Jornal em Directo

23-03-2005
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A voz ou a falta dela continuou hoje a marcar a campanha da CDU, cujos candidatos encontraram explicações diferentes para o problema que afectou Jerónimo de Sousa, e o cabeça de lista por Setúbal, Francisco Lopes.

Primeiro num jantar com mil apoiantes em Almada, depois num comício no Barreiro, Francisco Lopes suscitou a preocupação mas também os risos dos militantes quando disse, com a voz alterada por causa da rouquidão, "boa noite, camaradas".

"Isto não é um mal que se pegue. É um bem que resulta da nossa intervenção na campanha", assegurou o cabeça de lista por Setúbal.

O secretário-geral do PCP, que quarta-feira cancelou a sua participação em três acções de campanha para se restabelecer, depois de não ter conseguido participar no debate de terça-feira na RTP por ter ficado sem voz, deu outra explicação, parafraseando Bertold Brecht.

"Dizia Brecht que quando a luta é mais dura, é quando os lutadores estão mais cansados", afirmou, acrescentando que "pode perder-se a voz, mas não a esperança", perante os aplausos dos apoiantes no jantar em Almada.

No comício, Pedro Canário, ex-presidente da Câmara Municipal do Barreiro, e candidato na lista de Setúbal às legislativas de 20 de Fevereiro, encontrou outros culpados para o problema de falta de voz dos candidatos.

"Se as posições da CDU fossem melhor divulgadas pela comunicação social ao longo do ano, talvez os nossos candidatos não chegassem a este estado na campanha", afirmou.

Mas Jerónimo de Sousa, que interveio logo a seguir a Pedro Canário no comício, corrigiu: "A voz que nos dói, a voz que nos falta, não foi por menor atenção da comunicação social. Foi porque resolvemos fazer um estilo de campanha distintivo das outras forças políticas, com contactos de rua, a falar com as pessoas", afirmou.

Insistindo na ideia de que a campanha da CDU está "num crescendo de confiança", o secretário-geral comunista apelou aos apoiantes para que nos três dias que ainda faltam para as eleições "continuem a batalha de esclarecimento".

Mais uma vez as críticas foram dirigidas ao PS, que, disse, "se tiver maioria absoluta ficará de mãos livres", para, por exemplo, "continuar esta doideira de fixismo em torno do défice".

"Se a direita vai ser derrotada, também a política de direita tem que ser derrotada", disse, manifestando "preocupação" pelas políticas do PS, que "no seu programa não parece muito ter consciência social".

"É preciso dar a bota com a perdigota. Se há maiorias de esquerda é preciso haver soluções governativas com políticas de esquerda", reafirmou, voltando a apelar aos socialistas que votem na CDU para "forçar o PS a fazer uma inversão à esquerda".

O comício, realizado na colectividade "Os Penicheiros", no Barreiro, teve casa cheia.

Antes das intervenções políticas, o grupo "Os Andarilhos" animou a assistência com o "Hino do Trabalho", de Ary dos Santos.

A uma só voz, todos cantaram "a reacção não passará".

A voz ou a falta dela continuou hoje a marcar a campanha da CDU, cujos candidatos encontraram explicações diferentes para o problema que afectou Jerónimo de Sousa, e o cabeça de lista por Setúbal, Francisco Lopes.

Primeiro num jantar com mil apoiantes em Almada, depois num comício no Barreiro, Francisco Lopes suscitou a preocupação mas também os risos dos militantes quando disse, com a voz alterada por causa da rouquidão, "boa noite, camaradas".

"Isto não é um mal que se pegue. É um bem que resulta da nossa intervenção na campanha", assegurou o cabeça de lista por Setúbal.

O secretário-geral do PCP, que quarta-feira cancelou a sua participação em três acções de campanha para se restabelecer, depois de não ter conseguido participar no debate de terça-feira na RTP por ter ficado sem voz, deu outra explicação, parafraseando Bertold Brecht.

"Dizia Brecht que quando a luta é mais dura, é quando os lutadores estão mais cansados", afirmou, acrescentando que "pode perder-se a voz, mas não a esperança", perante os aplausos dos apoiantes no jantar em Almada.

No comício, Pedro Canário, ex-presidente da Câmara Municipal do Barreiro, e candidato na lista de Setúbal às legislativas de 20 de Fevereiro, encontrou outros culpados para o problema de falta de voz dos candidatos.

"Se as posições da CDU fossem melhor divulgadas pela comunicação social ao longo do ano, talvez os nossos candidatos não chegassem a este estado na campanha", afirmou.

Mas Jerónimo de Sousa, que interveio logo a seguir a Pedro Canário no comício, corrigiu: "A voz que nos dói, a voz que nos falta, não foi por menor atenção da comunicação social. Foi porque resolvemos fazer um estilo de campanha distintivo das outras forças políticas, com contactos de rua, a falar com as pessoas", afirmou.

Insistindo na ideia de que a campanha da CDU está "num crescendo de confiança", o secretário-geral comunista apelou aos apoiantes para que nos três dias que ainda faltam para as eleições "continuem a batalha de esclarecimento".

Mais uma vez as críticas foram dirigidas ao PS, que, disse, "se tiver maioria absoluta ficará de mãos livres", para, por exemplo, "continuar esta doideira de fixismo em torno do défice".

"Se a direita vai ser derrotada, também a política de direita tem que ser derrotada", disse, manifestando "preocupação" pelas políticas do PS, que "no seu programa não parece muito ter consciência social".

"É preciso dar a bota com a perdigota. Se há maiorias de esquerda é preciso haver soluções governativas com políticas de esquerda", reafirmou, voltando a apelar aos socialistas que votem na CDU para "forçar o PS a fazer uma inversão à esquerda".

O comício, realizado na colectividade "Os Penicheiros", no Barreiro, teve casa cheia.

Antes das intervenções políticas, o grupo "Os Andarilhos" animou a assistência com o "Hino do Trabalho", de Ary dos Santos.

A uma só voz, todos cantaram "a reacção não passará".

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