Jornal em Directo

23-03-2005
marcar artigo

O dirigente do Bloco de Esquerda Francisco Louçã atacou a CDU pela primeira vez, num comício realizado segunda- feira à noite, ao criticar a "esquerda fria, do autoritarismo, da obediência e da exclusão".

As afirmações do dirigente do BE, no maior comício realizado nesta campanha pelo Bloco, que reuniu largas centenas de apoiantes em Braga, ocorreram na sequência das acusações feitas por Jerónimo de Sousa, líder dos comunistas, ao Bloco.

Jerónimo de Sousa classificou o Bloco de Esquerda como "depósito geral de adidos" por acolher nas suas listas oito renovadores comunistas, a quem chamou "alguns zangados com a vida".

No palco do auditório do Pavilhão de Exposições de Braga, praticamente cheio, Louçã falou da força da "esquerda nova deste país", que "está a incomodar algumas pessoas", em contraponto com a tal "esquerda fria".

Mais tarde, quando questionado pelos jornalistas, o dirigente bloquista disse que "a exclusão leva ao empobrecimento dos partidos políticos" e que ninguém deve ser afastado ou expulso por defender as suas ideias.

Mas o candidato do BE foi mais longe, ao criticar ainda a "esquerda gelada, cínica, que acha que a esquerda ganha se a direita cair por si", numa alusão ao PS.

"Queremos uma esquerda quente, intransigente contra a injustiça", acrescentou Francisco Louçã.

Francisco Louçã considerou igualmente que o PS "não está pronto para o combate à corrupção, para promover a reforma fiscal ou para enfrentar as indústrias farmacêuticas, a associação de farmácias e as clínicas privadas".

"O Bloco está pronto para isso", acrescentou.

Louçã, que na tarde de segunda-feira disse suspeitar que o PSD e o PP tinham suspendido as suas campanhas para aproveitamento político da morte da irmã Lúcia, foi bem mais claro no comício da noite, quando criticou a "baixeza de se aproveitarem do luto para fazer campanha, nada dizendo sobre essa campanha".

E reafirmou a sua ambição de colocar o BE como terceiro partido nacional, "para ganhar o país".

Quando questionado, no final do comício, sobre se o PS poderia tentar acordar com partidos de direita a viabilização de um governo sem maioria absoluta, o dirigente do BE considerou que "os seus eleitores dificilmente aceitariam que se reconstituísse um acordo com o PP (como aconteceu nos tempos de António Guterres".

"Seria um escândalo", frisou.

Mas se Louçã foi mais directo do que o habitual nas alusões aos partidos de esquerda - nunca tinha feito qualquer referência à CDU, como se ela não existisse - o cabeça-de-lista do BE por Braga, Pedro Soares, foi directo no ataque aos partidos de direita.

"No Minho chamamos os bois pelos nomes. E os bois têm nomes: são o PSD e o CDS/PP", disse Pedro Soares, numa responsabilização daqueles partidos pela crise.

Dando como certo que o PS vai ganhar, Pedro Soares recordou que este partido domina a Câmara de Braga há vários mandatos.

"Sabemos que eles também não são de fiar", defendeu.

"Em Braga existe claramente o famoso triângulo de promiscuidade entre câmara, clubes de futebol e empresas de construção civil. E é o PS que manda aqui", frisou.

O comício de Braga foi o maior da campanha bloquista mas foi também o mais vigiado, devido a uma equipa de seguranças - todos militantes do partido, segundo a direcção do BE - criada para prevenir alegadas provocações que alegadamente estariam a ser preparadas.

Para além da enchente, o Bloco contou com o apoio declarado de uma figura especial, Pedro Abrunhosa, que, depois de cantar vários temas e de bandeira em punho, adaptou a sua música "Longas são as noites" para dizer que espera uma longa noite em 20 de Fevereiro, finda a qual gostaria de ver um deputado do BE eleito por Braga.

Com esta concentração, Louçã pôs fim a mais um dia de campanha, no qual contactou com a administração do Hospital de S. Marcos, em Braga, onde criticou a política de privatização as unidades de saúde postas em prática por este Governo.

