata-cristã Pedro Mota Soares insistiu nas críticas à actuação da GNR, considerando que "todo o dispositivo de segurança falhou".

Pelo BE, o deputado Luís Fazenda fez questão de demarcar "totalmente" o seu partido dos acontecimentos em Silves, salientando que "o combate político à introdução de transgénicos deve ser dirigido contra as multinacionais e os Governos".

O líder parlamentar do PCP, Bernardino Soares, deixou também duras críticas à política do Governo de legalizar culturas transgénicas e acusou a "direita securitária" de apenas utilizar o caso para "cavalgar a ideia de falta de actuação das forças de segurança e exigir intervenções mais musculadas".

"Entretanto, já procuram alguns alargar este debate para a dramatização de uma situação de aumento grave da criminalidade, criando, aliás, uma situação de alarme social", acusou o deputado comunista.

O deputado do partido ecologista Os Verdes Francisco Madeira Lopes centrou igualmente a sua intervenção na legalização dos transgénicos, classificando-a como "lamentável".

VAM.

Lusa/fim

Lisboa, 06 Set (Lusa) - O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, disse hoje que o Governo está "sereno, mas não impávido" perante os recentes fenómenos de criminalidade grave, numa resposta às acusações do PSD de que está instalado "um sentimento de insegurança".

"Estamos serenos, mas não impávidos", assegurou Rui Pereira, durante um debate na comissão permanente da Assembleia da República, que substitui o plenário durante as férias parlamentares, sobre a destruição de um hectare de milho transgénico numa herdade em Silves, no Algarve.

O debate abriu com duras críticas da bancada social-democrata à forma de actuação das forças de segurança no caso da invasão da herdade em Silves, com o deputado Miguel Macedo a considerar que se tratou de uma "negação da autoridade do Estado".

"As forças de segurança foram avisadas da ocorrência, mas nada fizeram (...), houve uma negação da autoridade do Estado, as autoridades demitiram-se de fazer respeitar a lei", afirmou Miguel Macedo.

Além disso, acrescentou o deputado social-democrata, a resposta do Governo foi "desastrada", com o ministro da Administração Interna a dizer que "as forças de segurança tinham actuado de forma adequada".

Na sua intervenção, Miguel Macedo fez ainda referência aos fenómenos de criminalidade violenta ocorridos nas últimas semanas, como os assaltos a bancos e o assalto hoje de manhã ao museu da ourivesaria, em Viana do Castelo, considerando que está instalado "um sentimento de insegurança" na população.

"O PSD não quer criar um clima de alarmismo, mas o sentimento de insegurança está instalado", disse, acusando o Governo de assistir a tudo "impávido e sereno".

Na resposta, o ministro da Administração Interna negou as acusações, assegurando que o executivo está "sereno, mas não impávido" e lamentou a "demagogia" da bancada social-democrata.

"Fazer uma ligação entre o que se passou em Silves e em Viana do Castelo é das coisas mais incríveis que ouvi", disse, considerando que o PSD "devia ter uma palavra de reconhecimento e não de demagogia" relativamente ao trabalho das forças de segurança.

"Em Viana do Castelo, a PSP e a PJ deram o peito às balas, cumpriram o seu dever", sublinhou Rui Pereira.

Relativamente ao caso da invasão da herdade em Silves por mais de uma centena de manifestantes que acabaram por destruir parcialmente uma cultura de milho transgénico, Rui Pereira assegurou que "nada falhou" e que "a GNR actuou sem mácula".

"A GNR cumpriu o seu dever em Silves", referiu.

Apesar das garantias dadas por Rui Pereira em resposta à intervenção do PSD, o deputado democrata-cristã Pedro Mota Soares insistiu nas críticas à actuação da GNR, considerando que "todo o dispositivo de segurança falhou".

Pelo BE, o deputado Luís Fazenda fez questão de demarcar "totalmente" o seu partido dos acontecimentos em Silves, salientando que "o combate político à introdução de transgénicos deve ser dirigido contra as multinacionais e os Governos".

O líder parlamentar do PCP, Bernardino Soares, deixou também duras críticas à política do Governo de legalizar culturas transgénicas e acusou a "direita securitária" de apenas utilizar o caso para "cavalgar a ideia de falta de actuação das forças de segurança e exigir intervenções mais musculadas".

"Entretanto, já procuram alguns alargar este debate para a dramatização de uma situação de aumento grave da criminalidade, criando, aliás, uma situação de alarme social", acusou o deputado comunista.

O deputado do partido ecologista Os Verdes Francisco Madeira Lopes centrou igualmente a sua intervenção na legalização dos transgénicos, classificando-a como "lamentável".

VAM.

Lusa/fim

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