Pelos caminhos de Portugal: O momento da semana

23-03-2005
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Tendo arranjado um emprego (coisa rara, nos dias que correm) estive ausente numa sessão de formação, não tento tido tempo livre sequer para me manter actualizado. Não resisti contudo a fazer uma pausa quando me disseram que iria dar na SIC-N um frente-a-frente entre Francisco Louçã e Paulo Portas. Estava ansioso por este momento já desde o tempo em que a SIC exibiu um programa deste tipo sem ter o representante do Bloco de Esquerda. Agora vejo como essa ansiedade era mais que justificada.Este foi, sem dúvida, um dos melhores dos últimos anos. Louçã é acutilante e frontal. Portas é inteligente e manhoso. O debate foi, portanto, muito equilibrado, mantendo sempre um ritmo alucinante de ataques e contra-ataques. A vitória pertence no entanto a Louçã. Por um motivo simples: manteve-se fiel aos factos e à verdade, não alinhando na ronda de ataques pessoais que Portas protagonizou no seu triste episódio de auto-vitimização (a famosa cena em que diz, de dedo em riste, que não admite que Louçã lhe aponte o dedo, foi hilariante). Quanto ao último comentário, penso que foi um pouco infeliz, por ter constituído uma excepção à regra que enunciei. Mas também não consigo conceber melhor resposta à acusação proferida por Portas. E uma coisa é certa: não pode ser admissível uma pessoa dizer a outra num debate que "não é a favor da vida".

Tendo arranjado um emprego (coisa rara, nos dias que correm) estive ausente numa sessão de formação, não tento tido tempo livre sequer para me manter actualizado. Não resisti contudo a fazer uma pausa quando me disseram que iria dar na SIC-N um frente-a-frente entre Francisco Louçã e Paulo Portas. Estava ansioso por este momento já desde o tempo em que a SIC exibiu um programa deste tipo sem ter o representante do Bloco de Esquerda. Agora vejo como essa ansiedade era mais que justificada.Este foi, sem dúvida, um dos melhores dos últimos anos. Louçã é acutilante e frontal. Portas é inteligente e manhoso. O debate foi, portanto, muito equilibrado, mantendo sempre um ritmo alucinante de ataques e contra-ataques. A vitória pertence no entanto a Louçã. Por um motivo simples: manteve-se fiel aos factos e à verdade, não alinhando na ronda de ataques pessoais que Portas protagonizou no seu triste episódio de auto-vitimização (a famosa cena em que diz, de dedo em riste, que não admite que Louçã lhe aponte o dedo, foi hilariante). Quanto ao último comentário, penso que foi um pouco infeliz, por ter constituído uma excepção à regra que enunciei. Mas também não consigo conceber melhor resposta à acusação proferida por Portas. E uma coisa é certa: não pode ser admissível uma pessoa dizer a outra num debate que "não é a favor da vida".

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