meia laranja: Promiscuidade total

07-10-2009
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Ainda não tinha completado um mês de mandato já Francisco Lopes fazia os seus primeiros despedimentos e saneamentos políticos. Por exemplo, no campo dos saneamentos políticos, substituiu duas chefias de divisão. No caso, substituiu a Arqtª Susana Pereira e a Eng.ª Paula Seabra pelos Eng. Manuel Marques e Dr. Hélder Santos. Na altura, aqui, denunciamos a situação porque eram evidentes as motivações políticas daquelas substituições, o que configurava e configura crime de tráfico de influência. Mas mais, também, alertamos para a perversidade daquela decisão no plano político.Se no plano criminal a lentidão da nossa justiça demorará a dirimir o processo, no plano político as coisas são bem mais céleres.Por sua culpa e sua única culpa, Francisco Lopes já está metido noutra alhada.Hélder Santos, o novel Chefe de Divisão Municipal nomeado por razões políticas, e Orlando Nunes, o noviço jurista da autarquia contratado pelas mesmas razões, ambos militantes do PSD e eleitos para a Assembleia Municipal, decidiram, direitos que lhes assiste, preparar uma candidatura às próximas eleições para o PSD de Lamego.Se no plano cívico é um direito que lhes assiste, a ambos, já no plano institucional e político a coisa pia, bastante, mais fino.A candidatura, em preparação, é em oposição ao actual presidente da Comissão Política do PSD, Amândio da Fonseca, que também é vice-presidente da Câmara.Primeiro imbróglio: Amândio da Fonseca, como é óbvio, não gostou deste “atrevimento” dos “seus” empregados. Já reagiu e instalou a intrigalhada no seio dos serviços municipais. É que Amândio, à sua boa maneira, já afirmou tonitruante que não dá mais que dois meses “àqueles”... Vamos ter despedimentos, mais uma vez, por razões políticas? Mais um crime de tráfico de influência?Segundo imbróglio: E se Hélder Santos e Orlando Nunes vencerem as eleições? Face ao descontentamento de muitos militantes do PSD com a gestão autárquica (é que, afinal, o bodo não chegou para todos), a hipótese de sucesso, desta candidatura, não deve ser desprezada. Vai ser bonito...Imaginem só… Os funcionários Hélder Santos e Orlando Nunes a mandarem nos “patrões” Francisco Lopes, Amândio da Fonseca e Teresa Santos. E isto para já não falar nos membros da Assembleia Municipal.Estamos perante a promiscuidade total. Já não bastava termos o Tonibé e o José Pinto como principais confessores e conselheiros de Francisco Lopes, como, agora, nos sujeitamos a ter funcionários da Câmara a mandar no Presidente e no Vice-presidente.É, no fundo, o Partido e o Estado a confundirem-se num só, à boa maneira estalinista.Pelo semblante que ostenta, já alguém se anda, para aí, a rir disto tudo…

Ainda não tinha completado um mês de mandato já Francisco Lopes fazia os seus primeiros despedimentos e saneamentos políticos. Por exemplo, no campo dos saneamentos políticos, substituiu duas chefias de divisão. No caso, substituiu a Arqtª Susana Pereira e a Eng.ª Paula Seabra pelos Eng. Manuel Marques e Dr. Hélder Santos. Na altura, aqui, denunciamos a situação porque eram evidentes as motivações políticas daquelas substituições, o que configurava e configura crime de tráfico de influência. Mas mais, também, alertamos para a perversidade daquela decisão no plano político.Se no plano criminal a lentidão da nossa justiça demorará a dirimir o processo, no plano político as coisas são bem mais céleres.Por sua culpa e sua única culpa, Francisco Lopes já está metido noutra alhada.Hélder Santos, o novel Chefe de Divisão Municipal nomeado por razões políticas, e Orlando Nunes, o noviço jurista da autarquia contratado pelas mesmas razões, ambos militantes do PSD e eleitos para a Assembleia Municipal, decidiram, direitos que lhes assiste, preparar uma candidatura às próximas eleições para o PSD de Lamego.Se no plano cívico é um direito que lhes assiste, a ambos, já no plano institucional e político a coisa pia, bastante, mais fino.A candidatura, em preparação, é em oposição ao actual presidente da Comissão Política do PSD, Amândio da Fonseca, que também é vice-presidente da Câmara.Primeiro imbróglio: Amândio da Fonseca, como é óbvio, não gostou deste “atrevimento” dos “seus” empregados. Já reagiu e instalou a intrigalhada no seio dos serviços municipais. É que Amândio, à sua boa maneira, já afirmou tonitruante que não dá mais que dois meses “àqueles”... Vamos ter despedimentos, mais uma vez, por razões políticas? Mais um crime de tráfico de influência?Segundo imbróglio: E se Hélder Santos e Orlando Nunes vencerem as eleições? Face ao descontentamento de muitos militantes do PSD com a gestão autárquica (é que, afinal, o bodo não chegou para todos), a hipótese de sucesso, desta candidatura, não deve ser desprezada. Vai ser bonito...Imaginem só… Os funcionários Hélder Santos e Orlando Nunes a mandarem nos “patrões” Francisco Lopes, Amândio da Fonseca e Teresa Santos. E isto para já não falar nos membros da Assembleia Municipal.Estamos perante a promiscuidade total. Já não bastava termos o Tonibé e o José Pinto como principais confessores e conselheiros de Francisco Lopes, como, agora, nos sujeitamos a ter funcionários da Câmara a mandar no Presidente e no Vice-presidente.É, no fundo, o Partido e o Estado a confundirem-se num só, à boa maneira estalinista.Pelo semblante que ostenta, já alguém se anda, para aí, a rir disto tudo…

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