BLOCO DE 15: TEATROS

03-10-2009
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Falar no combate às dependências é algo que a responsabilidade nos deveria impor uma seriedade para além do capricho pela forma textual, sobretudo quando se tem a convicção de que o conteúdo se arrisca à superficialidade plástica.Ninguém em pleno uso de consciência pode deixar de entender que dos vícios do consumo de droga e álcool resulta inevitavelmente mais insegurança, tal como ninguém em nome da verdade pode indicar um país democrático deste mundo como exemplo da prática de uma medida ou política, também elas democráticas, capazes de sanar definitivamente o flagelo ou, sequer, de reduzi-lo em significativa escala.Desde a famigerada candidatura da Dr.ª Berta Cabral à Câmara de Ponta Delgada que ouço falar na garantia de uma polícia municipal - promessa que depois se ficou pela apresentação de um mero pedido ao governo da República - como se só pela repressão e pela autoridade pudéssemos por termo à já considerada doença social do século XXI.Como diz e bem Francisco Lopes, “para aqueles que não se conformam com a perspectiva do Homem como ser alienado, diminuído, subjugado ou destruído pela toxicodependência, independentemente de todos os debates sobre as melhores estratégias a desenvolver, coloca-se sempre como necessidade o ataque às causas sociais que estão na base da sua expansão, a prevenção de modo a evitar a proliferação do fenómeno, o tratamento dos toxicodependentes com os meios, as infra-estruturas e os quadros necessários, a investigação científica que possa tornar mais eficaz a recuperação e os programas de reinserção social que permitam a sua reintegração na vida.”Avaliar o reconhecimento do insucesso no difícil combate às dependências nos Açores apenas como teatro "das campanhss comicieiras" é não querer entender a necessidade de evolução das consciências a todos os níveis da sociedade, é desconhecer que a educação para a vida não depende só dos governos, é ignorar que há valores e princípios que não têm nem podem ter partido. É, sobretudo, disfarçar com estilo, diga-se, que não se tem ideias, nem soluções, nem propostas sérias para atenuar tão grande mal. Daí a pomposidade.É que de nada serve armar em examinador de consciências quando a intenção é esconder a alma.


Falar no combate às dependências é algo que a responsabilidade nos deveria impor uma seriedade para além do capricho pela forma textual, sobretudo quando se tem a convicção de que o conteúdo se arrisca à superficialidade plástica.Ninguém em pleno uso de consciência pode deixar de entender que dos vícios do consumo de droga e álcool resulta inevitavelmente mais insegurança, tal como ninguém em nome da verdade pode indicar um país democrático deste mundo como exemplo da prática de uma medida ou política, também elas democráticas, capazes de sanar definitivamente o flagelo ou, sequer, de reduzi-lo em significativa escala.Desde a famigerada candidatura da Dr.ª Berta Cabral à Câmara de Ponta Delgada que ouço falar na garantia de uma polícia municipal - promessa que depois se ficou pela apresentação de um mero pedido ao governo da República - como se só pela repressão e pela autoridade pudéssemos por termo à já considerada doença social do século XXI.Como diz e bem Francisco Lopes, “para aqueles que não se conformam com a perspectiva do Homem como ser alienado, diminuído, subjugado ou destruído pela toxicodependência, independentemente de todos os debates sobre as melhores estratégias a desenvolver, coloca-se sempre como necessidade o ataque às causas sociais que estão na base da sua expansão, a prevenção de modo a evitar a proliferação do fenómeno, o tratamento dos toxicodependentes com os meios, as infra-estruturas e os quadros necessários, a investigação científica que possa tornar mais eficaz a recuperação e os programas de reinserção social que permitam a sua reintegração na vida.”Avaliar o reconhecimento do insucesso no difícil combate às dependências nos Açores apenas como teatro "das campanhss comicieiras" é não querer entender a necessidade de evolução das consciências a todos os níveis da sociedade, é desconhecer que a educação para a vida não depende só dos governos, é ignorar que há valores e princípios que não têm nem podem ter partido. É, sobretudo, disfarçar com estilo, diga-se, que não se tem ideias, nem soluções, nem propostas sérias para atenuar tão grande mal. Daí a pomposidade.É que de nada serve armar em examinador de consciências quando a intenção é esconder a alma.

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