Bichísses: Bizita aoe Puorto

12-07-2009
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Trureloo darlings!Minhas riquezas de flanela, não é que aproveitei um fim de semana alargado (por mim, não foi! Não assumo culpas que não tenho) e fui dar um salto ao norte do país? Pois que sim. Mas com um objectivo de uma grande senhora que sou (já desvendo o mistério).Lá me arranjei previamente: arranjei o passaporte (carregadinho de carimbos desde do tempo da Expo'98 - só mais tarde disseram-me que aquilo era a brincar e lá lixei os 2 contos e 660 paus que paguei pela caderneta do Governo Civil de Lisboa), fui tomar as vacinas (havia um enfermeiro giríssimo por lá e quase entrei em coma - mas um coma chic! - de tanta repetição de anti-tétano que tomei), comprei um guia da cidade e contratei um local para abrir os caminhos da savana nortenha. Senti-me uma Marilyn no Niagara. Era a "Amélia na Cedofeita"! A partir de Coimbra fui de jipe numa caravana devidamente organizada, porque quem é civilizado pela-se de horrores de andar na selva.Chegada lá, perguntei onde era a loja da Louis Vuitton. Não havia. Pronto, com um Xanax aguenta-se. E então, não há uma Gucci? Não! Uma Dior? Uma Cavalli? Nada? Só Zara e Max Mara? Amigas..., não estão a ver o stress! Queriam-me obrigar a ir à Pull&Bear! Mas aí é onde eu mando (sim, sou mandona) a "criadage" comprar os panos do pó. É que aquele algodão (quando o é...) é excelente para arrancar o pó do louceiro da Tia-Avó. Melhor, só mesmo a Kate Moss ou o "Bando de Beverly Hills".Passadas duas horas na Clínica Privada da Boavista, lá sai refeita (RE-FEI-TA, não é RA-FEI-RA, suas mentes diminutas e ordinárias, cujo sonho é comprar uma gravatita na Massimo Dutti) e pronta para o meu propósito: ser apresentada à sociedade do norte, num baile de debutante no Palácio da Bolsa.Nada mais indicado, ser reconhecida como a "Debuta do Porto"! Amélia finalmente será devidamente reconhecida.Ia eu para para o meu "closet" aprumar-me toda, quando me apareceu pela frente a concretização dos meus sonhos! Não, não me ofereceram a Hermès. Nem me tornei "Madame" de bordel. Era um jovem que trabalhava no Palácio da Bolsa como carpinteiro. Ai, um must!Como sou uma senhora à moda antiga, deixei cair o meu angorá da C.Dior à espera de um gesto de cortesia e assim começou este diálogo que vos reproduzo fielmente (a única vez que fui fiel, apanhei sarna do meu esposo que estava em missão diplomática no Brasil):- Ó sinhour..., óu..., pxxxxxt - disse o carpinteiro.- Sim, diga... - disse eu, languidamente, enquanto se ouvia o "plim, plim" das minhas pestanas a baterem.- O senhouri deixuoue cairi o cachecuole - disse o jovem (ai, adoro dizer estes clichés over-50's), enquanto pegava no angorá com aquelas mãos cheias de aparas de contraplacado.- Ó seu monstro! Não me suje essa peça de haute-coture que custou mais do que a sua família recebe nas fábricas têxteis do Ave! - disse eu a abanar a Messenger Bag da Louis Vuitton que comprei em Milão no Leonardo da Vinci.- Áie o carualho, só me faltaba este maricõe aquie!- Não me trate assim - respondo eu, para impôr respeito - olhe que me excita. E depois o chão fica escorregadio!- Escorrgade..., di.., do..., mulhuado bai ficar as tuas truombas!- Adorei o arranjo gramatical, meu caro. Aposto que tem um PhD em Cultura e Língua Portuguesa. De certeza!- Teins um desarranjo?- Cruzes canhoto! Sou uma mulher limpinha - disse eu, lembrando o castanho dos meus amados-amantes - e muito asseada! Mas se quiser verificar... - disse, piscando o olho ao mesmo tempo (sim, consigo fazer muita coisa ao mesmo tempo..., se as paredes do Louvre falassem...).- Ai quieres festa, quieres...Saímos disparados para a sala mourisca, onde as inscrições do Corão (em homenagem à nossa amiga Terylene, essa grande "al coirão") me excitavam.Tudo correu bem..., excepto a parte final, quando o carpinteiro gritou..., melhor, grunhiu:"Enfia-me essa tala no cue, enfia-me bacarrona de merda! Enfia-me tuodo qu'é para me biiiiiiirrrrr..., ai que bãoe! Mais foundo!! Isso, queiro sentir as lascas toudas nos arrefuegos do cue!"Resultado da "estória":a) Qualquer diz sou contratada pela UCAL. Muuuuuuuuuuuu...b) Eu e o enfermeiro das injecções (ui, que perdição!) parecia que estavamos a jogar Mikado nas bordas da "regueifa" do carpinteiro. E perdi, claro. Não porque o enfermeiro fosse mais firme na mãos, mas sim porque só pensava que o paciente é colega de profissão de..., vocês sabem..., d'Ele!c) No debute, percebi porque as noviças usam saias de balão. É para não verem as pernas arqueadas da debutantes. É que passar por tanta "aparas de madeiras", os joelhos nunca mais se encontram. Género Claudio Ramos e esposa...Veijus grandes para bocêzes, minhas murcuonas!Amuélia (Amélia para os conhecidos no baixo-Mondego)


