Dêem-me um sacana à moda antigaComo nos filmes de outras erasDaqueles que vestiam a sacanice e a assumiamE olhando se reconhecia e temiaFato e sacana.Hoje há sacaninhasBetinhos com caras de sonsosVozes delicadas, boas maneirasAprumados, bem-educadosBem vestidos, bem comportadosFrágeis como donzelasUsam tretas freudianas à lapelaNão são filhos da putaSão filhinhos da mamã.Até na sacanice este país se tornou pequeninoPouca coisa, mesquinho.Temos os sacanas que merecemos.Ah quem me dera um sacana à moda antigaE não estes piolhos que por aí pululamCom sacanices todas iguais, globalizadasQue só fazem comichão não dão tesãoTão frágeis, tão indefesos e pequeninosQue se tem medo que quebrem e se partamSe levarem uma simples lambada.Desenho: André Rocha - A Persistência do Traço
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Dêem-me um sacana à moda antigaComo nos filmes de outras erasDaqueles que vestiam a sacanice e a assumiamE olhando se reconhecia e temiaFato e sacana.Hoje há sacaninhasBetinhos com caras de sonsosVozes delicadas, boas maneirasAprumados, bem-educadosBem vestidos, bem comportadosFrágeis como donzelasUsam tretas freudianas à lapelaNão são filhos da putaSão filhinhos da mamã.Até na sacanice este país se tornou pequeninoPouca coisa, mesquinho.Temos os sacanas que merecemos.Ah quem me dera um sacana à moda antigaE não estes piolhos que por aí pululamCom sacanices todas iguais, globalizadasQue só fazem comichão não dão tesãoTão frágeis, tão indefesos e pequeninosQue se tem medo que quebrem e se partamSe levarem uma simples lambada.Desenho: André Rocha - A Persistência do Traço