meia laranja: A condução e o "tablier"

07-10-2009
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Francisco Lopes e os seus ajudantes, tirando os intervalos onde se divertem em ostensivas tainadas, andam tão absorvidos a arranjar “tachinhos” para a família que não lhes deve sobrar tempo para pensar e governar.Tirando a gestão corrente que é garantida pelos funcionários municipais, ainda não apresentaram um projecto ou uma ideia nova. Ninguém sabe o que eles pensam e para onde querem levar Lamego. Uma linha de rumo, um objectivo colectivo que mobilize os agentes de desenvolvimento, é coisa que ainda não lhes ouvimos propor.Sabemos que boa parte das pessoas acha que isto é coisa de somenos e que é conversa barata. Sabemos, também, que no dia em que for visível à vista desarmada e perceptível por todos aquilo que são já os primeiros indícios de desmobilização empresarial, de desmotivação no investimento, de desorientação dos agentes mais dinâmicos da sociedade, de indefinição perante o conceito e função de cidade que queremos para o futuro, os mesmos se limitarão a lamentar e carpir mágoas à sombra da destruída auto-estima colectiva.Lamego conheceu, nos últimos 15 anos, o maior crescimento da sua história. Venderam-nos a ideia que isso foi apenas esforço dos empresários. Então e antes disso andavam apáticos? E, agora, porque estão a desmobilizar? Não acreditam? Falem com eles. Nos últimos anos, Lamego, captou investimentos interessantes para fazer face à crise da monocultura da vinha que dominava e ainda domina a economia do concelho. Lacticínios Paiva, Symington, Caves do Cabouco, Rozés, Fumeiros Porfírios, Residouro, Hotel Lamego, Pousada de Vale Abraão, ampliação e modernização da Raposeira (estando prevista a construção de um Hotel de 5 estrelas), para além de muitas outras pequenas e médias empresas que se foram instalando pelo concelho (só em Várzea já lá estão uma boa meia dúzia). Muitos acharam que tudo isto foi obra e graça do Espírito Santo. Então e agora? O Espírito Santo entrou em greve? Em 8 meses, nem ao menos o anúncio de uma pequena mercearia?Também, nesse mesmo passado, Lamego não só não perdeu nenhuma das suas instituições, como conquistou novas. Coordenação de Área Educativa, Escola de Hotelaria e Turismo, Escola Superior de Educação. Foi pouco? Então e agora que em vez de se ganhar se perde a Maternidade, a Casa de Cultura, a Escola de Ensino Especial, etc?É obvio que estas diferenças não são resultado (apenas) da gestão corrente do município. A diferença está no projecto político que se defende (ou na sua ausência). No modelo de concelho que se pretende, no rumo que se pretende imprimir (ou na sua ausência).Imaginem dois condutores. Ambos sabem conduzir. Ambos estão sentados ao volante do seu automóvel. Um sabe para onde vai, o outro nem por isso. O primeiro arranca e passadas umas horas, bem ou mal, chega ao seu destino. O segundo nem sequer saiu do mesmo sítio, limitou-se a pegar no pano do pó e a limpar o “tablier”.

Francisco Lopes e os seus ajudantes, tirando os intervalos onde se divertem em ostensivas tainadas, andam tão absorvidos a arranjar “tachinhos” para a família que não lhes deve sobrar tempo para pensar e governar.Tirando a gestão corrente que é garantida pelos funcionários municipais, ainda não apresentaram um projecto ou uma ideia nova. Ninguém sabe o que eles pensam e para onde querem levar Lamego. Uma linha de rumo, um objectivo colectivo que mobilize os agentes de desenvolvimento, é coisa que ainda não lhes ouvimos propor.Sabemos que boa parte das pessoas acha que isto é coisa de somenos e que é conversa barata. Sabemos, também, que no dia em que for visível à vista desarmada e perceptível por todos aquilo que são já os primeiros indícios de desmobilização empresarial, de desmotivação no investimento, de desorientação dos agentes mais dinâmicos da sociedade, de indefinição perante o conceito e função de cidade que queremos para o futuro, os mesmos se limitarão a lamentar e carpir mágoas à sombra da destruída auto-estima colectiva.Lamego conheceu, nos últimos 15 anos, o maior crescimento da sua história. Venderam-nos a ideia que isso foi apenas esforço dos empresários. Então e antes disso andavam apáticos? E, agora, porque estão a desmobilizar? Não acreditam? Falem com eles. Nos últimos anos, Lamego, captou investimentos interessantes para fazer face à crise da monocultura da vinha que dominava e ainda domina a economia do concelho. Lacticínios Paiva, Symington, Caves do Cabouco, Rozés, Fumeiros Porfírios, Residouro, Hotel Lamego, Pousada de Vale Abraão, ampliação e modernização da Raposeira (estando prevista a construção de um Hotel de 5 estrelas), para além de muitas outras pequenas e médias empresas que se foram instalando pelo concelho (só em Várzea já lá estão uma boa meia dúzia). Muitos acharam que tudo isto foi obra e graça do Espírito Santo. Então e agora? O Espírito Santo entrou em greve? Em 8 meses, nem ao menos o anúncio de uma pequena mercearia?Também, nesse mesmo passado, Lamego não só não perdeu nenhuma das suas instituições, como conquistou novas. Coordenação de Área Educativa, Escola de Hotelaria e Turismo, Escola Superior de Educação. Foi pouco? Então e agora que em vez de se ganhar se perde a Maternidade, a Casa de Cultura, a Escola de Ensino Especial, etc?É obvio que estas diferenças não são resultado (apenas) da gestão corrente do município. A diferença está no projecto político que se defende (ou na sua ausência). No modelo de concelho que se pretende, no rumo que se pretende imprimir (ou na sua ausência).Imaginem dois condutores. Ambos sabem conduzir. Ambos estão sentados ao volante do seu automóvel. Um sabe para onde vai, o outro nem por isso. O primeiro arranca e passadas umas horas, bem ou mal, chega ao seu destino. O segundo nem sequer saiu do mesmo sítio, limitou-se a pegar no pano do pó e a limpar o “tablier”.

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