O dirigente do Bloco de Esquerda Francisco Louçã atacou a CDU pela primeira vez, num comício realizado segunda- feira à noite, ao criticar a "esquerda fria, do autoritarismo, da obediência e da exclusão".

As afirmações do dirigente do BE, no maior comício realizado nesta campanha pelo Bloco, que reuniu largas centenas de apoiantes em Braga, ocorreram na sequência das acusações feitas por Jerónimo de Sousa, líder dos comunistas, ao Bloco.

Jerónimo de Sousa classificou o Bloco de Esquerda como "depósito geral de adidos" por acolher nas suas listas oito renovadores comunistas, a quem chamou "alguns zangados com a vida".

No palco do auditório do Pavilhão de Exposições de Braga, praticamente cheio, Louçã falou da força da "esquerda nova deste país", que "está a incomodar algumas pessoas", em contraponto com a tal "esquerda fria".

Mais tarde, quando questionado pelos jornalistas, o dirigente bloquista disse que "a exclusão leva ao empobrecimento dos partidos políticos" e que ninguém deve ser afastado ou expulso por defender as suas ideias.

Mas o candidato do BE foi mais longe, ao criticar ainda a "esquerda gelada, cínica, que acha que a esquerda ganha se a direita cair por si", numa alusão ao PS.

"Queremos uma esquerda quente, intransigente contra a injustiça", acrescentou Francisco Louçã.

Francisco Louçã considerou igualmente que o PS "não está pronto para o combate à corrupção, para promover a reforma fiscal ou para enfrentar as indústrias farmacêuticas, a associação de farmácias e as clínicas privadas".

"O Bloco está pronto para isso", acrescentou.

Louçã, que na tarde de segunda-feira disse suspeitar que o PSD e o PP tinham suspendido as suas campanhas para aproveitamento político da morte da irmã Lúcia, foi bem mais claro no comício da noite, quando criticou a "baixeza de se aproveitarem do luto para fazer campanha, nada dizendo sobre essa campanha".

E reafirmou a sua ambição de colocar o BE como terceiro partido nacional, "para ganhar o país".

Quando questionado, no final do comício, sobre se o PS poderia tentar acordar com partidos de direita a viabilização de um governo sem maioria absoluta, o dirigente do BE considerou que "os seus eleitores dificilmente aceitariam que se reconstituísse um acordo com o PP (como aconteceu nos tempos de António Guterres".

"Seria um escândalo", frisou.

Mas se Louçã foi mais directo do que o habitual nas alusões aos partidos de esquerda - nunca tinha feito qualquer referência à CDU, como se ela não existisse - o cabeça-de-lista do BE por Braga, Pedro Soares, foi directo no ataque aos partidos de direita.

"No Minho chamamos os bois pelos nomes. E os bois têm nomes: são o PSD e o CDS/PP", disse Pedro Soares, numa responsabilização daqueles partidos pela crise.

Dando como certo que o PS vai ganhar, Pedro Soares recordou que este partido domina a Câmara de Braga há vários mandatos.

"Sabemos que eles também não são de fiar", defendeu.

"Em Braga existe claramente o famoso triângulo de promiscuidade entre câmara, clubes de futebol e empresas de construção civil. E é o PS que manda aqui", frisou.

O comício de Braga foi o maior da campanha bloquista mas foi também o mais vigiado, devido a uma equipa de seguranças - todos militantes do partido, segundo a direcção do BE - criada para prevenir alegadas provocações que alegadamente estariam a ser preparadas.

Para além da enchente, o Bloco contou com o apoio declarado de uma figura especial, Pedro Abrunhosa, que, depois de cantar vários temas e de bandeira em punho, adaptou a sua música "Longas são as noites" para dizer que espera uma longa noite em 20 de Fevereiro, finda a qual gostaria de ver um deputado do BE eleito por Braga.

Com esta concentração, Louçã pôs fim a mais um dia de campanha, no qual contactou com a administração do Hospital de S. Marcos, em Braga, onde criticou a política de privatização as unidades de saúde postas em prática por este Governo.

marcar artigo