meia laranja: Odorico Paraguaçu

07-10-2009
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Na apresentação da próxima edição da “bienal da prata” de Lamego, o Dr. Agostinho Ribeiro lamentou o facto desta próxima edição não estar a ser acarinhada, pela Câmara Municipal de Lamego, como era habitual.Francisco Lopes, recentemente, regressado do país dos coronéis, não gostou e perdeu as estribeiras. Vai daí e já anunciou que não irá permitir que a anunciada “bienal” se realize, em Lamego. Garantem-nos que já terá escrito, ou vai escrever, a meio mundo para que ninguém apoie aquele certame.O homem já tinha transformado a Câmara num espécie de asilo familiar, tal é quantidade de sobrinhos e enteados, de gente do seu “staff”, a quem tem dado abrigo nos Paços do Concelho. Agora, quer ir mais longe, quer transformar Lamego numa espécie de Fazenda baiana , tipo Sucupira.Sucupira foi uma cidade imaginada por Dias Gomes na sua obra-prima “O bem amado” e que era o protótipo perfeito do Brasil rural dos finais dos anos sessenta, princípio do anos setenta. Essa cidade, fictícia, era governada por um tal Odorico Paraguaçu que tinha um assessor (Seu Dirceu Borboleta) e três secretárias (Juju, Dô e Zuzu). Odorico Paraguaçu era o senhor todo-poderoso das terras de Sucupira e podia tudo, menos concretizar o seu grande sonho: inaugurar o cemitério municipal (a sua grande obra). É aqui que entra o célebre Zeca Diabo que a soldo de Odorico se entregou a todo o tipo de trabalhos, mas em vão, para tentar conseguir o primeiro “cliente” para o cemitério. As venturas e desventuras do senhor de Sucupira eram acompanhadas, até ao mais ínfimo pormenor, pelo pasquim sensacionalista lá do sítio: “A Trombeta” do escriba Neco da Pedreira...Mas voltando à história dos “maus humores” de Francisco Lopes. Há pouco, no café, um amigo, perguntava-me depois de ouvirmos incrédulos a história da “bienal da prata”: “afinal, arranjamos um Presidente de Câmara ou contratamos um coveiro?”. Foi, aqui, que nos lembramos de Sucupira e do seu inenarrável Prefeito, Odorico Paraguaçu.

Na apresentação da próxima edição da “bienal da prata” de Lamego, o Dr. Agostinho Ribeiro lamentou o facto desta próxima edição não estar a ser acarinhada, pela Câmara Municipal de Lamego, como era habitual.Francisco Lopes, recentemente, regressado do país dos coronéis, não gostou e perdeu as estribeiras. Vai daí e já anunciou que não irá permitir que a anunciada “bienal” se realize, em Lamego. Garantem-nos que já terá escrito, ou vai escrever, a meio mundo para que ninguém apoie aquele certame.O homem já tinha transformado a Câmara num espécie de asilo familiar, tal é quantidade de sobrinhos e enteados, de gente do seu “staff”, a quem tem dado abrigo nos Paços do Concelho. Agora, quer ir mais longe, quer transformar Lamego numa espécie de Fazenda baiana , tipo Sucupira.Sucupira foi uma cidade imaginada por Dias Gomes na sua obra-prima “O bem amado” e que era o protótipo perfeito do Brasil rural dos finais dos anos sessenta, princípio do anos setenta. Essa cidade, fictícia, era governada por um tal Odorico Paraguaçu que tinha um assessor (Seu Dirceu Borboleta) e três secretárias (Juju, Dô e Zuzu). Odorico Paraguaçu era o senhor todo-poderoso das terras de Sucupira e podia tudo, menos concretizar o seu grande sonho: inaugurar o cemitério municipal (a sua grande obra). É aqui que entra o célebre Zeca Diabo que a soldo de Odorico se entregou a todo o tipo de trabalhos, mas em vão, para tentar conseguir o primeiro “cliente” para o cemitério. As venturas e desventuras do senhor de Sucupira eram acompanhadas, até ao mais ínfimo pormenor, pelo pasquim sensacionalista lá do sítio: “A Trombeta” do escriba Neco da Pedreira...Mas voltando à história dos “maus humores” de Francisco Lopes. Há pouco, no café, um amigo, perguntava-me depois de ouvirmos incrédulos a história da “bienal da prata”: “afinal, arranjamos um Presidente de Câmara ou contratamos um coveiro?”. Foi, aqui, que nos lembramos de Sucupira e do seu inenarrável Prefeito, Odorico Paraguaçu.

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