HORIZONTALMENTE: Esquerda de Confiança

02-10-2009
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Por princípio acredito que a posição política revolucionária não tira grandes vantagens ao enfatizar certo tipo de contradições de membros da classe política burguesa, até porque estas são uma componente da sua essência.O caso do BE é contudo diferente porque vai sendo tempo de desmascarar uma força política que se apresenta, e é apresentada, como progressista, de esquerda e popular. Que diz estar ao lado dos trabalhadores e das camadas exploradas. De facto, por trás desta fachada simpática, descontraída e jovial está uma realidade bem diferente, à qual a hipocrisia, dissimulação e o disfarce aliados a uma promoção incessante pela comunicação social garantiram relativo sucesso eleitoral e alguma capacidade de boicote de algumas lutas do povo e dos trabalhadores portugueses.Não podemos esquecer a posição e origem social da maioria dos seus dirigentes e da sua base social de apoio, as pequenas histórias de traição e hipocrisia que todos os que lutam diariamente por uma vida melhor conhecem ou a promoção descarada e sintomática que lhes é abonada diariamente pela comunicação social capitalista.Contudo, hoje a questão do Plano Poupança-Reforma do Louçã tem de ser denunciada. A desorientação das figuras afectas ao BE na blogosfera é notória e vimos pela primeira vez o eloquente Francisco Louçã a gaguejar quando nos falava carinhosamente no seu PPR. De facto Louçã, Portas e Rosas têm direito a ter PPR’s como qualquer burguês, assim como Ana Drago e Joana Amaral Dias podem comprar as acções que quiserem. Isto poderia levar-nos a denunciar que a origem social dos dirigentes de um partido de esquerda não pode ser a que estes cinco exemplares, por exemplo, têm. Os trabalhadores e o povo não precisarão da benevolência destes filhos de latifundiários e membros da pequena burguesia para se emanciparem. Mas isto fica para a próxima. Vejamos o que diz o Programa do BE:“O crescimento do sector financeiro é também o outro lado das políticas de esvaziamento da provisão pública: por exemplo, ao atrofiamento da acção social escolar, do Serviço Nacional de Saúde e da Segurança Social pública correspondem a promoção de empréstimos bancários aos estudantes do ensino superior, de seguros de saúde e de planos poupança reforma.”A questão não está naquilo que o BE lá defende para os PPR’s (Devem ser eliminados integralmente todos os incentivos fiscais aos produtos privados de poupança para a reforma ou às despesas em educação ou de saúde, nas áreas em que haja oferta pública), mas sim na análise, justa de resto, em que é denunciado o carácter anti-social do investimento nos PPR´s. Não estou minimamente preocupado ou interessado com a credibilidade e coerência cosméticas do BE, mas é fundamental denunciar estas situações. Não porque considere muito significativa em termos numéricos, e ainda menos em termos sociais e de agitação, aqueles que estariam indecisos entre votar no BE ou na CDU mas porque a comunicação social e o próprio BE, cada vez mais, tentam fazer uma aproximação, cosmética como tudo neles claro está, com as posições verdadeiramente progressistas e democráticas da CDU, sempre com o intuito de boicotar a luta do povo português.


Por princípio acredito que a posição política revolucionária não tira grandes vantagens ao enfatizar certo tipo de contradições de membros da classe política burguesa, até porque estas são uma componente da sua essência.O caso do BE é contudo diferente porque vai sendo tempo de desmascarar uma força política que se apresenta, e é apresentada, como progressista, de esquerda e popular. Que diz estar ao lado dos trabalhadores e das camadas exploradas. De facto, por trás desta fachada simpática, descontraída e jovial está uma realidade bem diferente, à qual a hipocrisia, dissimulação e o disfarce aliados a uma promoção incessante pela comunicação social garantiram relativo sucesso eleitoral e alguma capacidade de boicote de algumas lutas do povo e dos trabalhadores portugueses.Não podemos esquecer a posição e origem social da maioria dos seus dirigentes e da sua base social de apoio, as pequenas histórias de traição e hipocrisia que todos os que lutam diariamente por uma vida melhor conhecem ou a promoção descarada e sintomática que lhes é abonada diariamente pela comunicação social capitalista.Contudo, hoje a questão do Plano Poupança-Reforma do Louçã tem de ser denunciada. A desorientação das figuras afectas ao BE na blogosfera é notória e vimos pela primeira vez o eloquente Francisco Louçã a gaguejar quando nos falava carinhosamente no seu PPR. De facto Louçã, Portas e Rosas têm direito a ter PPR’s como qualquer burguês, assim como Ana Drago e Joana Amaral Dias podem comprar as acções que quiserem. Isto poderia levar-nos a denunciar que a origem social dos dirigentes de um partido de esquerda não pode ser a que estes cinco exemplares, por exemplo, têm. Os trabalhadores e o povo não precisarão da benevolência destes filhos de latifundiários e membros da pequena burguesia para se emanciparem. Mas isto fica para a próxima. Vejamos o que diz o Programa do BE:“O crescimento do sector financeiro é também o outro lado das políticas de esvaziamento da provisão pública: por exemplo, ao atrofiamento da acção social escolar, do Serviço Nacional de Saúde e da Segurança Social pública correspondem a promoção de empréstimos bancários aos estudantes do ensino superior, de seguros de saúde e de planos poupança reforma.”A questão não está naquilo que o BE lá defende para os PPR’s (Devem ser eliminados integralmente todos os incentivos fiscais aos produtos privados de poupança para a reforma ou às despesas em educação ou de saúde, nas áreas em que haja oferta pública), mas sim na análise, justa de resto, em que é denunciado o carácter anti-social do investimento nos PPR´s. Não estou minimamente preocupado ou interessado com a credibilidade e coerência cosméticas do BE, mas é fundamental denunciar estas situações. Não porque considere muito significativa em termos numéricos, e ainda menos em termos sociais e de agitação, aqueles que estariam indecisos entre votar no BE ou na CDU mas porque a comunicação social e o próprio BE, cada vez mais, tentam fazer uma aproximação, cosmética como tudo neles claro está, com as posições verdadeiramente progressistas e democráticas da CDU, sempre com o intuito de boicotar a luta do povo português.

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