Erotismo na Cidade: Eu, poeta? Não sou!

19-07-2005
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A poesia é completamente inútil!Eu que o diga que a penso todo o dia.É tão inútil como um fogãoEm casa de quem não tem comerComo um livro em casa de quem não sabe lerComo uma sanita, um autoclismoNum dia sem água.O Camões era grande, perdeu um olhoE a maior obra que escreveuNão passou de uma encomenda.A Florbela era grande e suicidou-seE o Pessoa fazia terapia para ver se se juntava.Não me falem dos prós da poesiaConheço os contras.Não me falem da necessidade de haver poetas.Se o fosse renegava-me agora mesmo,Assinava uma declaração dizendo:Que se lixe a poesia, coisa inútil e desnecessária.Eu, poeta?Não sou!Foto: Patric Shaw

A poesia é completamente inútil!Eu que o diga que a penso todo o dia.É tão inútil como um fogãoEm casa de quem não tem comerComo um livro em casa de quem não sabe lerComo uma sanita, um autoclismoNum dia sem água.O Camões era grande, perdeu um olhoE a maior obra que escreveuNão passou de uma encomenda.A Florbela era grande e suicidou-seE o Pessoa fazia terapia para ver se se juntava.Não me falem dos prós da poesiaConheço os contras.Não me falem da necessidade de haver poetas.Se o fosse renegava-me agora mesmo,Assinava uma declaração dizendo:Que se lixe a poesia, coisa inútil e desnecessária.Eu, poeta?Não sou!Foto: Patric Shaw

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