Pulo do Lobo: As vantagens de saber economia (II)

23-11-2005
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Francisco Louçã sabe de economia. Talvez por isso tenha eleito a economia a prioridade do seu ‘programa’ para a Presidência da República. Crescimento fraco e elevado desemprego são dois problemas identificados no seu manifesto eleitoral.

O fraco crescimento da economia portuguesa deve-se, em grande parte, a um débil crescimento da produtividade e este está associado ao elevado peso dos sectores que utilizam tecnologias baseadas em trabalho pouco qualificado. Assim, a saída da actual crise passa pela substituição das empresas daqueles sectores por empresas mais inovadoras e competitivas nos mercados internacionais. Ou por novas elites económicas, nas palavras de Francisco Louçã.

O desemprego é já muito elevado e deverá continuar a aumentar, mesmo que a economia portuguesa encontre a saída para a crise. Isto porque, numa economia de mercado, os desempregados dos sectores em crise não poderão ser transferidos para os novos sectores sem antes passarem por um processo de requalificação. No entanto, Francisco Louçã, que sabe que é assim, sugere que este problema pode ser ultrapassado com o abandono da obsessão pelo défice. Convinha que esclarecesse o sentido destas palavras. Estará por acaso a sugerir que deverá ser o Estado a representar o papel das novas elites económicas, absorvendo os cerca de 500 000 desempregados?

Francisco Louçã afirma no seu manifesto que “todos os candidatos têm uma responsabilidade primeira: dizerem quais são as suas escolhas.” Ficamos então à espera que nos diga, olhos nos olhos, se é com um sistema de planeamento central à soviética que nos irá garantir um futuro radioso ou se acredita na economia de mercado.

Francisco Louçã sabe de economia. Talvez por isso tenha eleito a economia a prioridade do seu ‘programa’ para a Presidência da República. Crescimento fraco e elevado desemprego são dois problemas identificados no seu manifesto eleitoral.

O fraco crescimento da economia portuguesa deve-se, em grande parte, a um débil crescimento da produtividade e este está associado ao elevado peso dos sectores que utilizam tecnologias baseadas em trabalho pouco qualificado. Assim, a saída da actual crise passa pela substituição das empresas daqueles sectores por empresas mais inovadoras e competitivas nos mercados internacionais. Ou por novas elites económicas, nas palavras de Francisco Louçã.

O desemprego é já muito elevado e deverá continuar a aumentar, mesmo que a economia portuguesa encontre a saída para a crise. Isto porque, numa economia de mercado, os desempregados dos sectores em crise não poderão ser transferidos para os novos sectores sem antes passarem por um processo de requalificação. No entanto, Francisco Louçã, que sabe que é assim, sugere que este problema pode ser ultrapassado com o abandono da obsessão pelo défice. Convinha que esclarecesse o sentido destas palavras. Estará por acaso a sugerir que deverá ser o Estado a representar o papel das novas elites económicas, absorvendo os cerca de 500 000 desempregados?

Francisco Louçã afirma no seu manifesto que “todos os candidatos têm uma responsabilidade primeira: dizerem quais são as suas escolhas.” Ficamos então à espera que nos diga, olhos nos olhos, se é com um sistema de planeamento central à soviética que nos irá garantir um futuro radioso ou se acredita na economia de mercado.

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