Trureloo darlings!Minhas riquezas de flanela, não é que aproveitei um fim de semana alargado (por mim, não foi! Não assumo culpas que não tenho) e fui dar um salto ao norte do país? Pois que sim. Mas com um objectivo de uma grande senhora que sou (já desvendo o mistério).Lá me arranjei previamente: arranjei o passaporte (carregadinho de carimbos desde do tempo da Expo'98 - só mais tarde disseram-me que aquilo era a brincar e lá lixei os 2 contos e 660 paus que paguei pela caderneta do Governo Civil de Lisboa), fui tomar as vacinas (havia um enfermeiro giríssimo por lá e quase entrei em coma - mas um coma chic! - de tanta repetição de anti-tétano que tomei), comprei um guia da cidade e contratei um local para abrir os caminhos da savana nortenha. Senti-me uma Marilyn no Niagara. Era a "Amélia na Cedofeita"! A partir de Coimbra fui de jipe numa caravana devidamente organizada, porque quem é civilizado pela-se de horrores de andar na selva.Chegada lá, perguntei onde era a loja da Louis Vuitton. Não havia. Pronto, com um Xanax aguenta-se. E então, não há uma Gucci? Não! Uma Dior? Uma Cavalli? Nada? Só Zara e Max Mara? Amigas..., não estão a ver o stress! Queriam-me obrigar a ir à Pull&Bear! Mas aí é onde eu mando (sim, sou mandona) a "criadage" comprar os panos do pó. É que aquele algodão (quando o é...) é excelente para arrancar o pó do louceiro da Tia-Avó. Melhor, só mesmo a Kate Moss ou o "Bando de Beverly Hills".Passadas duas horas na Clínica Privada da Boavista, lá sai refeita (RE-FEI-TA, não é RA-FEI-RA, suas mentes diminutas e ordinárias, cujo sonho é comprar uma gravatita na Massimo Dutti) e pronta para o meu propósito: ser apresentada à sociedade do norte, num baile de debutante no Palácio da Bolsa.Nada mais indicado, ser reconhecida como a "Debuta do Porto"! Amélia finalmente será devidamente reconhecida.Ia eu para para o meu "closet" aprumar-me toda, quando me apareceu pela frente a concretização dos meus sonhos! Não, não me ofereceram a Hermès. Nem me tornei "Madame" de bordel. Era um jovem que trabalhava no Palácio da Bolsa como carpinteiro. Ai, um must!Como sou uma senhora à moda antiga, deixei cair o meu angorá da C.Dior à espera de um gesto de cortesia e assim começou este diálogo que vos reproduzo fielmente (a única vez que fui fiel, apanhei sarna do meu esposo que estava em missão diplomática no Brasil):- Ó sinhour..., óu..., pxxxxxt - disse o carpinteiro.- Sim, diga... - disse eu, languidamente, enquanto se ouvia o "plim, plim" das minhas pestanas a baterem.- O senhouri deixuoue cairi o cachecuole - disse o jovem (ai, adoro dizer estes clichés over-50's), enquanto pegava no angorá com aquelas mãos cheias de aparas de contraplacado.- Ó seu monstro! Não me suje essa peça de haute-coture que custou mais do que a sua família recebe nas fábricas têxteis do Ave! - disse eu a abanar a Messenger Bag da Louis Vuitton que comprei em Milão no Leonardo da Vinci.- Áie o carualho, só me faltaba este maricõe aquie!- Não me trate assim - respondo eu, para impôr respeito - olhe que me excita. E depois o chão fica escorregadio!- Escorrgade..., di.., do..., mulhuado bai ficar as tuas truombas!- Adorei o arranjo gramatical, meu caro. Aposto que tem um PhD em Cultura e Língua Portuguesa. De certeza!- Teins um desarranjo?- Cruzes canhoto! Sou uma mulher limpinha - disse eu, lembrando o castanho dos meus amados-amantes - e muito asseada! Mas se quiser verificar... - disse, piscando o olho ao mesmo tempo (sim, consigo fazer muita coisa ao mesmo tempo..., se as paredes do Louvre falassem...).- Ai quieres festa, quieres...Saímos disparados para a sala mourisca, onde as inscrições do Corão (em homenagem à nossa amiga Terylene, essa grande "al coirão") me excitavam.Tudo correu bem..., excepto a parte final, quando o carpinteiro gritou..., melhor, grunhiu:"Enfia-me essa tala no cue, enfia-me bacarrona de merda! Enfia-me tuodo qu'é para me biiiiiiirrrrr..., ai que bãoe! Mais foundo!! Isso, queiro sentir as lascas toudas nos arrefuegos do cue!"Resultado da "estória":a) Qualquer diz sou contratada pela UCAL. Muuuuuuuuuuuu...b) Eu e o enfermeiro das injecções (ui, que perdição!) parecia que estavamos a jogar Mikado nas bordas da "regueifa" do carpinteiro. E perdi, claro. Não porque o enfermeiro fosse mais firme na mãos, mas sim porque só pensava que o paciente é colega de profissão de..., vocês sabem..., d'Ele!c) No debute, percebi porque as noviças usam saias de balão. É para não verem as pernas arqueadas da debutantes. É que passar por tanta "aparas de madeiras", os joelhos nunca mais se encontram. Género Claudio Ramos e esposa...Veijus grandes para bocêzes, minhas murcuonas!Amuélia (Amélia para os conhecidos no baixo-Mondego)

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